Em setembro de 2016
“Não tem o que você quer”, sentenciou a mãe para a filha que
queria um chup-chup. Esgueirou-se e adentrou no espaço que estava todo
decorado de modo mágico e cheio de doces variados. Muitos tipos e sabores. A cada passo dado pela
pequena, algo ia parar nas mãos dela.
E a cada item que segurava, a mãe, rapidamente, repetia: “Não tem o que você quer!”
Após a explicação da dona do estabelecimento, sobre o espaço que mãe e filha
visitavam pela primeira vez, a mãe fez cara de interessada, enquanto que as
mãozinhas da pequena não paravam. Contudo, de nada adianta tentar se comunicar com quem não está aberto a receber qualquer informação.
Seja a repreensão da mãe com a filha em que tudo mexia ou a responsável pela loja mostrando o ambiente. Quando os ouvidos estão tampados, de nada adianta falar.
Para encerrar a visita, a
pergunta clássica: “As bonecas não estão à venda, né?”
Com a cara fechada e sem paciência, a dona respondeu um
simples: "Não!".
Na saída, não satisfeita, a menina mexeu na geladeira. Ela, de
fato, queria algo refrescante. Eis que a mãe tornou a repetir:
“Não tem o que você quer!”
Enfim, as gerações são os reflexos dos seus e nada mais.
*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
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