quarta-feira, 28 de setembro de 2016

.: Resenha: "Meu amigo, o dragão" tenta resgatar magia e inocência

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2016



O adulto de hoje que foi criança nos anos 80 teve uma boa gama de filmes infantis que rechearam a programação vespertina das emissoras abertas de televisão. Logo, é inegável a necessidade de retomar algo tão esquecido pelos produtores da atualidade. Eis que em 2016, as salas de cinemas foram presenteadas com "Meu amigo, o Dragão", dirigido por David Lowery.

A película, que totaliza 1 hora e 43 minutos de duração, resgata a magia da inocência infantil. Em meio a figurinhas conhecidas como Robert Redford, Wes Bentley e Bryce Dallas Howard, a produção dos estúdios Disney retrata o drama do órfão Pete (Oakes Fegley), de 10 anos, que vive há algum tempo com ninguém mais, ninguém menos do que um gigante dragão que atende pelo nome de Elliot.

Após um tempo distante de seres humanos, o menino é descoberto por Grace (Bryce Dallas Howard), uma guarda-florestal que segue seus instintos maternos, assim que o encontra abandonado. Resumo: O menino chega a morar com ela e Jack (Wes Bentley). Curiosa, Grace permanece buscando pistas sobre a história do pequeno Pete até esbarrar na mística criatura que também a encantou quando criança: o dragão. 



Embora tenha cena com direito a olhos cheios de lágrimas de Bryce ao encontrar o que considerava pertencer apenas ao próprio imaginário infantil, o longa não é inovador. O mérito da produção é o de inserir cada criança na sala de cinema, diretamente no universo fascinante do pensamento criativo que é livre e sem limites. Quem disse que não existem dragões mansos e com o poder da invisibilidade, não é?

Ao público adulto fica a sensação de que "Meu amigo, o Dragão" é uma versão adaptada ao público infantil de "King Kong" (2005). Sim! O de Peter Jackson. Como não lembrar do maior primata cinematográfico ao ver no longa de David Lowery, algumas árvores sendo derrubadas enquanto o gigante se aproxima ou até da "ranharada" lançada em um ser humano?


Ver Bryce Dallas Howard, numa produção Disney sendo uma mulher comum incomoda. Por que não traze-la como princesa, em qualquer outro filme do gênero? Outra dúvida é: Como Bentley aceitou um papel fraco assim? De fato, a beleza do original foi perdida para o toque tecnológico. Qual é a essência do longa com roteiro de Toby Halbrooks e David Lowery? É a de nos lembrarmos que precisamos resgatar a inocência e libertar a magia da vida. Para as crianças, a diversão é garantida!

CURIOSIDADE: O lançamento dirigido por David Lowery e escrito por Toby Halbrooks e David Lowery, é baseado no conto de S.S. Field e Seton I. Miller e no filme “Pete's Dragon”, de 1977. "Meu amigo, o Dragão" estreia oficialmente em circuito nacional em 29 de setembro.

Cine Roxy e Disney: Em parceria, o Cine Roxy e a Disney, promoveram pré-estreia beneficente exclusiva de “Meu Amigo, o Dragão”, na terça-feira, dia 27 de setembro, a partir das 20h, no Roxy Gonzaga. Os ingressos custaram R$ 20,00, sendo que o valor arrecadado será revertido em prol do Instituto Braile de Santos.


Filme: Meu Amigo, o Dragão (Pete´s Dragon, EUA)
Direção: David Lowery
Roteiro: Toby Halbrooks e David Lowery
Ano: 2016
Duração: 
1h 43min
Gêneros: Aventura, Comédia , Fantasia, Família
Elenco: Wes Bentley, Robert Redford, Bryce Dallas Howard, Oakes Fegley
Data de lançamento 29 de setembro de 2016


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm





Trailer do filme

Trecho do original

Trecho do original, música "It´s not easy"

Trecho do original, música de Pete

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