quarta-feira, 21 de setembro de 2016

.: Resenha crítica de "Cegonhas: A história que não te contaram"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2016



Quantas crianças ouviram que elas ou seus irmãozinhos foram entregues por cegonhas, não é? A história antiga é usada por muitos pais para fugir de uma questão delicada: Como nascem os bebês? Pois bem, não pense que "Cegonhas: A história que não te contaram" irá tratar desse assunto mais complicado, não! A animação é fofamente linda e alimenta ainda mais esse imaginário infantil.

O longa conversa tão bem com os pequenos que não se vê qualquer criança, durante a exibição, fazendo pirraça ou manha, muito pelo contrário, durante as músicas, que são muito animadas, mesmo no escuro, consegue-se ver nitidamente o balanço dos pequenos numa bela dança. Até mesmo de pé nas poltronas do cinema. Definitivamente, a animação dirigida por Doug Sweetland e Nicholas Stoller agarra o público infantil, firmemente, até o desfecho da trama. 

A produção da Warner Bros. leva o público até a Montanha das Cegonhas. Lá, a entrega de bebês é levada a sério, até que um deslize muda todo o rumo da história. A fábrica de crianças muda o foco no trabalho, deixando, simplesmente, de entregar bebês. Todo o fluxo de trabalho infalível e patenteado, com tecnologia de ponta é direcionado apenas a entregas de objetos de uma loja virtual que é logo ali na esquina.

Eis que a incógnita que tanto precisamos revelar aos pequenos é descaradamente empurrada para debaixo do tapete. Aos pequerruchos, nem mesmo surgem questionamentos sobre como a entrega passou a ser feita, ao longo de 18 anos, sem as cegonhas. Sim! A animação é pautada nessa pura inocência e, apesar desse furo, conquista as crianças.



O protagonista é Júnior (voz de Klebber Toledo), uma cegonha que foi promovida a chefe e, para tanto, precisa demitir a jovem Tulipa, justamente no dia de seu aniversário de 18 anos -ela é o bebê que não foi entregue. Claro que ele não consegue e a encarrega de cuidar do setor de correspondências. Ali é chato, chatíssimo! Por quê? Nada acontece!

Por outro lado, o lugar mais parado da empresa de entregas é agitado quando um menino solitário escreve uma carta pedindo um irmãozinho com poderes ninja. Resultado: Tulipa quer trabalhar e acaba gerando um bebê para o autor da carta, porém a entrega passa por diversos problemas. Detalhe: Em certos momentos da trama, fica evidente a ideia de uma família entre Tulipa (humana), Júnior (cegonha) e a bebê (humana) a ser entregue. Em tempo, o pombo que leva a voz de Marco Luque não é tão efetivo na história, mas tem uma participação engraçadinha no desenrolar da trama.

Sem muita história para contar, surgem imagens belíssimas na telona. Sim! Vale a pena conferir "Cegonhas: A história que não te contaram" na versão 3D. Como não se encantar com lobos que estão prestes a devorar um bebê e lançam um olhar meigo e apaixonante ou rir quando a alcateia unida forma um avião e até um navio? Embora, o roteiro de Stoller deixe a desejar e opte por narrar uma história bobinha, o visual encantada de modo certeiro. 


Filme: Cegonhas: A história que não te contaram (Storks, EUA)
Gênero:Animação, Comédia
Duração: 89 min.
Direção: Doug Sweetland, Nicholas Stoller
Roteiro: Nicholas Stoller
Distribuidor: Warner Bros.
Classificação: Livre
Ano: 2016


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm



Cinépolis: Maior operadora de cinemas na América Latina e a segunda no mundo com operação de mais de 4.500 salas em treze países. Desde sua chegada ao Brasil em 2010, é a rede com maior crescimento no mercado. Atualmente opera 45 cinemas em todo o Brasil com 348 salas com marcas destaque como Macro XE e IMAX. 


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Trailer do filme

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