Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2016
O que dizer de uma produção que não pode ser rotulada como "remake" e nem mesmo como continuação? Pura novidade! Assim é a repaginada dada ao filme de terror independente que estourou nas bilheterias em 1999, "Bruxa de Blair". Deixando de lado a sequência de 2000, "O livro das sombras", com a história dos cineastas de documentário que também somem na floresta, o longa "Bruxa de Blair" (2016) resgata a qualidade, a característica e ainda surpreende para valer, assim como foi na época em que lançou a macabra bruxa nada boazinha.
Neste ano, a divulgação da nova produção também ousou. Ao anunciar a película, nas redes sociais e site, a surpresa foi arrebatadora para muitos fãs da obra e de filmes do gênero. Inicialmente, foi divulgado que se tratava de um filme intitulado "The Woods", até que, alguns dias atrás, repentinamente, mudou para "Blair Witch". Pronto! O alvoroço começou. Eis que chegou o grande momento de apresentar tamanho clássico para os jovens do século XXI.
Desta vez, após 17 anos, tudo acontece por conta do irmão de Heather: James. Já crescido, ele encontra um vídeo na internet e a fixação de encontrar a irmã que tem como desaparecida, ganha o impulso necessário para que a aventura pela floresta de Burkittsville, retorne. Para tanto, o jovem recruta duas amigas e um rapaz chamado Peter, o último, inclusive, chegou a participar nas buscas, sem êxito, pelos três jovens "levados" pela bruxa de Blair. Para incrementar, dois irmãos são adicionados ao grupo. Tudo com direito a muita tecnologia da atualidade, até um drone.
Assim como o primogênito, o longa dirigido por Adam Wingard, respeita toda a essência e também é rodado no estilo amador, mas o melhor, brinca livremente com o imaginário do espectador utilizando sons e imagens distorcidas. Neste, há uma bruxa de fato? Mais uma vez: Não! Mas a trama é envolvente, bem contada e, principalmente, tem uma edição extremamente impecável. Resultado: Agarra cada um da sala e lança no enredo como um personagem extra ao grupo que busca por Heather.
Em tempo, aos fãs do seriado "Lost", mais uma vez fica claro que J. J. Abrams bebeu -e muito- da água deste clássico do terror. Como? O uso dos sons e imagens indistintas que provocam medo, mas deixam a revelação a cargo de cada um. A loucura diante de conclusões confusas e a predisposição a agir sem pensar em situações extremas. Mais semelhanças incríveis. Vale a pena assistir a volta do clássico? Com certeza! Ainda mais quem curte filmes provocantes e sem finais mastigados.
SOBRE O ORIGINAL DE 1999: Na época, sem internet e toda a facilidade que temos hoje em dia para checar as informações, "A bruxa de Blair", dirigido por Daniel Myrick e Eduardo Sánchez, emplacou como documento gráfico e real dos últimos dias de três jovens que desapareceram na antiga floresta de Blair. Conforme a lenda, que sempre tem o poder de passar de geração para geração, o local era habitado por uma bruxa maquiavélica. Resultado: O orçamento de apenas US$ 60 mil arrecadou quase US$ 250 milhões no mundo todo, se transformando em um modelo de referência para filmes de terror do século XXI. Quem assistiu "Cloverfield" (2008) e a franquia "Atividade Paranormal" (2007) entende bem que os criadores deste formato encontraram o verdadeiro mapa da mina, só não conseguiram mandar bem no segundo longa da bruxa diabólica.
Filme: Bruxa de Blair (Blair Witch, EUA)
Direção: Adam Wingard
Ano: 2016
Elenco: Valorie Curry, Callie Hernandez, James Allen McCune
*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
Em setembro de 2016
O que dizer de uma produção que não pode ser rotulada como "remake" e nem mesmo como continuação? Pura novidade! Assim é a repaginada dada ao filme de terror independente que estourou nas bilheterias em 1999, "Bruxa de Blair". Deixando de lado a sequência de 2000, "O livro das sombras", com a história dos cineastas de documentário que também somem na floresta, o longa "Bruxa de Blair" (2016) resgata a qualidade, a característica e ainda surpreende para valer, assim como foi na época em que lançou a macabra bruxa nada boazinha.
Neste ano, a divulgação da nova produção também ousou. Ao anunciar a película, nas redes sociais e site, a surpresa foi arrebatadora para muitos fãs da obra e de filmes do gênero. Inicialmente, foi divulgado que se tratava de um filme intitulado "The Woods", até que, alguns dias atrás, repentinamente, mudou para "Blair Witch". Pronto! O alvoroço começou. Eis que chegou o grande momento de apresentar tamanho clássico para os jovens do século XXI.
Desta vez, após 17 anos, tudo acontece por conta do irmão de Heather: James. Já crescido, ele encontra um vídeo na internet e a fixação de encontrar a irmã que tem como desaparecida, ganha o impulso necessário para que a aventura pela floresta de Burkittsville, retorne. Para tanto, o jovem recruta duas amigas e um rapaz chamado Peter, o último, inclusive, chegou a participar nas buscas, sem êxito, pelos três jovens "levados" pela bruxa de Blair. Para incrementar, dois irmãos são adicionados ao grupo. Tudo com direito a muita tecnologia da atualidade, até um drone.
Assim como o primogênito, o longa dirigido por Adam Wingard, respeita toda a essência e também é rodado no estilo amador, mas o melhor, brinca livremente com o imaginário do espectador utilizando sons e imagens distorcidas. Neste, há uma bruxa de fato? Mais uma vez: Não! Mas a trama é envolvente, bem contada e, principalmente, tem uma edição extremamente impecável. Resultado: Agarra cada um da sala e lança no enredo como um personagem extra ao grupo que busca por Heather.
Em tempo, aos fãs do seriado "Lost", mais uma vez fica claro que J. J. Abrams bebeu -e muito- da água deste clássico do terror. Como? O uso dos sons e imagens indistintas que provocam medo, mas deixam a revelação a cargo de cada um. A loucura diante de conclusões confusas e a predisposição a agir sem pensar em situações extremas. Mais semelhanças incríveis. Vale a pena assistir a volta do clássico? Com certeza! Ainda mais quem curte filmes provocantes e sem finais mastigados.
SOBRE O ORIGINAL DE 1999: Na época, sem internet e toda a facilidade que temos hoje em dia para checar as informações, "A bruxa de Blair", dirigido por Daniel Myrick e Eduardo Sánchez, emplacou como documento gráfico e real dos últimos dias de três jovens que desapareceram na antiga floresta de Blair. Conforme a lenda, que sempre tem o poder de passar de geração para geração, o local era habitado por uma bruxa maquiavélica. Resultado: O orçamento de apenas US$ 60 mil arrecadou quase US$ 250 milhões no mundo todo, se transformando em um modelo de referência para filmes de terror do século XXI. Quem assistiu "Cloverfield" (2008) e a franquia "Atividade Paranormal" (2007) entende bem que os criadores deste formato encontraram o verdadeiro mapa da mina, só não conseguiram mandar bem no segundo longa da bruxa diabólica.
Filme: Bruxa de Blair (Blair Witch, EUA)
Direção: Adam Wingard
Ano: 2016
Elenco: Valorie Curry, Callie Hernandez, James Allen McCune
*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
Trailer do filme
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