Em julho de 2016
De repente vejo uma postagem interessante no perfil de um amigo e logo clico, querendo saber mais. Trata-se de um menino que se transforma nas princesas Disney. Claro que aquilo me atraiu!
Ao procurar o botão do Facebook para compartilhar na rede social -que não funcionou no celular- acidentalmente visualizo os comentários ao garoto Richard Schaefer. Enquanto que alguns relatam surpresa com tamanha mudança e valorizam o trabalho, outros optam por ridicularizar o jovem e é então que as pessoas se expõe de um modo assustador.
O lado sombrio de cada um é jorrado. A agressividade é tanta que nem mesmo familiares conheceriam a tal pessoa como a autora do comentário.
Por um momento, lembro da vez em que antes de comer uma barra de chocolate Hershey's, encontrei uns bichinhos nojentos e o G1 do Litoral Paulista me procurou. Além de a repórter fazer um texto próprio colocando palavras em minha boca, li comentários absurdos de pessoas que nem mesmo conheci e nem teria interesse de um dia ferir os meus olhos, caso passassem por mim.
Uma ironizou que como alguém comeria chocolate cortando com faca? Mostrando ser selvagem, pois ao dividir uma barra de chocolate, deixou claro que "taca" a mão ou baba e passa o pedaço adiante, mesmo estando em casa, com acesso a uma faca limpa. Enquanto que outro disse que aquilo cheirava a interesses jurídicos, pois tinha um advogado por trás. Foi quando pensei: Hã? Jamais precisei de dinheiro desse jeito!
Ao ler aquelas imbecilidades e diarreias verbais, tanto do texto nada jornalístico e cheio de invenções, que partiu de uma simples postagem minha no Facebook para denunciar o problema e nada mais do que isso, percebi que a pobreza de espírito é para ser ignorada, até que a vida ensine o ser a evoluir e, de fato, um dia venha a ser... Humano.
Leia também a postagem sobre o jovem: www.paraoscuriosos.com
* Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
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