Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em junho de 2016
Com o objetivo de contextualizar a história do grupo de heróis que estourou nos cinemas em 2000, "X-Men: Apocalipse" volta ao passado egípcio, o que remete levemente à franquia de sucesso "A Múmia". Além de mesclar as falhas de efeitos visuais e maquiagem em cenários simplórios, assim como o brasileiro "Os Dez Mandamentos", sobra em alguns momentos, um toque dos filmes de "Os Trapalhões" nos anos 80.
Nesse passeio histórico que mistura "Brasil" e Egito, fica claro que é preciso ter "charme para dançar bonito" e fazer a trama acontecer. Sim! Sem mais brincadeirinha boba com a música do "É o Tchan", "X-Men: Apocalipse" não impressiona nas primeiras cenas, mas consegue conquistar os fãs aos poucos. Infelizmente, nem a participação de Stan Lee cativa o público.
No longa dirigido por Bryan Singer, tudo começa com o mutante original, conhecido como Apocalipse, En Sabah Nur (Oscar Isaac). Após milhares de anos aguardando ser despertado, o coisinha verde -vale destacar que em certas cenas a maquiagem não é nada convincente-, acorda nos anos 80, disposto a tomar o poder que lhe pertence e, assim, extinguir a raça humana.
Para tanto, En Sabah Nur elenca quatro Cavaleiros para serem seus ajudantes: Magneto (Michael Fassbender), Psylocke (Olivia Munn), Anjo (Ben Hardy) e Tempestade (Alexandra Shipp). Na disputa, como rivais do quinteto estão: professor Charles Xavier (James McAvoy) e os novos alunos, Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan) e Noturno (Kodi Smit-McPhee), além do reforço de responsa com Fera (Nicholas Hoult), Mística (Jennifer Lawrence) e Mercúrio (Evan Peters).
De acordo com a época, Noturno mostra ter estilo para a moda e usa a jaqueta do Michael Jackson do videoclipe "Thriller", assim como o figurino de outros personagens que usam e abusam do estilo "rebelde sem causa" (Tempestade e Mística), blazer e calças largonas que cabem três pessoas em uma só roupa (Moira MacTaggert). Boa sacada, mas deixa a sensação de que falta algo para que aquelas pessoas realmente sejam, de fato, dos anos 80.
Os confrontos entre o bem e o mal marcam presença e o grande vilão dos X-Men também consegue identificar a bondade que carrega em si -por meio das palavras do professor Xavier. Lindo! Assim todos se unem contra o novo vilão que ser Deus. Totalmente clichê e previsível. De fato, "somente os fortes sobreviverão"!
Para salvar a lavoura, a participação de Wolverine -interpretado por Hugh Jackman- dá um "up" à trama, mas não muda muita coisa. Contudo, a comicidade ganha espaço nas cenas do ator Evan Peters -do seriado "American Horror Story"-, ou seja, Mercúrio, o filhinho do vilão que amamos odiar. Será que vamos chorar com pai e filho? Não! Tal revelação é mantida em segredo. Claro!! Temos que aguardar cenas dos próximos capítulos, ou melhor, filmes.
Desta forma, a trilogia dos heróis X dos anos 2000 ("X-Men: O Filme", "X-Men 2" e "X-Men: O Confronto Final") continua intocável e, apenas, ganhou mais uma continuação que tenta ser diferente, sem trazer algo do novo. É até para se amar ou odiar, embora dê para entreter. Será que "X-Men: The New Mutants" fará a diferença nas mãos de Josh Boone? Vamos torcer para vir algo de qualidade e que faça a diferença!!
Filme: X-Men: Apocalipse (X-Men: Apocalypse, EUA)
Duração: 2h 24min
Data de lançamento 19 de maio de 2016
Direção: Bryan Singer
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence entre outros
Gênero: Ação, Ficção científica, Fantasia
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter: @maryellenfsm
Em junho de 2016
Com o objetivo de contextualizar a história do grupo de heróis que estourou nos cinemas em 2000, "X-Men: Apocalipse" volta ao passado egípcio, o que remete levemente à franquia de sucesso "A Múmia". Além de mesclar as falhas de efeitos visuais e maquiagem em cenários simplórios, assim como o brasileiro "Os Dez Mandamentos", sobra em alguns momentos, um toque dos filmes de "Os Trapalhões" nos anos 80.
Nesse passeio histórico que mistura "Brasil" e Egito, fica claro que é preciso ter "charme para dançar bonito" e fazer a trama acontecer. Sim! Sem mais brincadeirinha boba com a música do "É o Tchan", "X-Men: Apocalipse" não impressiona nas primeiras cenas, mas consegue conquistar os fãs aos poucos. Infelizmente, nem a participação de Stan Lee cativa o público.
No longa dirigido por Bryan Singer, tudo começa com o mutante original, conhecido como Apocalipse, En Sabah Nur (Oscar Isaac). Após milhares de anos aguardando ser despertado, o coisinha verde -vale destacar que em certas cenas a maquiagem não é nada convincente-, acorda nos anos 80, disposto a tomar o poder que lhe pertence e, assim, extinguir a raça humana.
Para tanto, En Sabah Nur elenca quatro Cavaleiros para serem seus ajudantes: Magneto (Michael Fassbender), Psylocke (Olivia Munn), Anjo (Ben Hardy) e Tempestade (Alexandra Shipp). Na disputa, como rivais do quinteto estão: professor Charles Xavier (James McAvoy) e os novos alunos, Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan) e Noturno (Kodi Smit-McPhee), além do reforço de responsa com Fera (Nicholas Hoult), Mística (Jennifer Lawrence) e Mercúrio (Evan Peters).
De acordo com a época, Noturno mostra ter estilo para a moda e usa a jaqueta do Michael Jackson do videoclipe "Thriller", assim como o figurino de outros personagens que usam e abusam do estilo "rebelde sem causa" (Tempestade e Mística), blazer e calças largonas que cabem três pessoas em uma só roupa (Moira MacTaggert). Boa sacada, mas deixa a sensação de que falta algo para que aquelas pessoas realmente sejam, de fato, dos anos 80.
Os confrontos entre o bem e o mal marcam presença e o grande vilão dos X-Men também consegue identificar a bondade que carrega em si -por meio das palavras do professor Xavier. Lindo! Assim todos se unem contra o novo vilão que ser Deus. Totalmente clichê e previsível. De fato, "somente os fortes sobreviverão"!
Para salvar a lavoura, a participação de Wolverine -interpretado por Hugh Jackman- dá um "up" à trama, mas não muda muita coisa. Contudo, a comicidade ganha espaço nas cenas do ator Evan Peters -do seriado "American Horror Story"-, ou seja, Mercúrio, o filhinho do vilão que amamos odiar. Será que vamos chorar com pai e filho? Não! Tal revelação é mantida em segredo. Claro!! Temos que aguardar cenas dos próximos capítulos, ou melhor, filmes.
Desta forma, a trilogia dos heróis X dos anos 2000 ("X-Men: O Filme", "X-Men 2" e "X-Men: O Confronto Final") continua intocável e, apenas, ganhou mais uma continuação que tenta ser diferente, sem trazer algo do novo. É até para se amar ou odiar, embora dê para entreter. Será que "X-Men: The New Mutants" fará a diferença nas mãos de Josh Boone? Vamos torcer para vir algo de qualidade e que faça a diferença!!
Filme: X-Men: Apocalipse (X-Men: Apocalypse, EUA)
Duração: 2h 24min
Data de lançamento 19 de maio de 2016
Direção: Bryan Singer
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence entre outros
Gênero: Ação, Ficção científica, Fantasia
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter: @maryellenfsm
Trailer
Espetacular
ResponderExcluir