Por Luiz Gomes Otero
Em junho de 2016
O músico Chico Faria está lançando o seu segundo disco em carreira solo. "É Bom Cantar" traz composições de nomes consagrados como Dori Caymmi e Paulo Cesar Pinheiro, entre outros. Além disso, há participação especial de Joyce Moreno, que acrescentou um toque a mais de qualidade nesse novo trabalho do músico, que aliás segue uma tradição familiar: é filho de Cynara, do Quarteto em Cy e de Ruy Faria, ex-integrante do MPB-4. Ou seja, o DNA musical acabou sendo confirmado. Em entrevista para o Resenhando, Chico conta alguns detalhes sobre esse trabalho e comenta a luta diária que enfrenta para divulgá-lo.
É Bom Cantar é seu segundo disco, no qual você exercita seu lado como intérprete. Explique como foi o processo de produção desse seu trabalho.
Chico Faria: Sim, é o meu segundo CD. O processo se iniciou com a ideia de entrar num financiamento coletivo, o famoso e atual, "crowdfunding". Busquei amigos artistas que estavam terminando os seus projetos e obtendo sucesso, e isso me animou muito. Daí corri atrás e procurei ao site da "Benfeitoria". Feito o projeto, vídeos, os depoimentos de artistas (Chico Buarque, João Bosco, Carlinhos Vergueiro, Jorge Vercillo, etc.) , fui pro "jogo" e consegui! Nessa empreitada, o produtor musical Ruy Quaresma entrou na parceria com a "Fina Flor", fazendo toda parte burocrática, estúdio, me ajudando a arregimentar (entrei de co-produtor no CD) os músicos, fazendo alguns arranjos (os outros são de Fernando Merlino, Luiz Cláudio Ramos e Henrique Garcia). As músicas eu já tinha pré-selecionado e, na hora H, fomos decidindo quem arranjaria. Foi basicamente isso.
Há participações especiais nesse trabalho?
Chico Faria: Sim. Joyce Moreno participou da música "Puro Ouro", de sua autoria.
Sendo filho de dois intérpretes consagrados (Ruy Faria e Cynara), como isso te influenciou na decisão de seguir na música?
Chico Faria: É maravilhoso ser filho de pais que fizeram e fazem parte da música brasileira. Penso que comecei na música meio tarde (com uns 14, 15 anos) tocando e cantando numa banda de heavy metal (Anesthesia). Paralelo a isso, iniciei com o bandolim (ganhei um CD de coletâneas de Jacob do Bandolim), e quando a banda de metal foi acabando aos poucos, lá pelos 20 anos, fiz umas participações nos shows do Quarteto em Cy. Meus pais costumam ajudar e influenciar em alguns momentos, como por exemplo, na busca de repertório para shows, para os dois CDs que fiz, por vezes fazendo umas participações nos shows, mais nesse sentido.
Você manteve contato com muita gente boa da MPB. João Bosco, Chico Buarque, Carlinhos Vergueiro são apenas alguns dos nomes. Fale sobre as suas influências mais marcantes da música.
Chico Faria: Tenho muita sorte nesse sentido, por conquistar amizades que meus pais tiveram há anos, dentre esses citados, posso somar Dori Caymmi, Joyce Moreno, Leny Andrade, Menescal, Jorge Vercillo, Hyldon, Hamilton de Holanda, etc. E como iniciei minha carreira numa banda de metal, tive influências de Metallica, Megadeth, Iron Maiden, Ozzy, Anthrax, Testament. Sou eclético (risos).
Tem sido difícil divulgar esse trabalho, nesse estágio em que o mercado fonográfico se encontra? Como você avalia esse quadro atual do setor?
Chico Faria: Tem sido trabalhoso, porque hoje, caso queira divulgar um CD nacionalmente, somente com assessoria de imprensa, e isso demanda uma grana. Como estou no inicio de carreira, ainda sem ser conhecido do grande público, tem que ser trabalho de "formiguinha" e o famoso "boca a boca", com a internet, videos novos, fanpage oficial, Facebook, Instagram, etc..
Como estão os planos para os shows este ano?
Chico Faria: Fiz um lançamento oficial em novembro de 2015, no Teatro Rival (RJ), e tive as participações especiais de Dori Caymmi, Leila Pinheiro e Thiago Amud. Após esse lançamento, fiz umas temporadas no "Bar Semente" e "Beco das Garrafas", além de outras casas na Lapa. Pretendo ir com esse show pra outras capitais.
Nos últimos anos, temos sido "assolados" por inúmeros reality shows ligados a música. O que você pensa sobre esse tipo de programa?
Chico Faria: Acho sempre bom mostrarem e darem oportunidades a jovens artistas. Eu mesmo me inscrevi e fiz testes há tempos atrás do reality "Fama", que na época foi trampolim para o sambista Tiaguinho, Roberta Sá, dentre outros.
Conhece o Litoral Paulista? Já se apresentou por aqui? Que lembranças você tem dessa região?
Chico Faria: Conheço sim, já fiz vários shows acompanhando os sambistas Dudu Nobre (11 anos) e Diogo Nogueira (2 anos). Faltam convites para mostrar o meu novo trabalho e CD "É Bom Cantar". É só convidar que eu apareço aí.
"É Bom Cantar"
"Injuriado" (com Ruy Faria e Cynara)
"Deixe a Menina" (com Ruy Faria)
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