A realidade tecnológica pode trazer rapidez ao mundo dos negócios, para o trabalho, estudos e também para os relacionamentos. Em uma rápida busca nas lojas online é fácil encontrar uma lista de aplicativos para paquera virtual. Uns mais abrangentes, outros mais segmentados, mas as intenções dos adeptos são as mais variadas: podem querer namorar, uma saída tranquila para conhecer novas pessoas, apenas para ter uma relação sexual casual, apimentar o relacionamento incluindo pessoas desconhecidas e até fazer novos amigos.
Mas, como toda a modernidade da tecnologia na palma mão, Dr Daniel Sócrates, psiquiatra da capital paulista, comenta como essas facilidades possuem seus prós e contras. "Eles ajudam a ampliar a possibilidade de conhecer mais pessoas, é como se fosse um catalisador para novas relações. Eles também facilitam a aproximação para aqueles que têm dificuldade em se expor ou que sejam tímidos, e pode instigar o afeto e um consequente relacionamento amoroso pela facilitação nas descobertas de afinidades pelas de áreas de interesse ou de situações compartilhadas", fala o médico especialista em comportamento e relacionamentos.
Por outro lado, esses aplicativos de relacionamento podem tornar as relações mais “descartáveis” pela rapidez do contato e pelo grande volume de possibilidades: se hoje conheço ou converso com duas pessoas, amanhã poderei conhecer, conversar e 'ter' cinco. "Isso pode aumentar a dificuldade de se estabelecer relações presenciais e ainda tornar-se um vício, no qual a pessoa só se relacione dessa forma e não se sinta confortável com o encontro presencial. Assim, os adeptos dos aplicativos podem alimentar a falsa ilusão de um mundo idealizado, que a impede de viver a vida real, no qual toda pessoa terá certamente tanto virtudes, quanto defeitos", finaliza o psiquiatra.
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