quarta-feira, 11 de maio de 2016

.: Os cinco paraísos secretos de Paraty, cenário da FLIP

Saco do Mamanguá
O município de Paraty, no estado do Rio de Janeiro, é conhecido pelas belezas naturais e atrai visitantes de várias partes do país o ano todo. Na baixa temporada, muitos buscam eventos já tradicionais na cidade como a Festa do Divino, em junho, a FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty, de 29 de junho a 3 de julho, e o Festival da Cachaça, em agosto.

Seja no verão ou no inverno, a região tem seus encantos e a arquitetura e história enraizada na cidade são espetáculos à parte em qualquer época. O Centro Histórico é formado por casarões coloniais preservados, igrejas dos séculos XVIII e XIX e ruas calçadas em pedras pés-de-moleque onde o tráfego de automóveis é proibido. A característica peculiar é da época em que a região era sede do mais importante porto exportador de ouro do Brasil.

Já imaginou ter acesso a todo esse patrimônio cultural e ainda se dar alguns dias de descanso em paraísos secretos dentro da cidade? No site do AlugueTemporada são mais de 200 imóveis na região, escondidos na Reserva Ecológica da Joatinga, Serra da Bocaína e na Baía de Paraty. As opções são diversas tanto para quem só quer passear um dia por praias mais desertas e voltar para os braços da infra do centro de Paraty, quanto para quem quer estar no conforto de uma mansão em um ponto isolado que só se chega de barco.


Pouso da Cajaíba
Pouso da Cajaíba
Dos paraísos escondidos, Pouso da Cajaíba é um dos mais fáceis de chegar. No porto de Paraty há vários barcos disponíveis para fazer esse passeio, a maioria de pescadores e moradores da região. Uma dica: pegue o mapa de toda Reserva Ecológica da Joatinga, onde fica Pouso, no próprio cais.  A região é o ponto de partida para trilhas que chegam a Martim de Sá e Sumaca. Além de aproveitar a natureza, o forró que acontece na maioria dos bares na alta temporada é imperdível. Para os viajantes que curtem uma hospedagem roots, ficar no próprio Pouso, neste imóvel “pé na areia”, é uma ótima opção.

Praia Grande da Cajaíba
A Praia Grande da Cajaíba fica do lado direito do Pouso de mesmo nome. Na região o viajante pode aproveitar a lagoa, cachoeira e rios, todos próximos da praia e que são ideais para um dia inteiro de passeio. Os quiosques próximos ao mar também são imperdíveis, ficam bem movimentados durante o fim de semana. Uma outra dica é  comer o pastel de arraia da "Dona Dica", uma das atrações do local. Para chegar na praia o caminho também é por água, pegando o barco no porto de Paraty.

Martim de Sá
Para passar um dia em Martim de Sá, é possível chegar de duas formas: ou fazendo uma trilha, saindo de Pouso da Cajaíba (vale alertar que o caminho é aconselhável apenas para os mais aventureiros já que a trilha é bem íngreme) ou pegando um barco do cais, com preço das passagens variando entre R$ 40 e R$ 60.  A viagem é cheia de adrenalina, já que o passeio é em mar aberto.  Fique ligado no tempo. Com muito vento ou chuvas fortes os barcos não conseguem fazer o percurso. Chegando lá, um paraíso sem luz elétrica espera o viajante. Não deixe de conhecer o "Seu Maneco", figura conhecida do local e famoso por preocupar-se com a preservação da praia onde sua família já vive há quatro gerações. 

Ele costuma dar as boas-vindas e contar histórias da região. A praia, mesmo no inverno, fica repleta de todos os tipos de tribos: os que gostam de surfar, os praticantes de slackline, até jogadores de futevôlei e frescobol. Se animar outra trilha, é possível chegar a um poção de água doce e uma cachoeira partindo do canto direito da praia. Essa é rápida, dura 30 minutos e sem grandes dificuldades.  Para os que pretendem ficar até tarde, nas noites mais frias é armada uma fogueira com música até o sol nascer. Outro atrativo do local são os plânctons, organismos marinhos que em alguns períodos do ano deixam o mar cheio de pontos brilhosos à noite. Depois disso tudo a volta para Paraty vai ser de alma lavada.
Paraty
Sumaca
Ainda mais selvagem do que Martin de Sá é a Sumaca. A região tem apenas uma casa, onde vive "Seu Manequinho". Surpreendentemente, ele não é parente do "Seu Maneco" de Martim de Sá, mas é tão famoso quanto. Um bar e uma praia maravilhosa são o que a região tem para oferecer. É possível fazer uma trilha de pouco mais de uma hora para chegar em Sumaca, partindo tanto de Pouso quanto de Martim. Por lá todos conhecem o caminho. Outra opção para quem dispensa muito esforço é fazer a viagem de barco. Em Sumaca vale admirar a vista e a aproveitar os petiscos do bar.

Praia do sono
A Praia do Sono tem areias claras, bem finas e ondas grandes que atraem surfistas durante o ano todo. Em feriadões, como Réveillon e Semana Santa, a praia fica lotada de jovens. O violão está presente em quase todas as rodas, a maioria tocando hits de reggae e MPB. A praia não tem luz elétrica. Sinal de celular, então, nem pensar!  Você ainda pode curtir várias piscinas naturais formadas pelo córrego da Jamanta. Basta encarar uma trilha bem curtinha, de 20 minutos, que começa ao lado da igrejinha localizada no meio da praia. Para chegar à Praia do Sono, opção é o que não falta: você pode ir de carro, pegar vans que saem do centro de Paraty ou barcos no porto. Outra alternativa é fazer uma trilha que dura cerca de uma hora e maia, partindo da Vila do Oratório, próximo ao Condomínio Laranjeiras.

Saco do Mamanguá
De Paraty, a viagem de barco leva cerca de 2 horas. De Paraty-mirim o trajeto é bem  menor, apenas 15 minutos. Não importa a forma, ir para Saco de Mamanguá vale a pena. Os barqueiros costumam cobrar entre R$ 100 e R$ 150 pela travessia, e as águas cristalinas durante todo o percurso compensam. Ao chegar, são 33 praias e é o único fiorde brasileiro, entrada de mar cercada por altas montanhas rochosas. Lá fica esta casa, ideal para grupos de até 10 pessoas, sem tomadas, como quase todas no local, e abastecida de luz solar por meio de placas e baterias no teto. Entre as atividades possíveis de se fazer durante a estadia estão às marítimas como caiaque, stand up paddle, natação, pesca e passeios de barco. Entre os passeios, destaque para o que vai até o final do Saco do Mamanguá, na área de mangue, e que passa principalmente por Cruzeiro e Praia Grande. Em se tratando de montanhismo, a atração favorita é o Pão de Açúcar, com entrada pela Praia do Cruzeiro. A trilha dura cerca de 1h30 e a parte final é bastante íngreme, mas viável para pessoas de todas as idades. Chegando no topo da subida, o viajante depara-se com uma vista estonteante de toda a Baía de Paraty.

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