Em abril de 2016
Com a manchete de capa "As Explosões Nervosas da Presidente", a capa da revista "ISTOÉ", no final de semana passado, tratou a presidente Dilma Roussef como uma desequilibrada.
Para começo de conversa, a foto de Dilma na capa, gritando, foi retirada de contexto: ela estava comemorando um "gol" em um jogo de futebol da seleção brasileira.
Independentemente de ser contra ou a favor ao governo - eu particularmente sou contra a presidente e o seu vice, Michel Temer , Aécio Neves, Geraldo Alckmin, Jair Bolsonaro e toda essa cambada que dá visibilidade ao noticiário político pelo lado ruim - a publicação reforça estereótipos machistas que, em pleno século XXI, ainda consideram mulheres descontroladas emocionalmente, argumentos ainda usados para desqualificar o sexo feminino.
Do outro lado, a advogada Janaína Paschoal, claramente a favor do impeachment, sofreu os mesmos impropérios após um discurso bem efusivo que viralizou pela internet e a taxou como "louca" (embora eu considere errado um discurso partidário em uma universidade pública, já que aconteceu na USP, é interessante observar os comentários a respeito do vídeo).
Não é sobre Dilma ou Janaína, é a respeito de todas as que lutam diariamente para combater o preconceito do "ela é frágil, descompensada, não sabe lidar com pressão"... Este é o machismo que coloca as adversárias do impeachment, e deveria colocar a todas as mulheres, do mesmo lado - independentemente de serem contra, ou a favor, deste governo.
Aliás, todos os que gritam, inclusive em lados opostos, só querem a mesma coisa: dar um basta nesta corrupção. Só não percebem isso.
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