Por Luiz Gomes Otero
Em abril de 2016
O duo canadense Memoryhouse, formado por Evan Abeele (compositor e teclados) e Denise Nouvion (vocal), está lançando o CD "Soft Hate", um interessante disco de indie pop que reúne muitas influências do som eletrônico dos anos 80.
O vocal em estilo cool pode parecer mostrar que o Memoryhouse soaria como o Everything But The Girl (outro duo fundado na Inglaterra nos anos 80). Mas o som dos canadenses é bem mais encorpado, feito para tocar ao vivo mesmo, apesar de usar bastante os teclados eletrônicos.
"Fate", faixa que abre o disco, é uma boa amostra do que eles têm para mostrar. Uma canção de melodia que fica em uma linha tênue entre o melancólico e o alegre. Não pende para nenhum dos dois lados, equilibrando-se até o final. "Get Back' e "Dream Shake" são os momentos mais "dream pop" com sabor anos 80. Nessas duas faixas é possível observar ecos dos Pet Shop Boys e do New Order em alguns momentos.
As cândidas faixas "Sarah" e "It Was True" mostram que o vocal de Denise Nouvion pode se dar bem tanto em momentos mais introspectivos como em outros mais agitados. "Arizona", a meu ver, é um dos grandes momentos do disco. Começa de forma soturna, para depois seguir o caminho melódico do indie pop que eles estão acostumados a fazer.
"Soft Hate" é uma boa surpresa para quem espera o tipo de som repetitivo que algumas bandas atuais costumam reproduzir. No caso do Memoryhouse, o duo reciclou de forma competente suas influências e produziu algo interessante para o ouvinte. Vale a pena conferir esse som.
Sobre o autor
Em abril de 2016
O duo canadense Memoryhouse, formado por Evan Abeele (compositor e teclados) e Denise Nouvion (vocal), está lançando o CD "Soft Hate", um interessante disco de indie pop que reúne muitas influências do som eletrônico dos anos 80.
O vocal em estilo cool pode parecer mostrar que o Memoryhouse soaria como o Everything But The Girl (outro duo fundado na Inglaterra nos anos 80). Mas o som dos canadenses é bem mais encorpado, feito para tocar ao vivo mesmo, apesar de usar bastante os teclados eletrônicos.
"Fate", faixa que abre o disco, é uma boa amostra do que eles têm para mostrar. Uma canção de melodia que fica em uma linha tênue entre o melancólico e o alegre. Não pende para nenhum dos dois lados, equilibrando-se até o final. "Get Back' e "Dream Shake" são os momentos mais "dream pop" com sabor anos 80. Nessas duas faixas é possível observar ecos dos Pet Shop Boys e do New Order em alguns momentos.
As cândidas faixas "Sarah" e "It Was True" mostram que o vocal de Denise Nouvion pode se dar bem tanto em momentos mais introspectivos como em outros mais agitados. "Arizona", a meu ver, é um dos grandes momentos do disco. Começa de forma soturna, para depois seguir o caminho melódico do indie pop que eles estão acostumados a fazer.
"Soft Hate" é uma boa surpresa para quem espera o tipo de som repetitivo que algumas bandas atuais costumam reproduzir. No caso do Memoryhouse, o duo reciclou de forma competente suas influências e produziu algo interessante para o ouvinte. Vale a pena conferir esse som.
"Dream Shake"
"Sarah"
"Arizona"
"FateDream Shake"
"Sarah"
"Arizona"
"FateDream Shake"
Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Recentemente, criou a página Musicalidades, que agrega os textos escritos por ele.
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