Em “Vamos Juntas? – O Guia da Sororidade Para Todas”, a jornalista Babi Souza conta a história do projeto que acabou se tornando um espaço de união entre mulheres - lançamentos acontecem no Rio de Janeiro e em São Paulo nestas terça e quarta.
A jornalista Babi Souza voltava de ônibus à noite de mais um dia de trabalho em Porto Alegre. Precisava cruzar uma rua escura e deserta para chegar a seu destino e sentiu medo. Ao olhar em volta, viu que diversas outras mulheres caminhavam da mesma forma, apreensivas. “E se fôssemos juntas?”, ela pensou. Nascia ali a primeira ideia do “Vamos Juntas?”, projeto que incentiva mulheres a oferecer companhia e apoio às outras e que agora chega às prateleiras em formato de livro.
Em “Vamos Juntas? – O Guia da Sororidade Para Todas”, Babi conta a trajetória da iniciativa, que hoje já tem cerca de 300 mil seguidores nas redes sociais e reúne histórias de mulheres que sofreram assédio ou que conseguiram evitá-lo graças a ajuda das outras.
No livro, a autora mostra alguns destes depoimentos e apresenta ainda conceitos básicos sobre feminismo, empoderamento e, principalmente, sororidade. Babi defende a união como a melhor saída para as mulheres em sua luta contra o machismo e a opressão, e explica ainda como a rivalidade e a competição sempre atribuídas ao sexo feminino não são mais do que construções sociais ultrapassadas. O texto sugere ainda formas de colocar a sororidade em prática e de incentivar o empoderamento.
O livro tem prefácio escrito por Márcia Tiburi e orelha por Juliana Faria, do Think Olga.
Trecho do livro:
“A noção de que temos menos valor ou capacidade por sermos mulheres nos rodeia desde a infância. Em outras palavras, nascer um ser do sexo feminino significa para a nossa sociedade ter menos direitos, menos liberdade e mais deveres do que os homens. A maioria desses discursos já é identificada por muitas mulheres como machismo. Mas a ideia de que não temos a capacidade de criar laços entre nós ainda passa despercebida por grande parte da sociedade, uma prova disso é o fato de que, de um modo geral, poucas pessoas conhecem o significado de sororidade. Nenhum fator biológico nos torna menos capaz que os homens de ser amigas, mas ouvir e acreditar nisso a vida toda, sim.
A crença de que não temos capacidade de ser gentis umas com as outras e que somos naturalmente rivais é apenas resultado de um discurso machista, nos enfraquece e ajuda a sustentar esse machismo estrutural. (...)
‘Nossa, você deve ter uma autoestima muito boa para contratar tantas mulheres’, ouviu uma ex-chefe minha. Esse é um exemplo perfeito de como não entender a força da sororidade faz com que o mundo tenha cada vez mais homens no poder: nós mesmas, desconhecendo a união, às vezes acabamos nos boicotando. E o fato é que no momento em que desempoderamos a mulher ao lado, sem perceber, desempoderamos a nós mesmas.
Além dos fatores autoboicotes e desempoderamento, a ideia de que as mulheres são rivais nos coloca como segundo sexo, como definiu Simone de Beauvoir, por carregar o pensamento de que no fim das contas ‘estamos no mundo para competir por homens’, como aconteceu com muitas das clássicas princesas da Disney.”
Lançamentos no Rio de Janeiro e em São Paulo
Babi Souza é jornalista e “Vamos juntas?” é seu livro de estreia. Foi apontada por diversos veículos de comunicação como uma das personalidades feministas mais influentes de 2015. No ano passado criou a Bertha Comunicação, agência que ajuda a impulsionar negócios encabeçados ou criados por mulheres. O livro terá eventos de lançamento esta semana no Rio e em São Paulo, ambos com bate-papo seguido de autógrafos com a autora.
22 de março – Terça-feira – Rio de Janeiro – 19h
Livraria da Travessa – Botafogo
R. Voluntários da Pátria, 97 - Botafogo
23 de março – Quarta-feira – São Paulo – 19h
Livraria da Vila – Lorena
Alameda Lorena, 1.731 - Jardim Paulista
A jornalista Babi Souza voltava de ônibus à noite de mais um dia de trabalho em Porto Alegre. Precisava cruzar uma rua escura e deserta para chegar a seu destino e sentiu medo. Ao olhar em volta, viu que diversas outras mulheres caminhavam da mesma forma, apreensivas. “E se fôssemos juntas?”, ela pensou. Nascia ali a primeira ideia do “Vamos Juntas?”, projeto que incentiva mulheres a oferecer companhia e apoio às outras e que agora chega às prateleiras em formato de livro.
Em “Vamos Juntas? – O Guia da Sororidade Para Todas”, Babi conta a trajetória da iniciativa, que hoje já tem cerca de 300 mil seguidores nas redes sociais e reúne histórias de mulheres que sofreram assédio ou que conseguiram evitá-lo graças a ajuda das outras.
No livro, a autora mostra alguns destes depoimentos e apresenta ainda conceitos básicos sobre feminismo, empoderamento e, principalmente, sororidade. Babi defende a união como a melhor saída para as mulheres em sua luta contra o machismo e a opressão, e explica ainda como a rivalidade e a competição sempre atribuídas ao sexo feminino não são mais do que construções sociais ultrapassadas. O texto sugere ainda formas de colocar a sororidade em prática e de incentivar o empoderamento.
O livro tem prefácio escrito por Márcia Tiburi e orelha por Juliana Faria, do Think Olga.
Trecho do livro:
“A noção de que temos menos valor ou capacidade por sermos mulheres nos rodeia desde a infância. Em outras palavras, nascer um ser do sexo feminino significa para a nossa sociedade ter menos direitos, menos liberdade e mais deveres do que os homens. A maioria desses discursos já é identificada por muitas mulheres como machismo. Mas a ideia de que não temos a capacidade de criar laços entre nós ainda passa despercebida por grande parte da sociedade, uma prova disso é o fato de que, de um modo geral, poucas pessoas conhecem o significado de sororidade. Nenhum fator biológico nos torna menos capaz que os homens de ser amigas, mas ouvir e acreditar nisso a vida toda, sim.
A crença de que não temos capacidade de ser gentis umas com as outras e que somos naturalmente rivais é apenas resultado de um discurso machista, nos enfraquece e ajuda a sustentar esse machismo estrutural. (...)
‘Nossa, você deve ter uma autoestima muito boa para contratar tantas mulheres’, ouviu uma ex-chefe minha. Esse é um exemplo perfeito de como não entender a força da sororidade faz com que o mundo tenha cada vez mais homens no poder: nós mesmas, desconhecendo a união, às vezes acabamos nos boicotando. E o fato é que no momento em que desempoderamos a mulher ao lado, sem perceber, desempoderamos a nós mesmas.
Além dos fatores autoboicotes e desempoderamento, a ideia de que as mulheres são rivais nos coloca como segundo sexo, como definiu Simone de Beauvoir, por carregar o pensamento de que no fim das contas ‘estamos no mundo para competir por homens’, como aconteceu com muitas das clássicas princesas da Disney.”
Lançamentos no Rio de Janeiro e em São Paulo
Babi Souza é jornalista e “Vamos juntas?” é seu livro de estreia. Foi apontada por diversos veículos de comunicação como uma das personalidades feministas mais influentes de 2015. No ano passado criou a Bertha Comunicação, agência que ajuda a impulsionar negócios encabeçados ou criados por mulheres. O livro terá eventos de lançamento esta semana no Rio e em São Paulo, ambos com bate-papo seguido de autógrafos com a autora.
22 de março – Terça-feira – Rio de Janeiro – 19h
Livraria da Travessa – Botafogo
R. Voluntários da Pátria, 97 - Botafogo
23 de março – Quarta-feira – São Paulo – 19h
Livraria da Vila – Lorena
Alameda Lorena, 1.731 - Jardim Paulista
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