Por: Luiz Gonzaga Bertelli*
O brasileiro sempre se destacou pela criatividade. No futebol, jogadores como Pelé, Garrincha, Jairzinho, Zico, Sócrates, Romário, Ronaldo e, agora, Neymar encantaram e encantam o mundo com a inventividade em campo. Na publicidade e propaganda, o Brasil é um dos países mais referenciados, com gama enorme de prêmios internacionais na bagagem. O mesmo ocorre com os roteiros, produção e atuação em novelas de TV, repassadas para o mundo todo. Essa característica genuinamente brasileira também pode ser notada no âmbito dos negócios. Se a economia não vai bem e taxa de desemprego cresce rapidamente, o povo da terra avistada por Cabral já tem um antídoto: o empreendedorismo.
Praticamente quatro em cada dez brasileiros adultos já possuem negócio próprio ou estão envolvidos na criação de uma empresa. O dado foi divulgado neste mês pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que patrocinou a pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), referente a 2015. No ano passado, a taxa de empreendedorismo no Brasil foi de 39,3%, o maior índice dos últimos 14 anos – quase o dobro do número verificado em 2002, que era de 20,9%.
Além dos efeitos da crise, que leva as pessoas a arriscar mais, em vez de amargar o desemprego, uma série de incentivos nos últimos anos influenciou o forte crescimento, segundo afirmou, em recente entrevista, Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae. É importante lembrar que a taxa de empreendedorismo no Brasil é maior do que a dos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e até mesmo de nações como os Estados Unidos e a Alemanha.
O crescimento do empreendedorismo é, na realidade, uma tendência mundial, já que os avanços tecnológicos mudaram a face do mercado e enxugaram postos de trabalho. A tecnologia não eliminou o emprego, mas mudou a configuração e as relações entre empresa e funcionário. Um profissional moderno trabalha em qualquer lugar e em qualquer hora, se estiver ligado a um sistema de rede, o que favorece os jovens empreendedores, que dominam essa linguagem como ninguém.
Mas para empreender é preciso planejar, analisar o mercado, fazer pesquisas de opinião para não se aventurar em um campo escuro. Lidar com o risco, mas de forma calculada Deve-se dedicar tempo e energia para aprender como o setor escolhido funciona e quais as possibilidades de desenvolvimento e ganhos, antes de tomar a decisão de abrir um negócio próprio.
Como apenas 14% dos proprietários têm curso superior, educadores defendem que o espírito empreendedor seja estimulado já nos primeiros anos da escola, para que se desperte nos alunos o interesse para temas fundamentais nos negócios como análise de mercado, finanças, comunicação e marketing. Com isso, a alma empreendedora dos brasileiros e o sonho do negócio próprio estarão garantidos por gerações.
*Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do CIEE, do Conselho Diretor do CIEE Nacional e da Academia Paulista de História (APH).
O brasileiro sempre se destacou pela criatividade. No futebol, jogadores como Pelé, Garrincha, Jairzinho, Zico, Sócrates, Romário, Ronaldo e, agora, Neymar encantaram e encantam o mundo com a inventividade em campo. Na publicidade e propaganda, o Brasil é um dos países mais referenciados, com gama enorme de prêmios internacionais na bagagem. O mesmo ocorre com os roteiros, produção e atuação em novelas de TV, repassadas para o mundo todo. Essa característica genuinamente brasileira também pode ser notada no âmbito dos negócios. Se a economia não vai bem e taxa de desemprego cresce rapidamente, o povo da terra avistada por Cabral já tem um antídoto: o empreendedorismo.
Praticamente quatro em cada dez brasileiros adultos já possuem negócio próprio ou estão envolvidos na criação de uma empresa. O dado foi divulgado neste mês pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que patrocinou a pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), referente a 2015. No ano passado, a taxa de empreendedorismo no Brasil foi de 39,3%, o maior índice dos últimos 14 anos – quase o dobro do número verificado em 2002, que era de 20,9%.
Além dos efeitos da crise, que leva as pessoas a arriscar mais, em vez de amargar o desemprego, uma série de incentivos nos últimos anos influenciou o forte crescimento, segundo afirmou, em recente entrevista, Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae. É importante lembrar que a taxa de empreendedorismo no Brasil é maior do que a dos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e até mesmo de nações como os Estados Unidos e a Alemanha.
O crescimento do empreendedorismo é, na realidade, uma tendência mundial, já que os avanços tecnológicos mudaram a face do mercado e enxugaram postos de trabalho. A tecnologia não eliminou o emprego, mas mudou a configuração e as relações entre empresa e funcionário. Um profissional moderno trabalha em qualquer lugar e em qualquer hora, se estiver ligado a um sistema de rede, o que favorece os jovens empreendedores, que dominam essa linguagem como ninguém.
Mas para empreender é preciso planejar, analisar o mercado, fazer pesquisas de opinião para não se aventurar em um campo escuro. Lidar com o risco, mas de forma calculada Deve-se dedicar tempo e energia para aprender como o setor escolhido funciona e quais as possibilidades de desenvolvimento e ganhos, antes de tomar a decisão de abrir um negócio próprio.
Como apenas 14% dos proprietários têm curso superior, educadores defendem que o espírito empreendedor seja estimulado já nos primeiros anos da escola, para que se desperte nos alunos o interesse para temas fundamentais nos negócios como análise de mercado, finanças, comunicação e marketing. Com isso, a alma empreendedora dos brasileiros e o sonho do negócio próprio estarão garantidos por gerações.
*Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do CIEE, do Conselho Diretor do CIEE Nacional e da Academia Paulista de História (APH).
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