Por: Mary Ellen Farias dos Santos*
Em fevereiro de 2016
Em fevereiro de 2016
Aquele dia prometia. Estava empolgada, embora precisasse realizar alguns trabalhos, sabia que dava para respirar um pouco não estava atolada. Pensou nas fotos que gostaria de fazer, mas antes cuidou da casa. Lavou toda a roupa e a louça suja. Passou pano em cada cantinho da casa e parou. Finalmente, chegou o seu momento e, pela terceira vez no dia, tomou um banho revigorador.
De repente, bateu um completo desânimo. Pensou que o melhor a se fazer fosse descansar. No sofá, sem condições, estava muito quente. Cogitou até ficar um pouco na cama, mas o calor lá também era forte. Por fim, lembrou-se de seu tapete de infância, que ficava guardado. Tinha o plano perfeito. Colocá-lo em um local fresco da casa, forrá-lo com um lençol e acrescentar uma boa e fofa almofada.
Onde tudo foi posicionado? Na cozinha, bem perto da área de serviço. Ali, a corrente de ar fresco era boa e ainda tinha o sinal do wi-fi. Perfeito! Ali, deitou-se e ficou. Assistiu um filme, interagiu com outros nas redes sociais e veio outro filme. Alguém mexia na porta, era quem esperava.
Bastou levantar-se para perceber que algo não estava legal. Uma forte tontura. Nada habitual. Escorou-se na pia da cozinha até passar, enquanto pensava que após os 30 anos de idade os problemas aparecem com mais frequência.
*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
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