Por Verena Bouere Nery
Em janeiro de 2016
O filme é de 2015, mas a história começa quando a Áustria é ocupada
pelos nazistas no anos 30. Uma família judia tem seus bens confiscados e vive o
terror de serem perseguidos. Uma das filhas (Helen Mirren) foge para os Estados
Unidos. Nos anos 90, com a morte da irmã, Maria Altman descobre cartas de
família que comprovam o saque nazista aos bens familiares. Com a ajuda do jovem
e inseguro advogado Randol Schoenberg (Ryan Reynolds) eles vão tentar
recuperar tudo o que lhes foi roubado.
Durante o filme, em flashbacks, sabemos como se deu a pilhagem e como a
família rica e culta perdeu tudo. Porém, mais importante do que a história
tanto do filme, quanto real, é a consequência disso. Como a ocupação nazista mudou a vida das pessoas, como era viver naquela
época, sendo ou não judeu, e o que podemos aprender com isso. Ter a casa
invadida e os bens roubados por pessoas que nem entendem o valor daqueles
objetos, que o fazem apenas para humilhar e controlar, é uma situação
impensável para a maioria de nós.
História, a matéria escolar, é vista como entediante e sem sentido.
Culpa de professores que não sabem contextualizar o assunto e de uma sociedade
cada vez mais desinteressada. Infelizmente, o tema continua real.
A cada
guerra, a cada invasão, todos os conflitos deixam cicatrizes que ficam por
gerações. A mágoa que se torna herança e entra em um caminho sem volta e sem
fim. Famílias destroçadas e o eterno sentimento de injustiça e abandono. A quem
recorrer?
Um filme lindo que emociona e instrui. E você não pode perder. Em tempo:
o quadro que conduz a história é "O Retrato de Adele Bloch-Bauer", uma pintura de Gustav Klimt completada em 1905, e pode ser visto no Neue Galerie New York.
Trailer de "A Dama Dourada"
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