Uma das maiores personalidades da história da música popular brasileira, Elza Soares volta a cena em grande estilo com o show "A Mulher do Fim do Mundo", que pretende passar por diversos estados brasileiros e as principais cidades da América do Norte e da Europa ainda este ano.
O espetáculo e o disco homônimo foram aclamados pela público e causaram enorme impacto na crítica brasileira, resultando nos prêmios de “Melhor Show Nacional”, da Folha de S.Paulo e do Estado de S. Paulo, e de “Melhor Álbum”, pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes).
Eleita em 2000 como a “Melhor Cantora do Milênio” pela BBC, de Londres, e do alto dos seus 60 anos de carreira, Elza Soares vive atualmente a apoteose de uma vida dedicada à música e leva aos palcos uma “ópera” emocional que retrata as mazelas da sociedade, instigando o espectador à reflexão sobre a condição do indivíduo em uma sociedade violenta com críticas social e política da realidade brasileira e porque não do mundo.
Com direção-geral de Guilherme Kastrup, o espetáculo conta com um total de 15 artistas. Sentada em um trono metálico em meio a um cenário cercado por mil sacos plásticos de lixo preto, na concepção de Anna Turra, que assina cenário, luz e projeções, Elza contracena com o grupo Bixiga 70 Metais e com os cantores Rodrigo Campos e Rubi, além da banda composta por Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Rodrigo Campos, Guilherme Kastrup e Felipe Roseno.
O repertório traz músicas do novo álbum como a faixa-título “A Mulher do Fim do Mundo”, “Coração do Mar”, “Firmeza?!”, Benedita”, “Maria da Vila Matilde”, além de incluir sucessos da carreira de Elza como “Malandro”, “A Carne” e “Volta por cima”. * Vide ficha técnica e repertório.
"A Mulher do Fim do Mundo", o disco
A carreira de Elza Soares sempre foi pautada pela ousadia, seja pela maneira de cantar, pela atitude no palco ou pelas escolhas artísticas. No álbum A Mulher do Fim do Mundo, a mítica cantora dá mais um salto ao se unir à vanguarda musical paulistana no primeiro trabalho de sua trajetória composto somente por canções inéditas.
A inovação se evidencia na sonoridade do disco – o 34º de uma carreira que já ultrapassa a marca de seis décadas – realizada por um time de músicos idealizado e montado especialmente para a ocasião pelo produtor e baterista Guilherme Kastrup. Com o núcleo criativo formado por Kiko Dinucci (guitarra), Marcelo Cabral (baixo), Rodrigo Campos (guitarra), Celso Sim (direção artística) e Rômulo Fróes (direção artística), nomes conhecidos da cena musical, o projeto apresenta 11 faixas que transitam por gêneros diversos, como samba, rock, rap e eletrônico, em arranjos sobrepostos por timbres arrojados, ruídos, distorções e dissonâncias.
“Eu acho que o Brasil merece um disco assim, ousado, sem medo de dizer palavrão. Acredito que o disco vai servir de inspiração para outros artistas”, aposta a cantora.
Gravado no Red Bull Studios São Paulo, em 2015, o álbum teve o samba como ponto de partida, mas, acima de qualquer limite de gênero, os pilares fundamentais foram a liberdade de criação e de expressão.
“Fazer pela primeira vez na vida um disco só de inéditas, depois de tantos anos na estrada, já foi pra mim uma grande surpresa. Fui muito feliz em todo o processo porque esse projeto foi feito exclusivamente para mim”, conta Elza, ressaltando que a nova experiência, em comparação com outros trabalhos, exigiu uma dedicação maior, mas, ao mesmo tempo, permitiu mais autonomia nas interpretações.
“Como são músicas que nunca tinha ouvido antes, precisei estudá-las mais a fundo. São arranjos muito caprichosos, com uma pegada rock ‘n’ roll, e eu tinha que estar muito segura para dar conta. Por outro lado, senti uma liberdade de criação muito grande. Foi bom para ver que os caminhos não se esgotam”, revela.
Confeccionadas sob medida para a voz de Elza, as canções levam a assinatura tanto de integrantes da banda, quanto de outros compositores, como José Miguel Wisnik, Cacá Machado, Clima, Douglas Germano e Alice Coutinho. São letras críticas, mais do que atuais, que jogam luz sobre a vida urbana de São Paulo, a partir de temas como transsexualidade, violência doméstica, narcodependência, a crise da água e a morte.
Críticas na imprensa brasileira sobre o show
“Elza Soares foi o grande destaque na música brasileira de 2015” – Julio Maria, no Estado de S. Paulo, dia 27 de dezembro de 2015.
“O lançamento de 'A Mulher do Fim do Mundo' - o primeiro álbum integralmente de inéditas nos mais de 60 anos de carreira - novo trabalho de Elza Soares, foi eleito pelo júri especializado como o melhor show Nacional de 2015″ – Guia da Folha de S.Paulo, 25 de dezembro de 2015.
“Ela está forte como nunca e o discurso do novo álbum é contundente. Pra ficar na história” – Patrícia Palumbo, jornalista e diretora artística da Rádio Vozes.
“Intenso. Um grito de liberdade calcado em dos melhores discos do ano” – Fabiana Batistela, diretora da Semana Internacional de Música de São Paulo.
“O encontro da rainha com grandes músicos e compositores” - Roberta Martinelli, apresentadora e criadora do Cultura Livre (TV Cultura).
Ficha Técnica do Show:
Repertório
“Coração do Mar” (Poema de Oswald de Andrade musicado por José Miguel Wisnik)
“Mulher do Fim Do Mundo” (Romulo Fróes e Alice Coutinho)
“Maria da Vila Matilde” (Douglas Germano)
“Luz Vermelha” (Kiko Dinucci e Clima)
“Pra Fuder (Kiko Dinucci)
“Benedita” (Música: Celso Sim e Pepê Mata Machado / Letra: Celso Sim, Joana Barossi e Fernanda Diamant)
“Firmeza?!” (Rodrigo Campos)
“Dança” (Cacá Machado e Romulo Fróes)
“O Canal” (Rodrigo Campos)
“Solto” (Marcel Cabral e Clima)
“Comigo” (Romulo Fróes e Alberto Tassinari)
“Pressentimento” (Elton Medeiros e Herminio Bello De Carvalho)
“Malandro” (Jorge Aragão)
“A Carne” (Seu Jorge, Marcelo Yuca e Wilson Capellette)
“Volta Por Cima” (Paulo Vanzolini)
Direção Musical: Guilherme Kastrup
Produção Executiva: Asterium Produções
Direção Artística: Rômulo Fróes e Celso Sim
Direção de Arte, Projeção, Luz e Design: Anna Turra
Fotos: Alexandre Eça
Direção Geral: Asterium Produções - Jorge Chamon
Guilherme Kastrup
Kastrup é diretor geral do show, idealizador, percussionista e produtor musical do projeto A Mulher do Fim do Mundo. Como produtor, atuou em projetos de artistas como Zeca Baleiro, Cacá Machado, Celso Sim, Andréia Dias e Márcia Castro. Além disso, possui dois discos autorais: Kastrupismo (2013) e Sons de sobrevivência (2014), em parceria com Simone Sou e Benjamim Taubkin.
Kiko Dinucci
Kiko Dinucci é guitarrista, violonista, compositor e produtor. Dono de uma trajetória de nove discos autorais, com destaques para Padê (2007), com Juçara Marçal, e Na boca dos outros (2010). É integrante dos grupos MetáMetá e Passo Torto. Em A Mulher do Fim do Mundo, Kiko compôs as músicas: “Luz Vermelha”, em parceria com o Clima, e “Pra Fuder”. No disco, vem com sua guitarra para compor o arranjo de base.
Rodrigo Campos
Rodrigo Campos é cantor e compositor. Possui, na bagagem, três discos autorais solos, além de três discos com o grupo Passo Torto. Destaque para os trabalhos Conversas com Toshiro (2015), Bahia fantástica (2012) e São Mateus não é um lugar tão longe assim (2009). Em A Mulher do Fim do Mundo, Rodrigo compôs as músicas “Firmeza?!” e “O Canal”. No disco, também usa sua guitarra no arranjo de base.
Marcelo Cabral
Produtor musical, arranjador e multi-instrumentista (baixo acústico, elétrico, violão 7 cordas e guitarra), Marcelo Cabral acompanha, cria e participa dos trabalhos dos artistas Thiago França – Sambanzo, Space Charanga, Malagueta, Perus e Bacanaço, Rodrigo Campos, Romulo Fróes, Passo Torto, MetáMetá, Criolo (produtor e diretor musical), Gui Amabis e Elza Soares, em A Mulher do Fim do Mundo. Neste projeto, além do arranjo de base, Cabral compôs o belíssimo arranjo de cordas.
Felipe Roseno
Como percussionista, atua na cena popular acompanhando os cantores Ney Matogrosso e Maria Gadú. Como bagagem em projetos autorais, há o Trigonotron, banda que concilia poesia, hip hop e artes plásticas em uma linguagem musical. Tanto no show como no disco, Felipe procura improvisar duelando com Kastrup e botando muita energia na percussão.
Rubi
Cantor e ator brasiliense e radicado em São Paulo desde 1992, além de seus projetos autorais, Rubi já dividiu o palco com Elza Soares, Vânia Bastos, Zélia Duncan e Chico César, entre outros grandes nomes da música brasileira. Em A Mulher do Fim do Mundo, o cantor faz participação especial em “Benedita”, composta por Celso Sim e Pepê Mata, cantada pelo próprio Celso no disco e interpretada por Rubi no show.
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