Em novo livro, David Graeber, um dos ativistas mais influentes de sua geração, analisa as ações do "Occupy Wall Street" e repensa a prática da democracia em seu país.
Em setembro de 2011, o "Occupy Wall Street" tomou o distrito financeiro de Nova York e organizou uma série de fóruns políticos, nos quais americanos comuns podiam falar sobre seus problemas e preocupações. Dessa forma, os manifestantes ali reunidos mostraram o que pode ser a verdadeira democracia e colocaram em cheque a legitimidade do sistema norte-americano. Em seu novo livro, "Um Projeto de Democracia", David Graeber, um dos intelectuais e ativistas mais influentes de sua geração, parte de uma análise das ações desse movimento para falar sobre a ideia de democracia e como ela vem sendo aplicada. A obra chega às livrarias pela editora Paz & Terra.
No livro, o autor defende que os governos dos EUA, sempre preocupados em manter o funcionamento das grandes instituições financeiras, acabam por distanciar suas decisões da vontade popular. “A diferença entre o poder financeiro e o poder do Estado fica cada vez menos clara, já que quase todas as funções dos governos locais se tornam um mecanismo de extração financeira, e o governo federal não deixa dúvidas de que considera sua função principal manter os preços das ações em alta”, explica o autor, que foi um dos criadores do slogan “Nós somos os 99%”, usado pelos líderes do OWS para estimular protestos contra a má distribuição da riqueza e do poder no país.
Graeber lança, na obra, um novo olhar sobre os momentos históricos que ajudaram a construir o conceito de democracia e extrai deles lições para os dias atuais. Com isso, pretende mostrar que uma democracia reenergizada, baseada no consenso, na igualdade e na ampla participação, ainda é o melhor caminho para uma sociedade igualitária.
Sobre o autorDavid Graeber é um ativista norte-americano e professor de antropologia da London School of Economics. É autor de diversos livros, entre eles "Debt: The First 5.000 Years". Escreveu para revistas como "Harper’s", "The Nation" e outros veículos de imprensa.
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
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