Estão na bancada Arlene Clemesha, professora de história árabe da USP; Luiz Felipe Pondé, filósofo; Luiz Flávio Gomes, jurista; Marco Antônio Villa, historiador; Paulo Saldiva, vice-diretor de Estudos Avançados da USP; e Ricardo Sennes, coordenador do Grupo de Pesquisas Internacionais da USP. O jornalista Willian Corrêa, que apresenta a Retrospectiva 2015, conduz um bate-bola com os convidados, no qual eles farão uma reflexão sobre o que passou e uma projeção para 2016.
O ano em que aconteceu de tudo. E o programa faz um panorama começando pelo Brasil, que iniciou 2015 com o país dividido nas eleições presidenciais. Daí em diante, os fatos cresceram e o brasileiro enfrentou greves de estudantes e professores; viu o vilarejo de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), desaparecer com o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco e assistiu ao maior desastre ambiental do país com o mar de lama invadindo e contaminando o rio Doce; relembrou a inflação galopante; viu o tsunami da Lava Jato levar para a cadeia poderosos da política, das finanças e do empresariado; se assustou com centenas de casos de microcefalia; e chegou em dezembro discutindo a possibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff e da cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
O ano também foi pontuado por muitos sustos em diversas partes do mundo. As ações terroristas se mostraram ainda mais cruéis neste 2015 e fomos surpreendidos por ataques extremistas já em janeiro, quando terroristas invadiram o jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, matando 12 pessoas. Em junho, atentados simultâneos na Europa, Oriente Médio e África do Norte sinalizaram mais ações do ISIS (Estado Islâmico do Iraque e da Síria). No Kuwait, um homem matou 25 pessoas numa mesquita; em Tunis (Tunísia), 17 turistas foram mortos no Museu do Bardo; no Egito, uma bomba caseira derrubou um avião russo matando 224 pessoas. E em novembro, o terror chegou em Paris com ataques de atiradores e suicidadas em restaurantes, café e uma casa de shows, resultando em 130 mortes e centenas de feridos. Também a crise de refugiados na Europa foi outro evento do ano que chocou o mundo com a morte do menino Aylan Kurdi, de três anos.
Em outros setores importantes, as pessoas também se surpreenderam e viram o Papa Francisco ser o primeiro pontífice a escrever uma encíclica sobre o meio ambiente, a pedir a absolvição de mulheres que fizeram aborto e a determinar o julgamento para padres pedófilos.
Conflitos envolvendo estudantes, professores e policiais mancharam a educação no Brasil. Greves, ocupação de escolas, violência da polícia, Fies, Enem e outros movimentos marcaram o ano que começou com o lema Pátria Educadora.
Na saúde, o aparecimento de uma pílula deu um sopro de esperança aos pacientes com câncer no Brasil. Por outro lado, o mosquito da dengue mostrou-se mais assustador, e o final deste ano já registra mais de mil caos de microcefalia, doença que provoca redução do tamanho médio do crânio em bebês.
No esporte, vitórias, escândalos, prisões de cartolas do futebol. Nas artes, exposições imperdíveis mereceram destaque e ganharam público, mas também houve perdas inesquecíveis. A Retrospectiva 2015 vai além, aborda outros assuntos e traz uma análise mais profunda sobre este ano tão peculiar.
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