Em outubro de 2015
O disco foi produzido com apoio da banda que acompanha Paul nos shows (Brian Ray, Rusty Anderson, Abe Laboriel Jr. e Paul Wix Wickens). Ou seja, o resultado instrumental ficou impecável, bastando apenas quem canta exercitar o seu dom de forma tranquila. Billy Joel, por exemplo, deita e rola nas ótimas "Live And Let Die" e "Maybe I´m Amazed". Ele interpreta com aquele clima de inveja no bom sentido, de quem queria ter escrito aquelas canções.
Há surpresas agradáveis, como a de Alice Cooper cantando "Eleanor Rigby". Quem poderia imaginar isso? E ficou bom, podem acreditar. Steve Miller faz o básico em "Hey Jude" e "Junior´s Farm". Barry Gibb (Bee Gees) canta a cândida "When I´m 64" e Brian Wilson (Beach Boys) se deu bem com a bela balada "Wanderlust" (do álbum "Tug Of War").
Ao ouvir Bob Dylan cantando "Things We Said Today", o ouvinte leva um susto. Ele está cada vez mais rouco. Mesmo assim, ele consegue levar bem a canção. Smokey Robinson, astro da gravadora Motown nos anos 60, que inspirou Paul no início de carreira, faz uma versão bem ao seu estilo em "So Bad", do álbum "Pipes Of Piece". E a banda The Cure faz uma versão bem próxima da original de "Hello Goodbye".
Enfim, fica impossível aqui comentar todas as faixas. Mas não há como negar que "The Art Of McCartney" foi um daqueles projetos que não tinham como dar errado. Juntar tantos craques cantando pérolas musicais só poderia resultar em algo de bom gosto e bem acabado. Mas ficou ainda melhor, porque todos demonstraram claramente a emoção de participar do disco. Basta apertar o botão play do CD Player para ter certeza disso. A obra de Paul McCartney em outras vozes
The Cure - "Hello Goodbye"
Alice Cooper - "Eleanor Rigby"
Billy Joel - "Maybe I´m Amazed"
Steve Miller - "Junior´s Farm"
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