André Rigotto, o "Mascate". Foto: Camis Batista |
No mesmo dia, mais cedo, os DJ’s "Bakka" e "Mascate" participam do bate-papo “A Rua Em Cena: O Espaço Público Ocupado Pela Ação Cultural”, entre 19h e 20h, no mesmo local. Responsáveis pela festa de ocupação Jambu, os "Piratas do Maxixe" têm alcançado reconhecimento na região.
André Rigotto, o "Mascate", é pesquisador musical, produtor cultural e DJ por paixão. Nômade por natureza, nascido em Santos, já viveu na pauliceia caótica, na paz da Chapada dos Veadeiros, mas tem gosto pela opção de não possuir CEP definido, embora nem sempre seja possível.
Como canal de sua expressão artística, criou "Mascate", seu alter-ego discotecário e inquieto, sempre em busca de novas ondas sonoras e manifestações culturais populares. Foi sócio/gestor da casa noturna "Base Arte Cultura" em Santos e atualmente integra o coletivo "Piratas do Maxixe", também no litoral. Ajudou a idealizar e fundar o coletivo "Salada Cartel" e articula/produz a festa "Batbacumba Auês", projetos erradicados em São Paulo. Hoje concentra sua energia no eterno aprendizado da fotografia e da documentação.
Rafael Forte, o Bakka. Foto: Camis Batista |
Como surgiu a ideia de criar o "Piratas do Maxixe"? Comentem um pouco a atuação do coletivo.
A ideia surgiu do amadurecimento do trabalho de cada um de nós, da necessidade de união no fazer artístico, na quebra de certos padrões engessados na produção cultural e artística e da necessidade do questionamento de burocracias e padrões limitantes que emperram e atrapalham a manifestação artística na nossa cidade. Somos um coletivo de cinco produtores já atuantes na região, que também flertam com outros tipos de arte, como discotecagem e pesquisa musical, colagens, design gráfico e teatro. Dessas linhas naturais de cada um e de colaborações com uma rede de artistas da região, a atuação do coletivo vai desde a produção cultural até a ocupação e ressignificação de espaços públicos, porém, sem perder o caráter de ser um canal de experimentação artística para nós e para os encontros que surgirem ao decorrer deste processo.
E a "Jambu", como tem sido a repercussão?
A festa tem sido bem aceita pelo público e vemos que a vontade de ocupar as ruas e ter acesso a uma cultura gratuita e livre é de todos. Desde a primeira edição, também tivemos a colaboração de diversos coletivos e artistas que já atuavam na rua em nossa região, e que são parte crucial na criação da experiência que propomos.
Antes da apresentação, vocês participarão de um bate-papo sobre ocupação de espaços públicos. Como tem sido a ocupação dos espaços públicos para a cultura na região?
Ainda é cedo para mensurar o impacto dessa proposta na cultura da região. Iniciamos esse trabalho há menos de seis meses e ainda tem todo um processo pela frente. Nosso foco por enquanto é o fazer, o questionar e a abertura de espaços e debates sobre essa forma de utilização dos espaços públicos. A reverberação disso virá com o tempo e o trabalho.
Piratas do Maxixe - "Jambu"
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