Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2015
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm
Em outubro de 2015
Segundo o imaginário popular e na cinematografia, ser jornalista é uma profissão incrível. Cheia de quereres, transporta um poder sensacional ao indivíduo que estuda para exercer tal função. Confesso que o curso de Comunicação Social com ênfase em Jornalismo é realmente mágico, mas na prática as coisas são absolutamente complicadas. Ah! E como são!!
No início, caso não tenha um bom Q.I., é desanimador e, ressalto que, mesmo após longos anos, ainda é decepcionante. Primeiramente que ao dizer a sua profissão seja para o vizinho ou ao preencher o seu cadastro para a sua primeira consulta médica, sempre há um certo arregalar de olhos e um sorrisinho. Eis aí que mora o perigo da ilusão de que você tem o salário aproximado ao do William Bonner ou da Fátima Bernardes.
É verdade! Seria engraçado, caso não fosse uma dura realidade. Logo, você como todo jornalista endinheirado, passa a ter o dever de trabalhar por solidariedade. Sempre há aquele que quer contratar o seu trabalho, mas sem desembolsar um centavo. Ok! Esse trabalhar de graça só surge na conversa bem ao final, após você perder o seu tempo -na nossa sociedade, tempo é dinheiro. E lá se foi mais dindin!
É cruel dizer logo um não, porém é ainda mais difícil pagar as contas do mês com solidariedade. Não dá para chegar na CPFL, por exemplo, ficar de conversinha e dizer que quer contratar os serviços da empresa de graça, ou seja, ter o fornecimento de luz sem poder pagar. E assim, você vai seguindo e escutando histórias que até Deus duvida enquanto batalha pelo seu pão de cada dia. Ser jornalista é difícil!
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm
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