Por Helder Miranda
Em outubro de 2015
Na oitava edição de "A Fazenda", se Veridiana Freitas levasse à risca o discurso feminista, jamais teria se referido de maneira tão pejorativa à ex-"Panicat" Ana Paula Minerato, para ela, ao taxá-la de "vagabunda" e "figurante do programa 'Pânico'", revelou uma boa dose de veneno e recalque. Fosse tão feminista, jamais se humilharia tanto para o modelo Marcelo Bimbi, e tampouco teria se referido à menstruação de Mara Maravilha como se o descuido dela não denunciasse algo que é tão normal no organismo feminino: sangrar todo o mês, a menos que esteja grávida.
Veridiana Freitas é a personificação da promessa que engana. É livre, desprendida, mulher que brada "o meu corpo é meu e você não tem o direito de dizer o que devo fazer ou não com ele" apenas quando lhe convém. Quando não é, chama, por trás, não pela cara, outras participantes de nomes horrorosos. É tão machista quanto a todos que critica porque, se não se reconhecesse no machismo de quem ela acusa de ser, não saberia identificar essa característica no outro.
Entrou como uma pin-up humana, prometendo ser interessante, divertida e uma mistura entre o poder blonde de Brigite Bardot, Jessica Rabbit, Betty Boop, Marylin Monroe e uma Anna Chlumsky (aquela atriz de "Meu Primeiro Amor" que mexeu tanto com o imaginário dos garotos da idade dela na época do filme) já crescida. Tal qual a música da também platinada Taylor Swift, "é um pesadelo em forma de sonho".
Lindíssima, é verdade, e talvez a participante mais bela em todas as temporadas, mas e o resto? É certo que não se pode cobrar muito de alguém que se submete a participar de um programa do naipe de "A Fazenda". Desde os caminhos que todos trilharam, até o confinamento. Depois de sete edições concluídas, sabe-se que a premissa desta atração da TV Record é o baixo-nível. Principalmente na edição ao vivo, quando não se tem controle do que as pessoas -sem senso de limite algum- vão dizer.
Com Veridiana, essa falta de noção do que é certo e errado, dentro do parâmetro que mantém no jogo, aparentemente vem de berço. Parece que fora dali ela chora e todos, desde homens "babãos" inebriados pela beleza dela até as pessoas de sua convivência, correm para acudir. Aquela caricatura de loura burra com o potencial de mostrar que não é bem assim mostrou-se, apenas, uma mulher extremamente mimada, e que não cresceu.
Ela não chora, ela se desespera e se descabela em surtos que vêm do nada e acabam exatamente como começam: sem nenhum motivo. Ela estava fazendo cena, soluçando de chorar, dizendo que terminaria com Marcelo na casa de árvore e, quando ele chega... ela simplesmente para? Esse destempero é tão agoniante que lembra Andressa Urach em seus piores momentos no programa. O que ela esquece é que não está fora do confinamento, onde tudo leva a crer que recebe mimos e compreensão de todos justamente por ser linda demais. A massa que vota fora de seu meio odeia gente assim e não faz de tudo para satisfazer os desmandos que ela apregoa a quem lhe dá atenção.
Veridiana precisa aprender a ouvir muitos "nãos" na vida para crescer e deixar de ser a menina na carcaça de mulherão, para crescer de fato. Ela mesma disse que não está tolerando o confinamento e, num ato extremamente contraditório, agora quer ficar, como criança que teima para depois bater o pé porque não quer aquilo que pediu. Mas volta para casa, tanto com Luka, quanto com Mara (que, por sinal, anda bem escatológica. Semana passada, falaram do xixi e da menstruação dela. Esta semana, ela própria fala que não participou da atividade porque estava... fazendo cocô? Tem razão, Mara. Calada, você será uma poeta. O que será que ela falará na próxima semana? #Preocupado).
Mas dizer "não" à Veridiana neste momento é a melhor lição que o público de "A Fazenda" pode dar à ela. Tomara, apenas, que ela não volte fazendeira.
Em outubro de 2015
Na oitava edição de "A Fazenda", se Veridiana Freitas levasse à risca o discurso feminista, jamais teria se referido de maneira tão pejorativa à ex-"Panicat" Ana Paula Minerato, para ela, ao taxá-la de "vagabunda" e "figurante do programa 'Pânico'", revelou uma boa dose de veneno e recalque. Fosse tão feminista, jamais se humilharia tanto para o modelo Marcelo Bimbi, e tampouco teria se referido à menstruação de Mara Maravilha como se o descuido dela não denunciasse algo que é tão normal no organismo feminino: sangrar todo o mês, a menos que esteja grávida.
Veridiana Freitas é a personificação da promessa que engana. É livre, desprendida, mulher que brada "o meu corpo é meu e você não tem o direito de dizer o que devo fazer ou não com ele" apenas quando lhe convém. Quando não é, chama, por trás, não pela cara, outras participantes de nomes horrorosos. É tão machista quanto a todos que critica porque, se não se reconhecesse no machismo de quem ela acusa de ser, não saberia identificar essa característica no outro.
Entrou como uma pin-up humana, prometendo ser interessante, divertida e uma mistura entre o poder blonde de Brigite Bardot, Jessica Rabbit, Betty Boop, Marylin Monroe e uma Anna Chlumsky (aquela atriz de "Meu Primeiro Amor" que mexeu tanto com o imaginário dos garotos da idade dela na época do filme) já crescida. Tal qual a música da também platinada Taylor Swift, "é um pesadelo em forma de sonho".
Lindíssima, é verdade, e talvez a participante mais bela em todas as temporadas, mas e o resto? É certo que não se pode cobrar muito de alguém que se submete a participar de um programa do naipe de "A Fazenda". Desde os caminhos que todos trilharam, até o confinamento. Depois de sete edições concluídas, sabe-se que a premissa desta atração da TV Record é o baixo-nível. Principalmente na edição ao vivo, quando não se tem controle do que as pessoas -sem senso de limite algum- vão dizer.
Com Veridiana, essa falta de noção do que é certo e errado, dentro do parâmetro que mantém no jogo, aparentemente vem de berço. Parece que fora dali ela chora e todos, desde homens "babãos" inebriados pela beleza dela até as pessoas de sua convivência, correm para acudir. Aquela caricatura de loura burra com o potencial de mostrar que não é bem assim mostrou-se, apenas, uma mulher extremamente mimada, e que não cresceu.
Ela não chora, ela se desespera e se descabela em surtos que vêm do nada e acabam exatamente como começam: sem nenhum motivo. Ela estava fazendo cena, soluçando de chorar, dizendo que terminaria com Marcelo na casa de árvore e, quando ele chega... ela simplesmente para? Esse destempero é tão agoniante que lembra Andressa Urach em seus piores momentos no programa. O que ela esquece é que não está fora do confinamento, onde tudo leva a crer que recebe mimos e compreensão de todos justamente por ser linda demais. A massa que vota fora de seu meio odeia gente assim e não faz de tudo para satisfazer os desmandos que ela apregoa a quem lhe dá atenção.
Veridiana precisa aprender a ouvir muitos "nãos" na vida para crescer e deixar de ser a menina na carcaça de mulherão, para crescer de fato. Ela mesma disse que não está tolerando o confinamento e, num ato extremamente contraditório, agora quer ficar, como criança que teima para depois bater o pé porque não quer aquilo que pediu. Mas volta para casa, tanto com Luka, quanto com Mara (que, por sinal, anda bem escatológica. Semana passada, falaram do xixi e da menstruação dela. Esta semana, ela própria fala que não participou da atividade porque estava... fazendo cocô? Tem razão, Mara. Calada, você será uma poeta. O que será que ela falará na próxima semana? #Preocupado).
Mas dizer "não" à Veridiana neste momento é a melhor lição que o público de "A Fazenda" pode dar à ela. Tomara, apenas, que ela não volte fazendeira.
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