domingo, 18 de outubro de 2015

.: Meg Cabot e Paula Pimenta: Um encontro de princesas

Recorde de público, última mesa da FLICA 2015 reúne mais de 2000 pessoas em conversa descontraída sobre literatura romântica dos contos de fadas com Meg Cabot e Paula Pimenta


A Flica amanheceu em clima de realeza. Carregadas de livros em mãos, garotas de todos os lugares da Bahia vieram encontrar duas rainhas literárias: Meg Cabot e Paula Pimenta.

Com o tema Sobre palavras e princesas, a mesa recorde de público da Festa Literária Internacional de Cachoeira, foi - entre outros assuntos -  sobre a literatura “fofa” das autoras que conquistaram milhões de leitores em todo o país.

Cabot, que visita o Brasil pela segunda vez, abriu a conversa surpreendendo ao público ao afirmar sua predileção por ler Star Wars. A americana - que disse ter crescido em uma casa cercada de livros - falou sobre seu hábito de ainda jovem e curiosa sobre o que acontecia no mundo ler todos os tipos de obras. “Ninguém deve julgar o que você lê, qualquer leitura é válida e mantém nossas mentes abertas a qualquer coisa”.

A brasileira, Paula Pimenta, confessou ser voraz leitora da série Vagalume e assumiu sua paixão pelo Sítio do Pica Pau Amarelo. “Eu li diversas vezes os livros de Marcos Rey E também As caçadas de Pedrinho e As reinações de Narizinho, mas era mesmo fã da adaptação de Monteiro Lobato na televisão”.

Questionadas pelo mediador, Mario Mendes, sobre a crítica negativa à literatura dos contos de fadas, Meg defendeu suas personagens. “O problema é que muitas pessoas acham que ser princesa é uma questão de tiara e belos vestidos. Elas estão erradas. Estamos falando sobre mulheres fortes que se engajam em algo que vai além de coroas e maquiagem. Um exemplo é a princesa Leia em Star Wars, mesmo delicada ela se torna ao longo da história uma mulher forte e sedutora que luta pelos direitos e liberdade da galáxia”.

Apoiando Cabot, Paula disse que ao contrário do que se pensa, as princesas atuais não esperam mais pelo príncipe encantado. “As altezas do mundo real estão se mostrando menos submissas e mais poderosas”. Em seguida, do público veio a pergunta: Como começar uma carreira na escrita? 

Ultrapassando a marca dos 100.000 exemplares vendidos com a publicação do quarto livro da série infanto-juvenil Fazendo Meu Filme, Paula Pimenta, deu as dicas. “ Ler muito, isso é básico! Escreva um livro que gostaria de ler, porque seus leitores sentem o que você está escrevendo e pesquise. Descreva lugares que você conhece, que já visitou. Eu quando comecei a escrever o quarto e último livro da série Fazendo Meu Filme visitei Los Angeles, Las Vegas, Hollywood e Beverly Hills, lugares por onde a personagem passa durante um intercâmbio e só foi possível escrever por causa da viagem. Lá, tive várias ideias."

Encerrando o último dia da Flica, Cabot agradeceu a receptividade baiana e arriscou seu português ao dizer “Eu amo Cachoeira”. Após a mesa, as autoras atenderam os fãs que ansiosos aguardavam com livros em mãos por autógrafo e fotos.

O Governo do Estado da Bahia apresenta a Flica 2015 e o projeto tem patrocínio da Coelba, da Oi e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e apoio cultural da Oi Futuro, da Prefeitura Municipal de Cachoeira, do Sebrae, da Odebrecht e da Caixa Econômica Federal. Um evento realizado pela iContent e Cali.

Evento: Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica
Data: 14 a 18 de outubro de 2015
Local: Município de Cachoeira, a 110 km de Salvador 
Entrada gratuita

Acesse:
Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica
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