quinta-feira, 3 de setembro de 2015

.: Estudantes criam clube de assinatura para cachorros

Startup idealizada num curso de MBA está conquistando o mercado pet


O abismo entre as universidades e o mercado de trabalho é grande. Infelizmente, projetos importantíssimos acabam ficando trancados dentro dos laboratórios acadêmicos em vez de ganharem as ruas. Contudo, existem inovações que conseguem vencer essa barreira para disputar espaço no mercado. Foi o que aconteceu com a DogLikers, empresa criada por jovens estudantes num MBA em Marketing, em 2012.

Na época, Gustavo Monteiro, Bruno Queiroz e Cadu Betti, precisaram desenvolver um trabalho de conclusão de curso. Como são apaixonados por cachorros, decidiram criar algo ligado a esse interesse comum. “Pensamos em oferecer um serviço inovador, capaz de agradar os donos e, principalmente, os cachorros”, lembra Monteiro.

Depois de muitas conversas, optaram por criar um plano de negócios para uma startup voltada para o segmento pet, no qual o primeiro produto seria um modelo de assinatura para cães. Trata-se de um serviço mensal que oferece uma seleção de produtos caninos, como brinquedos, acessórios, produtos de higiene e snacks. O apelo está em receber produtos exclusivos, na comodidade de casa, custando 30% a menos do que nos Pet Shops.

Ao concluírem o curso, resolveram não deixar o projeto na gaveta. Em junho 2013, com um investimento inicial e próprio de R$ 300 mil, eles montaram um escritório sede e cuidam pessoalmente de cada detalhe do negócio. Mesmo tendo outras atividades, os sócios se reúnem duas ou mais vezes por semana, sempre à noite, para gerenciarem a operação dos boxes, negociarem com fornecedores e analisarem os rumos da empresa.

A caixa de produtos é montada de acordo com o perfil de cada cachorro, a partir de um formulário preenchido pelo dono nos passos iniciais da assinatura. Informações como nome, idade, raça, temperamento e peso são coletadas. “Temos a ajuda de veterinários e treinadores para escolher o que enviar”, diz. A seleção se renova mensalmente, mas o dono também pode solicitar produtos de sua preferência. Os objetos nunca se repetem.

No intuito de continuarem inovando, há poucos meses lançaram um aplicativo para adoção, o Au.dote. Gratuito e disponível para iOS e Android, a ideia é unir ONGs e instituições que oferecem animais para adoção com interessados ao alcance de um clique. Os cães são apresentados em perfis e é possível filtrar por localização, ONG, raça, idade e sexo. Caso o usuário goste de um deles, basta tocar na foto e receber informações completas, como vacinas, histórico e contato. Se tiver interesse na adoção, a pessoa deve clicar no coração e “favoritar” aquele cão, desta forma, a ONG já receberá um email informando o interesse e esse cãozinho fica arquivado numa lista de favoritos no perfil do usuário. Apenas as organizações e instituições aprovadas podem oferecer os animais pela plataforma, o que garante a procedência e tratamento dos cães apresentados.

Hoje já são cerca de 150 clientes que pagam R$ 89 pela assinatura mensal. A perspectiva da empresa é faturar R$ 420 mil até o final de 2015. “Para nós, é motivo de muito orgulho ver a startup que criamos na academia, como aprendizado, conquistando cada vez mais clientes. Pensamos e criamos uma empresa digital para clientes que gostam de cuidar de seus animais”, conclui Monteiro.

Sobre a DogLikers - Startup voltada para o mercado pet lançada por jovens empresários. O primeiro serviço da marca é o LikeBox, uma caixa customizada que chega mensalmente à casa do assinante, com itens de higiene, esportivos, diversão, snacks, entre outras surpresas. A ideia é gerar maior interação entre donos e cães evitando perdas de tempo e gastos. O segundo, lançado em maio de 2015, é o Au.Dote, um aplicativo para cães encontrarem novos donos.

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