Em agosto de 2014, seu castelo ruiu quando seu nome entrou no maior corte de chefia jamais feito pela empresa. Para lidar com a dor da perda, a jornalista criou um blog e começou a fazer “terapia em praça pública”. Com coragem e despudor, publicou diuturnamente sobre suas tristezas, descobertas, trapalhadas e, principalmente, sobre sua determinação em dar a volta por cima.
A expiação da dor, felizmente, teve fim. Os textos passaram a tratar de superação, projetos, planejamento e aprendizados ricos em dicas para pessoas criarem – abraçarem e fazerem dar frutos – planos B. Claudia tinha uma vantagem: já estava com seu plano B funcionando. Ela é sócia fundadora de uma linda e iluminada pousada em Arembepe, litoral Norte da Bahia.
No início deste verão, a ideia do livro cristalizou. Em menos de um ano, Claudia trabalhou incansavelmente seu texto original e bem estruturado na elaboração da obra. Aceitou conselhos, mudou enfoques e fez uma obra única e consistente. “O livro foi escrito com o fígado, editado com o coração e revisado com o olhar de quem espera compartilhar experiência com centenas de milhares de pessoas que estão passando pelo processo de perder o crachá e partir para um plano B”, diz a autora.
Escrito com linguagem jornalística, como se fosse uma conversa de café ou botequim, A Vida Sem Crachá traz histórias de gente empreendedora, conselhos de especialistas, ideias para quem quer empreender e a experiência pessoal e intransferível da jornalista que descobriu o que é um “viral orgânico” ao publicar um texto no qual descrevia a perda do crachá: “senti como se tivessem arrancando a minha pele”. “Percebi que tinha tocado em uma profunda ferida ao receber mais mais mil mensagens de pessoas que também tinha sido demitidas e que compartilhavam comigo os mesmos sentimentos”, conta Claudia.
Sobre a autora:
Claudia Giudice, 49 anos, paulistana, sempre soube que queria ser jornalista e dona de pousada. Formou-se na década de 1980 na PUC-SP. É mestre em jornalismo comparado pela USP. Em 30 anos de carreira, fez de tudo um muito. Foi repórter sindical, editora da revista de consórcio, redatora de títulos segmentados, editora de semanal de informação, de semanal de celebridades e de semanal popular. Lançou revistas que já fizeram muito sucesso e deixaram de fazer. Viajou meio mundo a trabalho e conheceu Londres porque foi escalada para cobrir a morte da princesa Diana. Virou publisher e depois diretora superintendente, porque também gosta de números. Desde setembro de 2014, trabalha, de quinta a segunda, na Pousada A Capela, em Arembepe, na Bahia. De segunda a quinta, mora em São Paulo, onde foi contratada por ela mesma para escrever.
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