Roberto Martins Figueiredo (Dr. Bactéria)
O açaí é consumido na tigela ou em forma de sucos. A polpa comercializada não oferece riscos se exibir na embalagem o número do registro do produto junto ao Ministério da Saúde. Isso porque a comercialização de polpa de produtos tropicais requer que as empresas cumpram regras sanitárias exigidas pelo Ministério da Agricultura.
A Doença de Chagas é causada por um parasita encontrado nas fezes do barbeiro. No Pará, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (SESMA), a forma de transmissão mais comum da doença acontece pela ingestão de alimentos contaminados, como o açaí.
Ainda segundo a Sesma, este ano, seis casos da doença de chagas foram confirmados em Belém. Cinco pessoas da mesma família foram contaminadas. Em 2014, foram confirmados 28 casos.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que, em 2013, foram registrados no Pará 133 casos de doença de Chagas e uma morte. Já em 2014 tiveram 137 casos e duas mortes. Os lugares com maior incidência dos casos são: Região Metropolitana de Belém, Marajó e Abaetetuba (G1).
Segundo a ANVISA, a Doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi, que pode ser transmitido ao homem pelas seguintes vias: vetorial (clássica), transfusional (reduzida com o controle sanitário de hemoderivados e hemocomponentes), congênita (transplacentária), acidental (acidentes em laboratórios), oral (com alimentos contaminados) e transplantes. Na transmissão vetorial o barbeiro, após picar a pessoa, deposita sobre a pele as fezes infectadas com o T. cruzi, que pode penetrar na corrente sanguínea. Historicamente, esse tipo de transmissão tem sido a principal causa da Doença de Chagas no Brasil.
O período de incubação da Doença de Chagas varia de acordo com a via de transmissão, sendo de 5 a 15 dias na vetorial, de 30 a 40 dias na via transfusional, do quarto ao nono mês de gestação na via transplacentária e cerca de 7 a 22 dias para via oral. O quadro clínico caracteriza-se por febre prolongada, cefaléia, edema de face ou membros, manchas na pele, aumento do fígado ou baço, cardiopatia aguda, dentre outros. A confirmação da doença é feita por exame parasitológico e sorológico, conforme orientação médica. A transmissão oral considerada esporádica e circunstancial em humanos, tem se tornado freqüente na região amazônica e está relacionada à ocorrência de surtos recentes de Doença de Chagas Aguda (DCA) em diversos estados brasileiros, principalmente na Região Norte.
A contaminação dos alimentos à base de vegetais in natura com T. cruzi é acidental e pode ocorrer durante a colheita, armazenamento, transporte ou até mesmo na etapa de preparação. Alguns estudos descrevem que a transmissão ao homem pode dar-se pela ingestão de insetos infectados ou de suas fezes, na hipótese de que sejam preparados junto com o alimento (caldo de cana, açaí); pelo consumo de animais que estejam infectados, sem uma cocção adequada da carne; pela ingestão de sangue de animais infectados; e pelo consumo de alimentos contaminados pela secreção dos animais reservatórios (do ciclo silvestre).
A contaminação do açaí se da no momento que este dica estocado nos "paneiros", antes de serem comercializados. O Barbeiro é atraído pelo cheiro do fruto na fermentação. Os microrganismos presentes se multiplicam rapidamente passando a produzir odores que atraem o barbeiro.
O controle se da por adoção de boas práticas, proteção dos paneiros a adoção de medidas como a lavagem das frutas, imersão em solução clorada a 200 mg por litro de água por 10 a 15 minutos e processos como o Branqueamento e a pasteurização.
No caso de frutos de açaizeiro, o branqueamento pode ser feito pela exposição à temperatura de 80 ºC, por 10 segundos, pois tais condições reduzem a carga microbiana
A pasteurização de açaí é normalmente realizada industrialmente, com a temperatura variando entre 80 ºC a 85 ºC, por 30 a 60 segundos. Em decorrência da viscosidade do açaí, a pasteurização é realizada em pasteurizadores do tipo tubular.
O congelamento a menos 20 graus C, segundo pesquisas da Unicamp, não elimina o parasita, o que faz com que a ingestão de produtos, apenas congelados, apresentem riscos para a Doença de Chagas.
O açaí é consumido na tigela ou em forma de sucos. A polpa comercializada não oferece riscos se exibir na embalagem o número do registro do produto junto ao Ministério da Saúde. Isso porque a comercialização de polpa de produtos tropicais requer que as empresas cumpram regras sanitárias exigidas pelo Ministério da Agricultura.
A Doença de Chagas é causada por um parasita encontrado nas fezes do barbeiro. No Pará, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (SESMA), a forma de transmissão mais comum da doença acontece pela ingestão de alimentos contaminados, como o açaí.
Ainda segundo a Sesma, este ano, seis casos da doença de chagas foram confirmados em Belém. Cinco pessoas da mesma família foram contaminadas. Em 2014, foram confirmados 28 casos.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que, em 2013, foram registrados no Pará 133 casos de doença de Chagas e uma morte. Já em 2014 tiveram 137 casos e duas mortes. Os lugares com maior incidência dos casos são: Região Metropolitana de Belém, Marajó e Abaetetuba (G1).
Segundo a ANVISA, a Doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi, que pode ser transmitido ao homem pelas seguintes vias: vetorial (clássica), transfusional (reduzida com o controle sanitário de hemoderivados e hemocomponentes), congênita (transplacentária), acidental (acidentes em laboratórios), oral (com alimentos contaminados) e transplantes. Na transmissão vetorial o barbeiro, após picar a pessoa, deposita sobre a pele as fezes infectadas com o T. cruzi, que pode penetrar na corrente sanguínea. Historicamente, esse tipo de transmissão tem sido a principal causa da Doença de Chagas no Brasil.
O período de incubação da Doença de Chagas varia de acordo com a via de transmissão, sendo de 5 a 15 dias na vetorial, de 30 a 40 dias na via transfusional, do quarto ao nono mês de gestação na via transplacentária e cerca de 7 a 22 dias para via oral. O quadro clínico caracteriza-se por febre prolongada, cefaléia, edema de face ou membros, manchas na pele, aumento do fígado ou baço, cardiopatia aguda, dentre outros. A confirmação da doença é feita por exame parasitológico e sorológico, conforme orientação médica. A transmissão oral considerada esporádica e circunstancial em humanos, tem se tornado freqüente na região amazônica e está relacionada à ocorrência de surtos recentes de Doença de Chagas Aguda (DCA) em diversos estados brasileiros, principalmente na Região Norte.
A contaminação dos alimentos à base de vegetais in natura com T. cruzi é acidental e pode ocorrer durante a colheita, armazenamento, transporte ou até mesmo na etapa de preparação. Alguns estudos descrevem que a transmissão ao homem pode dar-se pela ingestão de insetos infectados ou de suas fezes, na hipótese de que sejam preparados junto com o alimento (caldo de cana, açaí); pelo consumo de animais que estejam infectados, sem uma cocção adequada da carne; pela ingestão de sangue de animais infectados; e pelo consumo de alimentos contaminados pela secreção dos animais reservatórios (do ciclo silvestre).
A contaminação do açaí se da no momento que este dica estocado nos "paneiros", antes de serem comercializados. O Barbeiro é atraído pelo cheiro do fruto na fermentação. Os microrganismos presentes se multiplicam rapidamente passando a produzir odores que atraem o barbeiro.
O controle se da por adoção de boas práticas, proteção dos paneiros a adoção de medidas como a lavagem das frutas, imersão em solução clorada a 200 mg por litro de água por 10 a 15 minutos e processos como o Branqueamento e a pasteurização.
No caso de frutos de açaizeiro, o branqueamento pode ser feito pela exposição à temperatura de 80 ºC, por 10 segundos, pois tais condições reduzem a carga microbiana
A pasteurização de açaí é normalmente realizada industrialmente, com a temperatura variando entre 80 ºC a 85 ºC, por 30 a 60 segundos. Em decorrência da viscosidade do açaí, a pasteurização é realizada em pasteurizadores do tipo tubular.
O congelamento a menos 20 graus C, segundo pesquisas da Unicamp, não elimina o parasita, o que faz com que a ingestão de produtos, apenas congelados, apresentem riscos para a Doença de Chagas.
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