Por Luiz Gomes Otero Em junho de 2015 Depois de anunciar a aposentadoria do Simply Red, eis que Mick Hucknall resolve retomar as atividades do grupo com uma nova formação e lançar o disco "Big Love", o 11º álbum com canções inéditas. Trata-se do primeiro desde "Stay", que foi lançado em 2007. Como novidade principal, além das canções novas, o disco é o primeiro lançado pelo selo East West Records e mantém a mesma competência dos anos 80.
A sonoridade resgata os tempos iniciais dos primeiros discos. Muita soul music (dos anos 70, aquela com um toque de classe) mesclada com elementos do pop contemporâneo. "Shine On", faixa dançante que abre o disco, é uma que representa bem esse trabalho. Uma canção na medida certa para tocar em rádio.
O próprio Hucknall admite, no material de divulgação, que esse é um trabalho de retomada de sonoridade. Em 2007, no disco "Stay", ele parecia querer fugir do tipo de som que a banda fazia nos discos "Stars" e "A New Flame". Agora ele traz tudo de volta. Até os temas foram centrados na vida em família, uma constante dentro das canções do disco "Stars", por exemplo.
Os destaques ficam para as faixas "Big Love" (bela balada que mostra a competência de Hucknall no vocal e dá título ao disco), "Dad" (outra bonita balada de fundo sentimental), "Daydreaming" (com um solo de sax no estilo smooth jazz), "Ghost Of Love" (canção pop com a classe habitual de Hucknall no vocal), "Tight Tones" (com um balanço irresistível, bem retrô, no melhor estilo anos 70), "The Old Man And The Beer" (com arranjo jazzístico bem ao estilo do Simply Red) e "Each Day" (balada pop que fecha com chave de ouro o disco). É interessante notar Mick Hucknall voltando para o som que o consagrou, depois de algumas experiências musicais diferentes (um disco solo interpretando canções de Bobby Bland e assumindo o vocal da banda The Faces com Ronnie Wood). Uma prova de que os trabalhos realizados nos anos 80 valeram muito a pena.
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