Por: Luiz Gonzaga Bertelli*
A punição a menores infratores domina os debates nos últimos dias na mídia, nas redes sociais e nas conversas de botequim. As discussões em torno da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos inflamam-se e ganham repercussões na opinião pública na medida em que cresce a participação dos jovens na criminalidade. Segundo o Datafolha, 87% da população é favorável à redução da idade penal. O que fica claro, em torno dessa celeuma, é que se deve ampliar o foco das discussões para a origem do problema. Entre as soluções prioritárias, encontra-se a urgência em potencializar a educação de qualidade para os jovens.
Uma proposta viável é aumentar o acesso dos estudantes às escolas de tempo integral. Com ocupação o dia inteiro, longe das ruas e das más influências, os jovens distanciam-se do mundo das drogas e das atividades ilícitas. Ganham uma melhor formação, o que aumenta a capacidade de força de trabalho e diminui, sensivelmente, os números da geração nem-nem – a população juvenil que nem trabalha nem estuda e, geralmente, nem procura emprego. Para que o remédio funcione a contento, é necessária ainda uma reforma estrutural no ensino médio, principalmente nas questões curriculares, incluindo matérias com forte apelo para a formação do jovem ao mercado de trabalho.
Não é só o poder público, mas a sociedade como um todo deve se engajar nessa causa. As empresas que abrem suas portas para os jovens contribuem para a diminuição da criminalidade. Seja abrindo oportunidades de emprego, estágio ou aprendizagem, estará permitindo a possibilidade de uma vida melhor para a família desses jovens que entram no mercado de trabalho sonhando com um futuro promissor.
Somente com educação de qualidade, e, consequentemente, com a diminuição das desigualdades sociais é que poderemos sonhar com a diminuição das estatísticas de criminalidade. Como dizia o sábio Padre Antonio Vieira, a boa educação é moeda de ouro; em toda a parte tem valor.
* Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.
A punição a menores infratores domina os debates nos últimos dias na mídia, nas redes sociais e nas conversas de botequim. As discussões em torno da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos inflamam-se e ganham repercussões na opinião pública na medida em que cresce a participação dos jovens na criminalidade. Segundo o Datafolha, 87% da população é favorável à redução da idade penal. O que fica claro, em torno dessa celeuma, é que se deve ampliar o foco das discussões para a origem do problema. Entre as soluções prioritárias, encontra-se a urgência em potencializar a educação de qualidade para os jovens.
Uma proposta viável é aumentar o acesso dos estudantes às escolas de tempo integral. Com ocupação o dia inteiro, longe das ruas e das más influências, os jovens distanciam-se do mundo das drogas e das atividades ilícitas. Ganham uma melhor formação, o que aumenta a capacidade de força de trabalho e diminui, sensivelmente, os números da geração nem-nem – a população juvenil que nem trabalha nem estuda e, geralmente, nem procura emprego. Para que o remédio funcione a contento, é necessária ainda uma reforma estrutural no ensino médio, principalmente nas questões curriculares, incluindo matérias com forte apelo para a formação do jovem ao mercado de trabalho.
Não é só o poder público, mas a sociedade como um todo deve se engajar nessa causa. As empresas que abrem suas portas para os jovens contribuem para a diminuição da criminalidade. Seja abrindo oportunidades de emprego, estágio ou aprendizagem, estará permitindo a possibilidade de uma vida melhor para a família desses jovens que entram no mercado de trabalho sonhando com um futuro promissor.
Somente com educação de qualidade, e, consequentemente, com a diminuição das desigualdades sociais é que poderemos sonhar com a diminuição das estatísticas de criminalidade. Como dizia o sábio Padre Antonio Vieira, a boa educação é moeda de ouro; em toda a parte tem valor.
* Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.
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