Em maio de 2015
A Quiksilver patrocina o Festival Quiksilver de Música, evento gratuito que acontece dentro da programação do Festivalma XI, entre os dias 11 e 14 de junho em São Paulo e Santos. Dentre as atrações que acontecem no Parque do Ibirapuera, dia 11, está o show do carioca e surfista de alma Gabriel O Pensador. Conversamos com ele, que nos contou um pouco sobre projetos futuros, sua paixão pelo surf e a expectativa para esse show, que promete divertir o público presente.
É a primeira vez que você se apresenta no Festivalma. Qual a sua expectativa para esse show, que será dentro de um evento totalmente dedicado ao surf?
GABRIEL - É a primeira vez que toco nesse Festival. A expectativa é grande! Tenho certeza que vamos curtir e nos divertir muito. Eu vou me sentir em casa porque é um ambiente de surf, vários amigos presentes, a galera que gosta de música e esporte reunida em um show gratuito, que é sempre uma emoção diferente e eu gosto muito de fazer. Além disso, estou em um momento muito bom com a banda, entrosado com os músicos, fazendo improvisos e muita coisa que a gente gosta de fazer no palco. Então, eu vou para trabalhar e também me divertir com a galera.
O surf faz parte da sua vida. Como começou essa paixão por esse esporte?
GABRIEL - Comecei a pegar onda com 11 anos de bodyboard e aos 12 passei a pegar onda com prancha. De lá pra cá, sempre surfei, com alguns intervalos ao longo da vida, mas, sempre sentia muita falta do surf quando não surfava. Eu fiz muitas viagens e muitas amizades através do surf, inclusive, na minha formação, ainda adolescente, ele teve um papel importante junto com a galera da Rocinha e outras coisas que vieram por causa do meu convívio com a turma da praia do Cantão de São Conrado. Então o surf me fez e faz bem de muitas maneiras, é até difícil resumir numa resposta curta.
QS - Qual a melhor onda que já surfou?
GABRIEL - A melhor onda que eu já surfei... É difícil dizer, mas um dia épico com condições inacreditáveis foi em Rags, na Indonésia, mas infelizmente, não foi um dia de muita sorte. Eu perdi minha prancha e tive que ir buscar em um lugar de difícil acesso e um nativo escondeu a prancha para pedir dinheiro depois e me devolve-la. Foi uma história muito louca, mas foi o mar mais perfeito que eu já vi. Estava com o Teco Padaratz, com uma galera boa no barco e nesse dia eu não consegui aproveitar muito. Mas, teve outro dia nessa mesma trip, que a gente voltou e pegou condições parecidas. É uma onda que marcou muito, mas têm outras, a maioria na Indonésia. Também gosto muito de pegar onda em São Conrado, aproveito para lembrar a nossa campanha "Salvemos São Conrado", que é uma onda muito especial, uma praia muito especial, que está jogada no lixo! A galera não cuida como deveria, deixa sempre por último essa praia, por ser frequentada por moradores da favela. O surf no Brasil está vivendo o seu auge. Alguns nomes, como Gabriel Medina, Filipe Toledo, Adriano Mineiro e Wiggolly Dantas são de São Paulo e competem entre os melhores do mundo o WCT. Esse é o 11º Festivalma que acontece na cidade, mais especificamente no Parque do Ibirapuera, conhecido como a praia dos paulistas.
Em sua opinião, por que o surf é tão forte na terra da garoa?
GABRIEL - Eu acho que o surf já rompeu fronteiras, cresceu muito e continua crescendo.Estamos vivendo um momento mágico, onde vemos o interesse das crianças pelo surf, de adultos que não conheciam o esporte. A minha música "Solitário Surfista" foi até um termômetro disso. As pessoas curtem muito essa música, mesmo no interior do Brasil, longe do mar.É um esporte bonito de assistir, emocionante, envolve coragem, risco, e a gente nota que o pessoal de São Paulo está sempre se virando pra dar um pulinho no mar, já que a cidade tem praias próximas, então, não é uma coisa tão estranha, aliás pra mim, não é nem um pouco estranho. Mas, é bom que a gente faça esse festival no coração de São Paulo e traga o espírito da praia para dentro da cidade.
Se você não fosse músico/escritor, qual profissão escolheria?
GABRIEL - Eu já tinha escolhido uma profissão, comecei a faculdade de Comunicação e queria ser jornalista, mas, eu estava com essa coisa do rap muito forte na época, batalhando muito para dar certo, mas acredito que se não fosse músico ou escritor, como você diz (risos), eu continuaria a faculdade e trabalharia com jornalismo de alguma forma.
Qual show foi mais marcante na sua carreira e qual música não pode faltar no seu repertório?
GABRIEL - Já fiz alguns shows marcantes e poderia me lembrar de alguns.Os shows de Réveillon em Copa Cabana, Recife e em Florianópolis, por exemplo, o show de abertura pro U2, no estádio cheio.Também é emocionante fazer shows pequenos, eu me lembro de vários. Mas eu diria que o show mais marcante é sempre o próximo. Eu sempre me arrepio, mostro isso para a plateia e isso é o que eu mais agradeço, o prazer de fazer o que eu faço, a emoção de poder interagir com a galera. Eu muitas vezes trago pessoas da plateia para o palco e esses são sempre momentos únicos. Sempre sonhei em gravar um disco, então, cada show, cada música que canto é o meu sonho se realizando. Não me apego a shows passados, fico muito ligado e grato por cada momento, pelo que está acontecendo em cada momento, então o show marcante vai ser esse de hoje, e assim tem sido, graças a Deus, tem sido sempre marcante. Tem algumas músicas que eu tenho um carinho especial, "Até Quando", que encerra os shows, é uma das músicas que não pode faltar.
Quais os próximos projetos em sua carreira?
GABRIEL - Estamos com uma festa chamada "Ajoelhou tem que rezar", que é um projeto interessante que já está rolando esporadicamente, que envolve o meu show e outros convidados. Também tem um livro já pronto que está sendo ilustrado e que vai sair em parceria com uma escritora chamada Laura Malin. É um livro infantil sobre esporte, encomendado pelo Cob (Comitê Olímpico Brasileiro). Além disso, tem o futebol, que sempre dedico um tempo a isso e a gravação de um DVD que já estamos falando, eu e meu empresário, e estamos programando com calma.
Serviço:
Festival Quiksilver de Música - Festivalma XI
Data e local: 11 de junho no Parque do Ibirapuera, em São Paulo;
13 de junho no Parque Roberto Mário Santini, em Santos.
Entrada gratuita
www.festivalma.com.br
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