sexta-feira, 8 de maio de 2015

.: Sobre o direito de estar insatisfeito, por Helder Miranda

Por Helder Miranda
Em maio de 2015


Bater panela para protestar pode ajudar a mudar um país?  Foi o questionamento que se teve ao ver, na noite da última terça-feira, em todo o país, o buzinaço, o panelaço, as luzes que acenderam e se apagaram dentro das residências e estabelecimentos comerciais durante um programa político do atual governo. Foi a maneira de o povo protestar. 

Mas, como sempre há dois pesos e duas medidas, sempre há o outro lado. Não se trata mais de ser tucano ou petista. Aliás, rótulos não se adequam à crise em que se instaurou no país e são usados apenas para neutralizar os comentários daqueles que não se conformam. O povo, simplesmente, está insatisfeito e, como dizem, a voz dele é, também, a voz de Deus. Mas bater panela, buzinar, acender luzes e ficar pedindo impeachment não resolverá nada. A resposta deve ser dada nas urnas, sem truculência, sem falta de respeito, mas com a democracia e, acima de tudo, utilizando o direito de estar insatisfeito.

Um comentário:

  1. Sigo a mesma linha de raciocínio, porém acredito que vale protestar... desde que seja no lugar certo, aonde estão as pessoas que precisam sentir a pressão. Não do sofá de casa, por exemplo... Ao meu ver, esta forma de "protesto" (???) é tal qual uma criança birrenta ao saber da negativa dos pais na compra de um brinquedo.

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