sexta-feira, 15 de maio de 2015

.: O livro favorito de... João Thiago da Cunha Neto, repórter

Muito dos nossos gostos, de nossas escolhas, dizem muito a respeito de nós mesmos. 

E revelar o livro favorito não deixa de ser uma superexposição. Dentro da campanha #MeuLivroFavorito, o Resenhando.com publica, a cada sexta-feira, uma indicação diferente. O objetivo de incentivar a leitura dos internautas, a partir da divulgação de livros favoritos de pessoas famosas e anônimas. 

Nesta semana, o jornalista João Thiago da Cunha Neto, repórter na TV Arapuan e no Portal da Paraíba, revela que o seu livro preferido é o romance "Cem Anos de Solidão", de Gabriel Garcia Márquez. 

"'Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo.' Assim, com esta visão em flashback, começa o meu livro favorito: 'Cem Anos de Solidão', do Gabriel Garcia Márquez. Este ritmo melancólico toma toda a obra. A história da família Buendia e de Macondo, a cidade construída de ilusões. Aqueles que são destinados à solidão não têm um destino diferente a não ser o de vagar sozinhos sobre a face da terra. Esta amargura presente em todo o tempo faz com que o texto poético e filosófico de Gabo seja bastante fatalista. Desde o início da história você sabe o destino da linhagem dos Buendia. Desde o título, na verdade. É uma solidão, no entanto, que não se permite vazia, mas é cheia de sentimentos. Desde Úrsula, a matriarca dedicada à família, até Aureliano Babilônia, entregue à paixão de Nigromanta, todos os personagens planam, como que predestinados ao final trágico das vidas comuns. Gabo vai além do comum e faz virgens serem içadas aos céus, padres voarem ao efeito de chocolates quentes, crianças nascerem com rabo de porco... E, em tudo, uma necessária melancolia, sentimento profundo que nos faz entender a América Latina de forma mais ampla. 'Porque as estirpes condenadas a cem anos de solidão, não tinham uma segunda oportunidade sobre a terra.' É assim que ele se encerra".
João Thiago da Cunha Neto

Sobre "Cem Anos de Solidão"
Considerado um dos melhores livros de literatura latina já escritos, "Cem Anos de Solidão" (em espanhol, "Cien Años de Soledad") assinada pelo escritor colombiano Gabriel García Márquez, Prêmio Nobel da Literatura em 1982, e é atualmente conhecida como uma das obras mais importantes da literatura latino-americana e umas das mais lidas e traduzidas de todo o mundo. 

Durante o IV Congresso Internacional da Língua Espanhola, realizado em Cartagena, na Colômbia, em Março de 2007, o livro foi considerado a segunda obra mais importante de toda a literatura hispânica, ficando atrás de "Dom Quixote de la Mancha". Utilizando o estilo conhecido como realismo mágico, "Cem Anos de Solidão" conquistou milhões de leitores e ainda atrai milhares de fãs à literatura constante de Gabriel García Márquez.

A primeira edição da obra foi publicada em Buenos Aires, Argentina, em maio de 1967, pela editora Editorial Sudamericana, com uma tiragem inicial de 10.000 exemplares. Já foram vendidos cerca de 50 milhões de exemplares ao longo dos 35 idiomas em que foram traduzidos. 

A história se passa em uma aldeia fictícia e remota na América Latina chamada Macondo. Esta pequena povoação foi fundada pela família Buendía - Iguarán. A primeira geração desta família é formada por José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán. Este casal teve três filhos: José Arcadio, que era um rapaz forte, viril e trabalhador; Aureliano, que contrasta interiormente com o irmão mais velho no sentido em que era filosófico, calmo e terrivelmente introvertido; e por fim, Amaranta, a típica dona de casa de uma família de classe média do século XIX. A estes, irpá se juntar Rebeca, que foi enviada da antiga aldeia de José Arcadio e Ursula, sem pai nem mãe.

A história se desenrola à volta desta geração e dos seus filhos, netos, bisnetos e trinetos, com a particularidade de que todas as gerações foram acompanhadas por Úrsula (que viveu entre 115 e 122 anos). Esta centenária personagem dará conta que as características físicas e psicológicas dos seus herdeiros estão associadas a um nome: todos os José Arcadio são impulsivos, extrovertidos e trabalhadores enquanto que os Aurelianos são pacatos, estudiosos e muito fechados no seu próprio mundo interior.

Os Aurelianos terão ao longo do livro a missão de desvendar os misteriosos pergaminhos de Melquíades, o Cigano, que foi amigo de José Arcadio Buendía. Estes pergaminhos tem encerrados em si a história dramática da família e apenas serão decifradas quando o último da estirpe estiver às portas da morte.

Sobre João Thiago da Cunha Neto
Entre os melhores jornalistas de sua geração, João Thiago da Cunha Neto é formado desde 2003 pela Universidade Católica de Santos. Foi cronista político, cultural, e vem fazendo sucesso com suas reportagens na TV Arapuan e no Portal da Paraíba. Poucos sabem, mas também é um poeta nato e o melhor escritor que poderia ser lido.
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João Thiago da Cunha Neto está no #Resenhando.com para a série de depoimentos #MeuLivroFavorito. Qual é o seu? Para os internautas interessados em participar, basta curtir a fanpage do site –www.facebook.com/SiteResenhando - e enviar, por mensagem, a indicação do livro favorito, e os motivos da escolha.

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