Por: Luiz Gonzaga Bertelli*
Quando especialistas apontam o tratamento dado à educação como um dos pontos nevrálgicos que emperram o crescimento econômico e social do país, não estão atirando a esmo. Vários estudos demonstram uma enorme diferença na qualidade de ensino entre os países considerados pobres e ricos.
Recentemente, uma pesquisa norte-americana comprova a existência de uma profunda relação entre o nível de educação e o desempenho econômico das nações. De acordo com estudo, realizado pelo Washington Center for Equitable Growth (grupo de pesquisa com foco em reduzir as desigualdades), a melhora na qualidade do ensino implica crescimento econômico.
Vejamos o exemplo dos Estados Unidos, que atualmente ocupam a 24.ª posição no Pisa, ranking que avalia o desempenho de estudantes de ciências e matemática, entre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Se os norte-americanos conseguissem atingir a mesma posição do vizinho Canadá, 7.ª lugar, o PIB teria um crescimento de 6,7%.
No caso do Brasil, que figura apenas na 53ª posição desse ranking, entre os 64 países avaliados, um ensino de qualidade significaria, nesse contexto, brigar pelas primeiras posições entre as maiores economias do planeta. No entanto, pela radiografia do ensino brasileiro, parece mais fácil aumentar o PIB por outros meios do que, propriamente, pelo desenvolvimento da educação. Os levantamentos apontam para uma situação caótica que vai desde o descaso com os salários dos professores à falta de investimentos em estrutura para as escolas. Enquanto, no Japão, um professor iniciante do ensino fundamental ganha por volta de dois mil dólares mensais, no Brasil é difícil o salário chegar a 500 dólares.
A pesquisa norte-americana vem a calhar, no momento em que os brasileiros vivem dificuldades econômicas. Se o país tivesse um histórico positivo no tocante à educação, encontrar uma saída para o atual momento econômico seria bem mais fácil e prático.
* Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.
Quando especialistas apontam o tratamento dado à educação como um dos pontos nevrálgicos que emperram o crescimento econômico e social do país, não estão atirando a esmo. Vários estudos demonstram uma enorme diferença na qualidade de ensino entre os países considerados pobres e ricos.
Recentemente, uma pesquisa norte-americana comprova a existência de uma profunda relação entre o nível de educação e o desempenho econômico das nações. De acordo com estudo, realizado pelo Washington Center for Equitable Growth (grupo de pesquisa com foco em reduzir as desigualdades), a melhora na qualidade do ensino implica crescimento econômico.
Vejamos o exemplo dos Estados Unidos, que atualmente ocupam a 24.ª posição no Pisa, ranking que avalia o desempenho de estudantes de ciências e matemática, entre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Se os norte-americanos conseguissem atingir a mesma posição do vizinho Canadá, 7.ª lugar, o PIB teria um crescimento de 6,7%.
No caso do Brasil, que figura apenas na 53ª posição desse ranking, entre os 64 países avaliados, um ensino de qualidade significaria, nesse contexto, brigar pelas primeiras posições entre as maiores economias do planeta. No entanto, pela radiografia do ensino brasileiro, parece mais fácil aumentar o PIB por outros meios do que, propriamente, pelo desenvolvimento da educação. Os levantamentos apontam para uma situação caótica que vai desde o descaso com os salários dos professores à falta de investimentos em estrutura para as escolas. Enquanto, no Japão, um professor iniciante do ensino fundamental ganha por volta de dois mil dólares mensais, no Brasil é difícil o salário chegar a 500 dólares.
A pesquisa norte-americana vem a calhar, no momento em que os brasileiros vivem dificuldades econômicas. Se o país tivesse um histórico positivo no tocante à educação, encontrar uma saída para o atual momento econômico seria bem mais fácil e prático.
* Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.
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