Cidade será palco de homenagem aos milhares de mortos na tragédia, e população poderá assistir a um seminário com análise histórica e jurídica do genocídio
Osasco vai receber dois eventos especiais para a comunidade armênia. Com os objetivos de relembrar o genocídio armênio, que em 24 de abril completa 100 anos, homenagear as vítimas e, com essa triste lembrança, evitar que novas tragédias como esta assolem a humanidade, a comunidade armênia no Brasil está organizando diversas ações. Em Osasco, cidade no Brasil com o maior número de armênios, proporcionalmente à população, com cerca de quatro mil, serão dois eventos. A história da cidade está intimamente ligada à colônia armênia, que tem igreja no local, comércios e restaurantes.
O primeiro evento será em 25 de abril, às 10h30, no estádio Enzo Piteri, na Vila Yolanda. Ele lembrará os 1.500.000 de mártires que morreram em decorrência da tragédia armênia. O ato cívico religioso contará com a presença de autoridades do município, autoridades armênias e descendentes da cidade e da região. Entre as pessoas confirmadas para o evento estão o embaixador da Armênia Ashot Galoyan, a Cônsul Hilda Diruhy Burmaian, o prefeito de Osasco, Jorge Lapas, e o presidente da Comunidade Armênia da cidade, Paulo Moisés Alti Barmakian.
Neste dia, após o cerimonial, serão plantadas 100 árvores, representando os 100 anos do genocídio, e soltos 1.500 balões em memória das vítimas. Haverá ainda apresentação do coral da Igreja Apostólica Armênia São João Batista.
De acordo com Paulo Barmakian, representantes de famílias armênias de toda a região estão sendo convidados para a homenagem. “Tentaremos trazer pelo menos uma pessoa de cada família para dizer ao mundo que estamos aqui, que sobrevivemos ao genocídio e prosperamos”, afirma Barmakian. A intenção é que familiares dos armênios plantem as 100 árvores.
Barmakian é, além de presidente da comunidade armênia local, descendente de vitimas. Os avós dele sofreram o genocídio. Eles fugiram da cidade de Sis, na Armênia, para o Líbano, e, posteriormente, para Marselha, na França, antes de desembarcarem no Brasil.
Já em 25 de maio, às 9h, outra ação acontecerá na cidade. Trata-se do seminário “Genocídio Armênio: Análise Histórica e Jurídica”, que acontecerá na Associação Comercial Empresarial de Osasco (Avenida Dionysia Alves Barreto, 701). Cidades de São Paulo também receberão eventos alusivos ao centenário do genocídio.
O genocídio armênio no Brasil: O triste acontecimento ocorreu em 1915, quando dezenas de lideranças armênias foram presas e assassinadas em Istambul, dentro de um processo que já ocorria e que se intensificou resultando no massacre da população armênia que vivia no então Império Turco-Otomano.
Hoje vivem no Brasil aproximadamente 100 mil armênios, muitos deles descendentes diretos de famílias vítimas do massacre e da perseguição. Para se ter uma ideia da dimensão desse massacre, basta lembrar que hoje vivem na Armênia 3,2 milhões de pessoas.
No Brasil, a comunidade armênia está liderando uma mobilização para rememorar esses fatos e reivindicar junto ao governo brasileiro o reconhecimento do genocídio armênio, além de reforçar na sociedade a consciência de que tais fatos chocantes não devem se repetir contra nenhum povo ou nação.
Na América do Sul, países como Argentina, Chile, Uruguai, Venezuela e Bolívia têm legislações que reconhecem o genocídio. Na Europa, a França também tem legislação reconhecendo o massacre como um genocídio e tornando crime sua negação, assim como é com o genocídio cometido contra os judeus. Muitas outras nações, como Alemanha, Grécia, Holanda, Bélgica, Itália, Suécia, Suíça, Rússia, Polônia, Lituânia, Eslováquia, Líbano, Chipre, Canadá, além do Vaticano, também reconhecem o genocídio armênio.
Fora do Brasil também há ações planejadas para relembrar a tragédia. Em 12 de abril, por exemplo, o Papa Francisco celebrou uma missa no Vaticano em memória aos mortos no genocídio. A missa teve repercussão global sobre a importância dessa rememoração.
Osasco vai receber dois eventos especiais para a comunidade armênia. Com os objetivos de relembrar o genocídio armênio, que em 24 de abril completa 100 anos, homenagear as vítimas e, com essa triste lembrança, evitar que novas tragédias como esta assolem a humanidade, a comunidade armênia no Brasil está organizando diversas ações. Em Osasco, cidade no Brasil com o maior número de armênios, proporcionalmente à população, com cerca de quatro mil, serão dois eventos. A história da cidade está intimamente ligada à colônia armênia, que tem igreja no local, comércios e restaurantes.
O primeiro evento será em 25 de abril, às 10h30, no estádio Enzo Piteri, na Vila Yolanda. Ele lembrará os 1.500.000 de mártires que morreram em decorrência da tragédia armênia. O ato cívico religioso contará com a presença de autoridades do município, autoridades armênias e descendentes da cidade e da região. Entre as pessoas confirmadas para o evento estão o embaixador da Armênia Ashot Galoyan, a Cônsul Hilda Diruhy Burmaian, o prefeito de Osasco, Jorge Lapas, e o presidente da Comunidade Armênia da cidade, Paulo Moisés Alti Barmakian.
Neste dia, após o cerimonial, serão plantadas 100 árvores, representando os 100 anos do genocídio, e soltos 1.500 balões em memória das vítimas. Haverá ainda apresentação do coral da Igreja Apostólica Armênia São João Batista.
De acordo com Paulo Barmakian, representantes de famílias armênias de toda a região estão sendo convidados para a homenagem. “Tentaremos trazer pelo menos uma pessoa de cada família para dizer ao mundo que estamos aqui, que sobrevivemos ao genocídio e prosperamos”, afirma Barmakian. A intenção é que familiares dos armênios plantem as 100 árvores.
Barmakian é, além de presidente da comunidade armênia local, descendente de vitimas. Os avós dele sofreram o genocídio. Eles fugiram da cidade de Sis, na Armênia, para o Líbano, e, posteriormente, para Marselha, na França, antes de desembarcarem no Brasil.
Já em 25 de maio, às 9h, outra ação acontecerá na cidade. Trata-se do seminário “Genocídio Armênio: Análise Histórica e Jurídica”, que acontecerá na Associação Comercial Empresarial de Osasco (Avenida Dionysia Alves Barreto, 701). Cidades de São Paulo também receberão eventos alusivos ao centenário do genocídio.
O genocídio armênio no Brasil: O triste acontecimento ocorreu em 1915, quando dezenas de lideranças armênias foram presas e assassinadas em Istambul, dentro de um processo que já ocorria e que se intensificou resultando no massacre da população armênia que vivia no então Império Turco-Otomano.
Hoje vivem no Brasil aproximadamente 100 mil armênios, muitos deles descendentes diretos de famílias vítimas do massacre e da perseguição. Para se ter uma ideia da dimensão desse massacre, basta lembrar que hoje vivem na Armênia 3,2 milhões de pessoas.
No Brasil, a comunidade armênia está liderando uma mobilização para rememorar esses fatos e reivindicar junto ao governo brasileiro o reconhecimento do genocídio armênio, além de reforçar na sociedade a consciência de que tais fatos chocantes não devem se repetir contra nenhum povo ou nação.
Na América do Sul, países como Argentina, Chile, Uruguai, Venezuela e Bolívia têm legislações que reconhecem o genocídio. Na Europa, a França também tem legislação reconhecendo o massacre como um genocídio e tornando crime sua negação, assim como é com o genocídio cometido contra os judeus. Muitas outras nações, como Alemanha, Grécia, Holanda, Bélgica, Itália, Suécia, Suíça, Rússia, Polônia, Lituânia, Eslováquia, Líbano, Chipre, Canadá, além do Vaticano, também reconhecem o genocídio armênio.
Fora do Brasil também há ações planejadas para relembrar a tragédia. Em 12 de abril, por exemplo, o Papa Francisco celebrou uma missa no Vaticano em memória aos mortos no genocídio. A missa teve repercussão global sobre a importância dessa rememoração.
0 comments:
Postar um comentário
Deixe-nos uma mensagem.