Por João Tavares Neto
Em março de 2015
O rapaz acorda às 5h, toma banho, come alguma coisa e vai para estação, que fica próxima à sua casa. Pega um trem, como fazia todas as manhãs, e vai para seu trabalho no cais. No píer, ele vê um navio que está em chamas. Percebe também que alguém se joga na água, boia por alguns minutos, até que é socorrido por um barco de pesca que passava por lá.
Do outro lado, na margem direita deste canal existe uma fábrica de concreto para a qual o Fernando trabalha. Por coincidência, naquela manhã, estava começando dois novos funcionários. Um estranho aproveita a distração do pessoal da segurança, entra na empresa e assume o lugar de um dos novatos.
Como os departamentos de Recursos Humanos e Produção não conversam entre si, não se percebe nada. E esse homem, sem passado, sem família, agora uniformizado e com crachá passa a ser mais uma peça da engrenagem corporativa.
Tudo normal. A mesma rotina na fábrica. Pablo acorda, toma café da manhã, trabalha, almoça, trabalha novamente e volta para o alojamento. Tem seu merecido descanso até chegar o horário do seu turno outra vez.
Passam-se alguns dias. Ele está totalmente incorporado ao dia a dia na fábrica. Ninguém percebe o disfarce até que surge um cadáver.
Pablo, que levava uma vida normal, de repente começa a sentir um desejo incontrolável de matar novamente.
Sem se preocupar com as investigações abertas para esclarecer a morte ocorrida dentro da fábrica, ele só pensa em saciar seu desejo e fugir. Convida Fernando, um dos colegas que arrumara na empresa, para sair à noite de barco.
— Você guarda segredo, Fernando?
— Sim. Pode confiar em mim.
— Não conte para ninguém. Hoje eu quero te mostrar uma ilha que eu conheço.
— Mas não existe nenhuma ilha por aqui. E você tem barco?
— Duvidas de mim, Fernando? Espere até anoitecer!
Esse diálogo e a descoberta do corpo acontecem na sexta-feira, mas o Fernando não apareceu no trabalho na segunda. Como ele nunca faltava, exceto quando viajava para visitar sua família em Santa Catarina, a empresa começou a procurá-lo.
A assistente social, Ana Paula, liga para a casa do Fernando e descobre que ele não viajou neste fim de semana. Então, ela informa a situação à diretoria.
— Estamos com um problema. O Fernando não está em lugar nenhum. Ninguém sabe de nada e ninguém o viu.
Nesse instante, toca o telefone na sala da diretoria.
— Aqui é o delegado Batista, diretor. Nós investigamos os vídeos de sua empresa e já temos uma pista do que aconteceu.
— Conta logo Batista. Estamos ficando preocupados! Quem é o assassino?
Para surpresa da diretoria, o assassino era um dos funcionários que trabalhou normalmente durante 15 dias.
A diretoria quis saber mais sobre esse Pablo, que assumiu a identidade do rapaz encontrado morto e foi informado, de imediato, pela assistente social, Ana Paula, que ele trabalhava no setor de produção.
O diretor gritou com o chefe da segurança para que o assassino fosse preso o mais rápido possível, mas fora informado que ele também não retornou ao trabalho.
— Meu Deus! 150 dias sem acidente e agora temos o nosso barco de pesca desaparecido, dois funcionários mortos e um assassino à solta. Isso não é um filme. É um pesadelo do qual precisamos acordar.
Em março de 2015
O rapaz acorda às 5h, toma banho, come alguma coisa e vai para estação, que fica próxima à sua casa. Pega um trem, como fazia todas as manhãs, e vai para seu trabalho no cais. No píer, ele vê um navio que está em chamas. Percebe também que alguém se joga na água, boia por alguns minutos, até que é socorrido por um barco de pesca que passava por lá.
Do outro lado, na margem direita deste canal existe uma fábrica de concreto para a qual o Fernando trabalha. Por coincidência, naquela manhã, estava começando dois novos funcionários. Um estranho aproveita a distração do pessoal da segurança, entra na empresa e assume o lugar de um dos novatos.
Como os departamentos de Recursos Humanos e Produção não conversam entre si, não se percebe nada. E esse homem, sem passado, sem família, agora uniformizado e com crachá passa a ser mais uma peça da engrenagem corporativa.
Tudo normal. A mesma rotina na fábrica. Pablo acorda, toma café da manhã, trabalha, almoça, trabalha novamente e volta para o alojamento. Tem seu merecido descanso até chegar o horário do seu turno outra vez.
Passam-se alguns dias. Ele está totalmente incorporado ao dia a dia na fábrica. Ninguém percebe o disfarce até que surge um cadáver.
Pablo, que levava uma vida normal, de repente começa a sentir um desejo incontrolável de matar novamente.
Sem se preocupar com as investigações abertas para esclarecer a morte ocorrida dentro da fábrica, ele só pensa em saciar seu desejo e fugir. Convida Fernando, um dos colegas que arrumara na empresa, para sair à noite de barco.
— Você guarda segredo, Fernando?
— Sim. Pode confiar em mim.
— Não conte para ninguém. Hoje eu quero te mostrar uma ilha que eu conheço.
— Mas não existe nenhuma ilha por aqui. E você tem barco?
— Duvidas de mim, Fernando? Espere até anoitecer!
Esse diálogo e a descoberta do corpo acontecem na sexta-feira, mas o Fernando não apareceu no trabalho na segunda. Como ele nunca faltava, exceto quando viajava para visitar sua família em Santa Catarina, a empresa começou a procurá-lo.
A assistente social, Ana Paula, liga para a casa do Fernando e descobre que ele não viajou neste fim de semana. Então, ela informa a situação à diretoria.
— Estamos com um problema. O Fernando não está em lugar nenhum. Ninguém sabe de nada e ninguém o viu.
Nesse instante, toca o telefone na sala da diretoria.
— Aqui é o delegado Batista, diretor. Nós investigamos os vídeos de sua empresa e já temos uma pista do que aconteceu.
— Conta logo Batista. Estamos ficando preocupados! Quem é o assassino?
Para surpresa da diretoria, o assassino era um dos funcionários que trabalhou normalmente durante 15 dias.
A diretoria quis saber mais sobre esse Pablo, que assumiu a identidade do rapaz encontrado morto e foi informado, de imediato, pela assistente social, Ana Paula, que ele trabalhava no setor de produção.
O diretor gritou com o chefe da segurança para que o assassino fosse preso o mais rápido possível, mas fora informado que ele também não retornou ao trabalho.
— Meu Deus! 150 dias sem acidente e agora temos o nosso barco de pesca desaparecido, dois funcionários mortos e um assassino à solta. Isso não é um filme. É um pesadelo do qual precisamos acordar.
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