A publicação reúne 80 das principais escritas durante os sete anos em que vem se dedicando ao cronismo, criadas para uma coluna semanal que mantém no jornal Boqnews, de Santos, litoral paulista.
A ideia do livro partiu, inicialmente, dos próprios leitores, que para não perder os textos, sugeriram que fossem reunidos numa publicação. Após acatar a ideia, Marcus levou cerca de seis meses para selecionar as 80 crônicas entre as 500 que já possuía. O resultado foi um trabalho pessoal que demonstra o seu olhar sobre o mundo. É mais literário do que jornalístico, embora a crônica seja fruto dos dois.
"Escrever crônicas é como construir uma radiografia sobre o nosso tempo e o nosso lugar. Crônicas representam, acima de tudo, um exercício de memória afetiva, seja de indignação, admiração, amor ou simplesmente saudade", comenta.
“Quando os Mudos Conversam” é dividido em três partes. A primeira, denominada "Eu", apresenta um perfil pessoal. Conta experiências próprias e de pessoas muito próximas e a leitura é mais saudosista. "Tu", a segunda, é sobre histórias que lhe contaram ou que presenciou. Nesta, há maior valorização de pessoas comuns e lugares pouco percebidos. Por fim, a terceira parte, "Eles", tem textos mais abertos sobre questões culturais e comportamentais, que provocam identificação por conta das mudanças sociais que acontecem em várias cidades brasileiras, embora a maior parte fale de Santos.
Sobre o título, como é comum em coletâneas, nasceu de um dos textos. “Quando os Mudos Conversam” é uma das crônicas, que fala sobre a dificuldade de se estabelecer diálogos, como se duas pessoas conversando fossem, na verdade, dois monólogos. Ambas falando demais, e ouvindo de menos. Essa é a essência dessa crônica.
O autorMarcus Vinicius Batista é jornalista há 22 anos. Formou-se também em História pela Universidade Católica de Santos (Unisantos), e Mestrado em Educação na mesma instituição. Como jornalista, trabalhou em emissoras afiliadas às redes Globo, Record e Manchete. Atuou também na Folha de S.Paulo. Hoje, escreve para revistas (Guaiaó), sites (Jornalirismo, Cinezen, Culturalmente Santista) e jornais (Boqnews). Edita ainda quatro blogs (Conversas e Distrações, Giz sem Cor, Dono da Camisa 1 e Palavra Teatral).
Sobre a Realejo EdiçõesA Realejo Livros, do livreiro José Luiz Tahan, nasceu como livraria em 2001, dentro da Universidade Católica de Santos. Em 2003, mudou-se para o espaço no coração do Gonzaga, bairro da cidade. O segundo capítulo dessa história teve início em 2006, quando José Luiz decidiu expandir seu trabalho, criando a Realejo Edições. No final de 2007 foi inaugurada a segunda loja, no Shopping Miramar, em Santos. Mais tarde, em 2009, inicia-se um novo capítulo na empresa com a estreia do festival internacional de literatura, o Tarrafa Literária. Com inspiração em Paraty e Passo Fundo, cidades que sediam outros grandes eventos literários, a Realejo criou um importante festival que já faz parte do circuito internacional das letras. Hoje em dia a editora já conta com quase 60 títulos.
Ficha técnica “Quando os Mudos Conversam”
Título: “Quando os Mudos Conversam”,
Autor: Marcus Vinicius Batista
Prefácio: José Roberto Torero
Arte da capa: Estúdio Canarinho
Páginas: 224
Formato: 16 X 23 cm
Gênero: jornalismo, crônicas.
Editora: Realejo Livros
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