Cineclube Araucária apresenta, de 19 a 22/3, Mostra Pioneiros do Cinema, em Campos do Jordão
A Mostra Pioneiros do Cinema Universal acontece entre os dias 19 e 22 de março (de quinta a domingo) no Espaço Cultural Dr. Além, integrando a programação do projeto Cineclube Araucária - O Poder do Cinema em Campos do Jordão. Todas as sessões têm entrada franca.
No dia 19 de março, uma sessão com os primeiros filmes realizados entre 1894 e 1906 (Primeira Sessão de Cinema: Os Irmãos Lumière & Geroges Méliès) abre a mostra. No dia 20, tem exibição de Intolerância, de D. W. Griffith; no dia 21, é a vez de Ganga Bruta, de Humberto Mauro; e no dia 22, O Saci, de Rodolfo Nanni, fecha a mostra.
Esta iniciativa tem o apoio do ProAC , além de parcerias com a Secretaria Municipal de Cultura, AMECampos, Oficina de Artes Rosina Pagan e Escola Estadual de Vila Albertina.
Programação
19/03 (quinta) - às 19h30
Primeira Sessão de Cinema: Os Irmãos Lumière & Geroges Méliès
França. 1894 / 1906. Livre.
Se os irmãos Louis e Auguste Lumière levam o crédito de pais do cinema, Georges Méliès é reconhecido como o pai dos efeitos especiais. Contemporâneos, eles tinham visões diferentes do cinematógrafo. Os primeiros registros de imagem em movimento realizados pelos irmãos Lumière são o que hoje poderíamos chamar de documentários: a captação dos fatos no momento em que ocorrem. Embora se diga que eles defendiam o uso do cinematógrafo apenas para fins científicos, a primeira sessão de cinema no Grand Café em Paris no dia 28 de dezembro de 1895 já atestava a sua finalidade como forma de entretenimento. A partir daquele momento, o cinema viria a ter pelo menos duas finalidades: ciência e arte. Se os irmãos Lumière já haviam se encarregado da primeira, é a George Méliès que devemos a propagação da segunda. Presente na primeira exibição do cinematógrafo, Méliès daria outros fins à invenção. Vindo do teatro, Méliès era um mágico que viu na câmera a possibilidade de construir sonhos jamais imaginados. Responsável por introduzir no cinema vários efeitos especiais básicos, foi o responsável pela criação dos gêneros fantasia, comédia e ficção científica na sétima arte. De fato a sua “Viagem à Lua” de 1902 é o primeiro filme de ficção científica da história do cinema.
20/03 (sexta) – às 19h30
Intolerância, de D. W. Griffith
USA. 1916. 12 anos.
De acordo com a maioria dos críticos, David Wark Griffith foi o criador da moderna “linguagem cinematográfica”. Fundador da United Artists juntamente com Charles Chaplin e Mary Pickford, Griffith produziu e dirigiu mais de 300 filmes. Um deles é considerado o mais importante filme já produzidos em Hollywood. “Intolerância” é uma fantástica experiência na arte de contar histórias através do cinema, intercalando passagens de quatro histórias paralelas ocorridas em diferentes momentos da história da humanidade: a queda da Babilônia, a crucificação de Jesus, o massacre da noite de São Bartolomeu e as lutas modernas entre capital e trabalho. Tudo no filme é de uma grandiosidade raramente vista em mais de um século de cinema, desde a quantidade de figurantes até a suntuosidade de cenários e figurinos, sem contar as técnicas avançadas de iluminação e enquadramento das imagens. Uma oportunidade imperdível para todos os que se interessam pela história da produção cinematográfica universal.
21/03 (sábado) – às 19h30
Ganga Bruta, de Humberto Mauro
Brasil. 1933. 14 anos.
Produzido por Adhemar Gonzaga para a recém criada Cinédia, Ganga Bruta de Humberto Mauro marca a passagem do cinema mudo para o cinema falado no Brasil.
Na noite de núpcias, homem descobre que sua mulher não era virgem e, enfurecido, a mata. Depois, enriquece e se apaixona por uma jovem do interior. O filme traça um retrato da vida brasileira nos anos de 1930, com sua violência urbana e repressão sexual. Por causa do tema polêmico, a crítica da época chegou não foi nem um pouco condescendente com o filme. Relegado ao esquecimento, foi recuperado em 1952 para a 1ª Retrospectiva do Cinema Brasileiro, que o consagraria como a obra-prima de Humberto Mauro. Anos depois, em sua Revisão Crítica do Cinema Brasileiro, Glauber Rocha o consideraria "um dos vinte maiores filmes de todos os tempos" e atribuiria a Humberto Mauro o título de "pai do cinema brasileiro".
22/03 (domingo) – às 15 horas
O Saci, de Rodolfo Nanni
Brasil. 1951. Livre.
A turma do Sítio do Picapau Amarelo vai para o mato à procura do Saci. Com este filme, Rodolfo Nanni ficou com o mérito de ter feito a primeira produção infantil importante do cinema brasileiro. Além disso, esta é a primeira e única adaptação para o cinema da obra de Monteiro Lobato, que, por sua vez, se inspirou na lenda do Saci-Pererê. O diretor teve uma excelente equipe para essa empreitada: fotografia de Ruy Santos, música de Cláudio Santoro e, o jovem Nelson Pereira dos Santos, como assistente de direção.
Serviço
Mostra Pioneiros do Cinema Universal
Dias 19/3 (19h30), 20/3 (19h30), 21/3 (19h30) e 22/3 (15h)
Local: Espaço Cultural Dr. Além
Av. Januário Miraglia, 1582. Vila Albernéssia. Campos do Jordão/SP
Grátis. Informações: (12) 3664-2300
A Mostra Pioneiros do Cinema Universal acontece entre os dias 19 e 22 de março (de quinta a domingo) no Espaço Cultural Dr. Além, integrando a programação do projeto Cineclube Araucária - O Poder do Cinema em Campos do Jordão. Todas as sessões têm entrada franca.
No dia 19 de março, uma sessão com os primeiros filmes realizados entre 1894 e 1906 (Primeira Sessão de Cinema: Os Irmãos Lumière & Geroges Méliès) abre a mostra. No dia 20, tem exibição de Intolerância, de D. W. Griffith; no dia 21, é a vez de Ganga Bruta, de Humberto Mauro; e no dia 22, O Saci, de Rodolfo Nanni, fecha a mostra.
Esta iniciativa tem o apoio do ProAC , além de parcerias com a Secretaria Municipal de Cultura, AMECampos, Oficina de Artes Rosina Pagan e Escola Estadual de Vila Albertina.
Programação
19/03 (quinta) - às 19h30
Primeira Sessão de Cinema: Os Irmãos Lumière & Geroges Méliès
França. 1894 / 1906. Livre.
Se os irmãos Louis e Auguste Lumière levam o crédito de pais do cinema, Georges Méliès é reconhecido como o pai dos efeitos especiais. Contemporâneos, eles tinham visões diferentes do cinematógrafo. Os primeiros registros de imagem em movimento realizados pelos irmãos Lumière são o que hoje poderíamos chamar de documentários: a captação dos fatos no momento em que ocorrem. Embora se diga que eles defendiam o uso do cinematógrafo apenas para fins científicos, a primeira sessão de cinema no Grand Café em Paris no dia 28 de dezembro de 1895 já atestava a sua finalidade como forma de entretenimento. A partir daquele momento, o cinema viria a ter pelo menos duas finalidades: ciência e arte. Se os irmãos Lumière já haviam se encarregado da primeira, é a George Méliès que devemos a propagação da segunda. Presente na primeira exibição do cinematógrafo, Méliès daria outros fins à invenção. Vindo do teatro, Méliès era um mágico que viu na câmera a possibilidade de construir sonhos jamais imaginados. Responsável por introduzir no cinema vários efeitos especiais básicos, foi o responsável pela criação dos gêneros fantasia, comédia e ficção científica na sétima arte. De fato a sua “Viagem à Lua” de 1902 é o primeiro filme de ficção científica da história do cinema.
20/03 (sexta) – às 19h30
Intolerância, de D. W. Griffith
USA. 1916. 12 anos.
De acordo com a maioria dos críticos, David Wark Griffith foi o criador da moderna “linguagem cinematográfica”. Fundador da United Artists juntamente com Charles Chaplin e Mary Pickford, Griffith produziu e dirigiu mais de 300 filmes. Um deles é considerado o mais importante filme já produzidos em Hollywood. “Intolerância” é uma fantástica experiência na arte de contar histórias através do cinema, intercalando passagens de quatro histórias paralelas ocorridas em diferentes momentos da história da humanidade: a queda da Babilônia, a crucificação de Jesus, o massacre da noite de São Bartolomeu e as lutas modernas entre capital e trabalho. Tudo no filme é de uma grandiosidade raramente vista em mais de um século de cinema, desde a quantidade de figurantes até a suntuosidade de cenários e figurinos, sem contar as técnicas avançadas de iluminação e enquadramento das imagens. Uma oportunidade imperdível para todos os que se interessam pela história da produção cinematográfica universal.
21/03 (sábado) – às 19h30
Ganga Bruta, de Humberto Mauro
Brasil. 1933. 14 anos.
Produzido por Adhemar Gonzaga para a recém criada Cinédia, Ganga Bruta de Humberto Mauro marca a passagem do cinema mudo para o cinema falado no Brasil.
Na noite de núpcias, homem descobre que sua mulher não era virgem e, enfurecido, a mata. Depois, enriquece e se apaixona por uma jovem do interior. O filme traça um retrato da vida brasileira nos anos de 1930, com sua violência urbana e repressão sexual. Por causa do tema polêmico, a crítica da época chegou não foi nem um pouco condescendente com o filme. Relegado ao esquecimento, foi recuperado em 1952 para a 1ª Retrospectiva do Cinema Brasileiro, que o consagraria como a obra-prima de Humberto Mauro. Anos depois, em sua Revisão Crítica do Cinema Brasileiro, Glauber Rocha o consideraria "um dos vinte maiores filmes de todos os tempos" e atribuiria a Humberto Mauro o título de "pai do cinema brasileiro".
22/03 (domingo) – às 15 horas
O Saci, de Rodolfo Nanni
Brasil. 1951. Livre.
A turma do Sítio do Picapau Amarelo vai para o mato à procura do Saci. Com este filme, Rodolfo Nanni ficou com o mérito de ter feito a primeira produção infantil importante do cinema brasileiro. Além disso, esta é a primeira e única adaptação para o cinema da obra de Monteiro Lobato, que, por sua vez, se inspirou na lenda do Saci-Pererê. O diretor teve uma excelente equipe para essa empreitada: fotografia de Ruy Santos, música de Cláudio Santoro e, o jovem Nelson Pereira dos Santos, como assistente de direção.
Serviço
Mostra Pioneiros do Cinema Universal
Dias 19/3 (19h30), 20/3 (19h30), 21/3 (19h30) e 22/3 (15h)
Local: Espaço Cultural Dr. Além
Av. Januário Miraglia, 1582. Vila Albernéssia. Campos do Jordão/SP
Grátis. Informações: (12) 3664-2300
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