.: Giulian Juba fala da carreira de lutador de sumô no Provocações

Com uma trajetória inusitada, o esportista também relata como se tornou  um mariner americano


Nesta terça-feira, dia 31 de março, às 23h30, o apresentador Antônio Abujamra provoca Giulian Juba, esportista que se dedicou ao sumô. Ele fala de sua movimentada carreira no Brasil e no Japão, no programa Provocações, da TV Cultura.

Giuliano Tussato, ou Juba como foi apelidado, tem uma carreira inusitada. Neto do primeiro pizzaiolo italiano no Brasil, se dedicou ao sumô, morou no Japão, conhece as tradições japonesas, foi passou por um tsunami e morou nas ruas desse país. Foi mariner norte-americano e participou da invasão no Iraque. Hoje, se dedica à noite paulistana.

Juba conta como começou a carreira esportiva. “O meu pai e o meu avô, como imigrantes italianos, sofreram muito na vida, e eu queria ser como eles. Só que eles já tinham atingido um nível bom aqui no Brasil e eu queria passar o mesmo que eles passaram. Com o esporte, tive a oportunidade de ir para outro país, sozinho, e começar do zero. Foi o que eu escolhi”.

O contato com o sumô aconteceu no Japão e Giuliano fala como chegou no país oriental. “Eu lutava judô em um campeonato internacional. Me mandaram para o Japão e lá acabei conhecendo o sumô”. Ele resume a sua carreira no país oriental: “Eu me destacava dos outros pela aparência, por ser um estrangeiro. Era bom em termos de patrocínio, arrecadação, de fãs. O problema que eu tive foi fora do sumô, como estrangeiro. O Japão é uma ilha e um povo que gosta de manter a linhagem deles”.

Juba também relata como ingressou na carreira militar como um mariner americano.  “Em 2001, fui – pelo Japão – passar uma época na Flórida pelo esporte. Eu estava magro, bem de corpo e com o cabelo em estilo militar. Eu estava de folga, no shopping, e houve um problema na base [militar], e teve um toque de recolher. A polícia militar passou no shopping procurando pelos recrutas militares em folga, com o celular desligado. E lá estava eu tomando um sorvete. Me confundiram e quiseram me levar preso para a base”.

Atualmente, Juba é dono de um bar na Vila Madalena, em São Paulo.

Antônio Abujamra lê Albert Camus e Anderson Fonseca.