sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

.: "Para Sempre Alice" não é sobre perda, diz Julianne Moore

“O filme que fizemos não foi no espírito da perda ou degradação, mas sim sobre o que você valoriza, quem você ama e o que você quer fazer com o tempo que você tem”, disse Julianne Moore a respeito do filme "Para Sempre Alice".

Favorita ao Oscar, a atriz ganhadora do Globo de Ouro e do SAG Awards, ela falou sobre o drama, que estreia nos cinemas em 12 de março. "Para Sempre Alice" ("Still Alice"), narra a história de Alice (Julianne Moore), uma professora de Psicologia na prestigiada Universidade de Harvard, especialista em aquisição de linguagem, bem casada e com três filhos adoráveis, que enfrenta, aos 50 anos, o diagnóstico de Alzheimer de Instalação Precoce.

Adaptado do romance de Lisa Genova “Para Sempre Alice” (Ediouro), o longa-metragem narra como Alice começa a conviver com a doença, com a reação da família - o marido John (Alec Baldwin, de "Blue Jasmine") e os filhos Anna (Kate Bosworth, de "Superman Returns"), Tom (Hunter Parrish, de "Simplesmente Complicado") e a caçula Lydia (Kristen Stewart, de "Crepúsculo") - e dos colegas de trabalho.

A atriz Julianne Moore entregou-se de corpo e alma ao papel de Alice e tem conquistado todos os prêmios da temporada, além de ser franca favorita ao Oscar de Melhor Atriz. Depois de ganhar o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Cinema na categoria Drama, Julianne também foi premiada com o SAG Awards. À pergunta que tem ouvido constantemente sobre a dificuldade de interpretar uma personagem a princípio tão tocada pelo sofrimento, ela responde que “na verdade não foi nada difícil”:

“O filme faz você se sentir muito consciente e muito presente, então eu voltava para casa todo dia após as filmagens me sentindo tão grata pelo meu marido, meus filhos e meus terríveis cães. Tudo isso era algo que fazia com que eu me sentisse feliz”, explicou.

Sobre sua preparação para o papel, Julianne é honesta em confessar que não sabia nada sobre Alzheimer, que teve a sorte de não ter ninguém próximo da família com a doença, e que nos quatro meses que precederam as filmagens ela teve “uma tremenda ajuda da comunidade de pacientes de Alzheimer”. A atriz procurou inicialmente a Associação Nacional de Alzheimer, que a colocou em contato com vários pacientes com Alzheimer de Instalação Precoce com quem Julianne conversou sobre suas experiências.

Após esse contato inicial, Julianne procurou uma das maiores especialistas sobre a doença, a doutora Mary Sano, professora de Psiquiatria e diretora do Centro de Pesquisas de Alzheimer na Escola de Medicina Mount Sinai, de Nova York. Lá a atriz conversou com vários neuropsiquiatras que inclusive lhe aplicaram os testes cognitivos pelos quais ela passa no filme. Ela também visitou grupos de apoio para mulheres com a doença. “Elas foram tão colaborativas, realmente me explicaram como elas se sentiam, e muito da linguagem da minha personagem inspirou-se nesses encontros".

“O que foi mais significativo para mim foi ter recebido muitos retornos das pessoas dessa comunidade dizendo que elas se sentiram vistas e reconhecidas. Isso foi muito importante, porque há muita vergonha nos pacientes de Alzheimer, e a maioria deles sente que não está sendo compreendida", conclui. O filme foi escrito e dirigido com a sensibilidade e coragem de Richard Glatzer e Wash Westmoreland, do premiado "Meus 15 Anos".


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