Em janeiro de 2015
Confesso. Eu sou curioso. Gosto de saber um pouco sobre certas coisas e por isso procuro obter informações a respeito delas. Pensando nisso, há muitos anos, decidi assinar a revista Superinteressante, que é uma publicação mensal da Editora Abril. Ela aborda temas sobre o futuro, saúde, tecnologia, história, comportamento, ciência, aventura etc. Leio-a, imediatamente, assim que recebo e guardo para consultas. Recentemente, reli uma matéria que chamou bastante a minha atenção.
— Como é feita a salsicha?
Quase todas as pessoas que eu conheço adoram devorar um hot dog (cachorro quente), comida típica dos Estados Unidos em que se coloca uma salsicha dentro de um pão. Lá, eles ainda incrementam com molho agridoce, picles à base de pepino, mostarda e ketchup.
O formato muda de região para região. Por exemplo, em São Paulo, o preparo utiliza purê de batata, no Rio de Janeiro, usa-se ovo de codorna. O hot dog é servido com milho verde e batata palha em Minas Gerais e, na Paraíba — terra de mulher macho, como cantava Luiz Gonzaga —, carne moída e verdura picada por cima da salsicha. Enfim, o alimento é preparado com pequenas adaptações de acordo com os costumes regionais, mas a salsicha sempre estará presente.
Não sou adepto a certo tipos de alimentos. Aliás, hot dog não está na minha lista dos dez mais. Embora não me considere vegetariano, há mais de 20 anos, não como carne bovina nem suína. Também não gosto muito de peixes. Pode parecer estranho, mas explicação nenhuma isso requer e nem tanta importância quanto os ingredientes da salsicha.
- Tem besouro e fumaça em pó e até carne.
Que alívio! A salsicha não é composta somente por nutrientes estranhos. Mas também não existe uma salsicha feita exclusivamente de carne, pois ela seria dura e muito cara.
Veja a composição descrita pela revista:
- Carne mecanicamente separada de ave, pele e miúdos suínos (fígado, rins, coração), carne suína, gordura de ave, água proteína texturizada de soja, amido, sal, acúcar, alho. Estabilizante tripolifosfato de sódio, aroma de fumaça, glutamato monossódio, conservante nitrito de sódio, antidioxidante eritorbato de sódio, corantes urucum e carmim de cochonilha.
É fato. A necessidade por alimentos é existe. Não sei se é bom ou mau. Mas precisamos nos alimentar, diariamente, para mantermos o nosso corpo em plenas condições de locomoção, trabalho, esportes, diversão e outras atividades.
E esse alimento energético é o combustível que nos mantém de pé. Porém, existem outras formas. Ainda bem! Nem todo alimento é sólido ou feito à base de salsicha. Extraímos alimentos também dos nossos relacionamentos ao qual chamamos de energia emocional e, muitas vezes, precisamos recarregar nossas baterias física e mental.
No entanto, nos dias atuais, boa parte do que é produzido para saciar a fome dos homens sofre alterações, sejam elas genéticas ou mecânicas, durante a produção. Talvez, e contrariando o desejo por informação, às vezes, o melhor a fazer é não saber como ocorre esse processo.
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