terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

.: Beatles num Céu de Diamantes: Tudo sobre a oficina-montagem

Com oficina-montagem do premiado “Beatles num Céu de Diamantes”, união de produtoras visa trazer o padrão de qualidade obtido no Rio de Janeiro para a capital paulista



Charles Möeller e Claudio Botelho fizeram o primeiro espetáculo juntos em 1990 e a dupla se tornou referência no Teatro Musical brasileiro. Seu trabalho, concentrado no Rio de Janeiro, brindou os palcos paulistanos com passagens curtas de suas principais montagens, sempre com seus elencos cariocas. Esta realidade está para se alterar.

A partir de 2015 a produtora da dupla (M&B) está incrementando a parceria iniciada com a produtora paulista Conteúdo Teatral, com o objetivo de realizar temporadas mais longevas nos palcos de São Paulo, através de um núcleo de produção que trabalhará com elencos paulistas. Desta forma, trará à cidade de São Paulo o melhor de seu repertório no gênero musical, e pensará nas duas praças para as próximas montagens, levando ao público de São Paulo a oportunidade de assistir os musicais da dupla em temporadas mais longas.

“Somos artistas empresários. Não apenas empresários focados no mercado”, afirma o diretor artístico da Conteúdo Teatral, Isser Korik. “Quem ganha é o mercado de produção teatral. A parceria amplia as possibilidades de duração das temporadas e de atração de público para as criações da M&B, aproveitando-se a expertise das duas produtoras para um resultado maior”.

Talentos descobertos: Uma das marcas do processo criativo da M&B é a descoberta e lançamento de jovens talentos no mercado, hoje consagrados, como Malu Rodrigues, André Torquato, Estrela Blanco, André Loddi, Carol Puntel, Cássia Raquel, Renata Ricci, Felipe de Carolis, Leticia Colin, Pedro Sol Blanco, Jules Vandystadt, entre outros. Com a nova parceria, Möeller e Botelho também pretendem atrair e formar talentos na cidade de São Paulo.

“Busco especialmente atores-cantores que consigam usar a canção como se fosse texto teatral, com a personalização daquilo que é cantado, especialmente a transmissão das letras. Além dos predicados básicos de canto e dança, é importante a expressividade do artista e a sua condição de dar voz a personagens”, explica Claudio Botelho.  “Em São Paulo os atores têm a tendência a se especializar mais na parte musical em detrimento da parte de ator. Os musicais paulistanos foram em sua grande maioria dirigidos por diretores estrangeiros, de modo que a compreensão da interpretação muitas vezes ficou em segundo plano”, afirma.

Dando início a essa nova fase, a partir de fevereiro estarão abertas as inscrições para o processo seletivo da oficina-montagem que formará o elenco do musical “Beatles num Céu de Diamantes”, que já realizou turnê nacional e internacional, e que agora está de volta ao Teatro Leblon. A parceria pretende realizar uma temporada à altura da qualidade artística do espetáculo na capital paulista, no Teatro Folha, com estreia em julho. Em São Paulo, a montagem terá Vanessa Gerbelli como estrela convidada. “Não tem nada que eu goste mais de cantar do que Beatles”, diz a atriz. “A primeira vez que senti emoção com uma canção, ainda muito pequena, foi com uma música deles que estava tocando”.

Sobre a oficina: Inicialmente são 30 vagas por turma para a oficina-montagem, que acontecerá no Teatro dos Arcos. As aulas começarão dia 6 de março e serão realizadas às sextas-feiras e aos domingos, das 13h às 19h, com duração de quatro meses e carga horária semanal de 12 horas.

Os alunos selecionados serão orientados por Isser Korik e Fezu Duarte (interpretação), Felipe Pipo Grytz (preparação musical) e Vanessa Guillén (expressão corporal). A supervisão artística será de Claudio Botelho, que acompanhará a oficina, orientará os professores, ministrará algumas das aulas e dará o feedback aos alunos.

Os preparadores esperam dedicação e mergulho artístico na proposta. “Dos candidatos aprovados espero disciplina e concentração. Não somos uma máquina de fazer espetáculos e nem tratamos os artistas como batedores de ponto. Ensaiamos o tempo exato necessário para preparar um musical. Com concentração e alguma disciplina, será tudo muito criativo e agradável. Fazer teatro tem de ser um presente, e não um fardo”, afirma o diretor.

Os alunos terão aulas de canto, onde serão desenvolvidos repertório, arranjos vocais e técnica de canto em teatro; aulas de interpretação, onde serão estudadas as letras das canções, seu conteúdo artístico e emocional, seu contexto e a melhor forma de expressar esse conteúdo; e aulas de expressão corporal, com foco na orientação do corpo para a cena e para a musicalidade, trabalhando repertório de movimentos com base na linguagem do teatro musical e a construção coletiva de partituras coreográficas para a criação do espetáculo.

Ao final da oficina, todos os alunos terão a oportunidade de apresentar o espetáculo uma vez no palco, em sessões que serão destinadas a seus amigos e familiares.

Do total de alunos participantes, nove serão escolhidos ao final do processo de treinamento para formar o elenco da montagem “Beatles num Céu de Diamantes” que entrará em cartaz no Teatro Folha. Os talentos selecionados dividirão o palco com Vanessa Gerbelli.

Trata-se de uma oficina seletiva feita nos mesmos moldes realizados pela Conteúdo Teatral  em 2014, quando escolheu, treinou e lançou atores para o espetáculo “Ivan Lins Em Cena”, que cumpriu temporada nos meses de junho, julho e agosto de 2014, nos teatros Folha e Amil.

Inscrições e seleção: As inscrições para o processo de seleção acontecem a partir do dia 6 de fevereiro e os candidatos podem se inscrever enviando foto e telefone de contato para beatlesdiamantes@outlook.com, até o final do mês, até o preenchimento total das vagas. Os candidatos receberão instruções sobre a seleção por e-mail.
Para participar do processo seletivo é preciso ter idade igual ou superior a 15 anos. Se o selecionado for menor de idade, precisará de autorização dos pais para fazer a oficina. 
A seleção terá avaliação de canto e entrevista. Interesse em teatro musical, capacidade de cantar, boa expressão corporal e aptidão em teatro serão levadas em conta durante as avaliações.

“Sejam bem-vindos a um mundo muito particular, que envolve a música pop mais bem elaborada do mundo, e a experiência do teatro musical”, convida Claudio Botelho.

Sobre Möeller & Botelho: Tendo trabalhado juntos desde 1990 em produções como “Hello Gershwin”, “Os Fantástikos” e “Na Bagunça do Teu Coração”, os diretores Charles Möeller e Claudio Botelho efetivaram sua parceria artística em 1997 e desde então são referência no teatro musical do Brasil. Em quase 25 anos de dupla, a M&B realizou mais de 30 espetáculos, sempre com grande sucesso de público e crítica. Seus musicais foram apresentados nas principais capitais brasileiras e também no exterior, em países como Portugal e França. 

Entre os espetáculos de maior sucesso estão “A Noviça Rebelde”, “Um Violinista no Telhado”, “O Mágico de Oz”, “O Despertar da Primavera”, “Beatles num Céu de Diamantes”, “Ópera do Malandro”, “Avenida Q”, “Gypsy”, “Milton Nascimento – Nada Será Como Antes”, “Hair”, “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos” e o recente “Os Saltimbancos Trapalhões – O Musical”. Möeller & Botelho trabalham com as maiores estrelas do teatro musical do país, como Marília Pêra, Claudia Raia, Totia Meireles, Alessandra Maestrini, Kiara Sasso, Soraya Ravenle, Claudia Netto, Saulo Vasconcelos, Gottsha, Sabrina Korgut, Adriana Garambone, Fred Silveira, Daniel Boaventura. Também trouxeram aos musicais nomes como José Mayer, Renato Aragão, Maria Clara Gueiros, Lucio Mauro Filho, Luiz Fernando Guimarães, Gregório Duvivier, entre outros. A dupla também investe maciçamente na formação de novos profissionais do meio.

A Möeller & Botelho ganhou os mais importantes prêmios teatrais, como o Shell, o Sharp, Governo do Estado do Rio de Janeiro, APTR, Qualidade Brasil e o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Foram ainda homenageados com o lançamento, em 2010, do livro “Os Reis dos Musicais”, escrito por Tânia Carvalho para a “Série Aplauso”, da Imprensa Oficial de São Paulo.

Outros trabalhos paralelos foram produzidos pela dupla, como a direção dos números musicais da minissérie de TV Globo “Chiquinha Gonzaga” (1999); o ballet “Uma Noite com Cole Porter” (2003); os números musicais do Cassino da Urca, na minissérie da TV Globo “Dalva & Herivelto – Uma Canção de Amor” (2010). Em maio, a M&B estreia a série “Acredita na Peruca”, com Luiz Fernando Guimarães, para o canal Multishow.

Sobre Isser Korik – orientador de interpretação: Diretor, ator, produtor, tradutor e dramaturgo, coleciona trabalhos marcantes como comediante em quase 30 anos de carreira. Entre eles, “Vacalhau & Binho”, de Zé Fidélis, que permaneceu oito anos em cartaz; “O Dia que Raptaram o Papa”, de João Bethencourt; e, recentemente, “E  o Vento não Levou”, de Ron Hutchinson, e “Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera”, de Gláucio Gill. 

Como diretor se destaca na comédia e no humor. Concebeu “Nunca se Sábado...”, apresentado por quatro temporadas sob sua direção-geral, que marcou a cena paulistana. Dirigiu o sucesso “A Minha Primeira Vez”, de Ken Davenport; a trilogia cômica de Alan Ayckbourn “Enquanto Isso...”; “O Mala”, de Larry Shue; o projeto “Te Amo, São Paulo”, que reuniu grandes nomes da dramaturgia paulista; “Dez Encontros”, de David Hare; além dos infantis “A Pequena Sereia”, de Fábio Brandi Torres; “Grandes Pequeninos”, de Jair Oliveira; “Cinderela”, “O Grande Inimigo” e “Ele é Fogo!”, de sua autocria, tendo recebido por esse último o Prêmio APCA. É diretor artístico da Conteúdo Teatral.

Sobre Felipe Pipo Grytz – direção musical: É cantor, maestro e compositor especializado em trilhas sonoras. Seus trabalhos mais recentes para cinema são músicas para os longas-metragens “Esse Viver Ninguém Me Tira”, de Caco Ciocler, "Família Vende Tudo", de Alan Fresnot, e "O Ano que Meus Pais Saíram de Férias", de Cao Hambúrguer, e para o curta-metragem "TIMING”, de Amir Admoni. Para televisão, elaborou músicas para emissoras brasileiras e estrangeiras como a MTV e Nickelodeon, além de vários comerciais publicitários. No teatro participou da preparação musical do elenco de “Ópera do Malandro”, direção de Iaacov Hilel, e foi responsável pela direção musical e composição da trilha de “Senhor das Flores”, em Lisboa, e “Na Solidão dos Campos de Algodão”, no Rio de Janeiro, ambos dirigidos por Caco Ciocler, e “Sonho de Uma Noite de Verão”, em São Paulo, espetáculo no qual assinou também a direção geral. Dirige gravações com diversas formações instrumentais e desenvolve um intenso trabalho como regente coral. Recebeu várias premiações por seu trabalho como maestro e compositor.

Sobre Fezu Duarte – orientadora de interpretação: Foi diretora artística do Teatro Brasileiro de Comédia de 1998 a 2003. No TBC, criou a Cia. de Repertório e atuou como atriz em “Ópera do Malandro”, com direção de Gabriel Villela. Fundou também a Cia. de Teatro Rock, em que dirigiu os espetáculos “QAP”, “A Borboleta sem Asas” e “Na Cama com Tarantino”. Em 2004, dirigiu “R-Evolução Urbana”, primeiro espetáculo sobre o Legião Urbana. Assinou a direção dos musicais “A Sessão da Tarde ou Você Não Soube Me Amar”, “Lado B – Mudaram as Estações” e “Os Saltimbancos”, que permaneceu por quatro anos entre os dez melhores espetáculos infantis na Veja São Paulo.

Sobre Vanessa Guillén – orientadora de expressão corporal e coreografias: Bailarina, coreógrafa e diretora teatral. Tem sólida formação em ballet clássico e dança contemporânea, através dos melhores profissionais do Brasil e de Cuba. Possui cursos de formação em teatro, direção, expressão corporal e aperfeiçoamento em técnicas corporais. Foi bailarina das companhias: Balé da Cidade de SP, Ballet Stagium, Cia de Danças de Diadema, Siameses e Cia Druw. Participou de tournées pela Alemanha, França, Áustria, Luxemburgo, Espanha, Uruguai e China, e por quase todos os estados brasileiros. Foi assistente de direção, diretora residente e dance captain ao lado de José Possi Neto nos musicais: Crazy For You, Cabaret, New York New York, Emoções Baratas e Bark! Um Latido Musical. Assistente de direção de Rodolfo Garcia Vasquez na peça Roberto Zucco, prêmio APCA de melhor direção 2010 e de José Possi Neto na peça Vidas Privadas. Dirigiu e coreografou “O Homem n´Água”, dança-teatro com Paulo Goulart Filho. Ministra aulas e coreografa grupos há 20 anos. Coreografou o musical “Constellation”, com direção de Jarbas Homem de Mello, atualmente em cartaz no Net Rio.

Vanessa Gerbelli – atriz: Atriz, cantora, compositora, dançarina e pintora. Iniciou a carreira artística aos 15 anos, cantando em bandas de baile. Aos 19 anos estreou no teatro com a peça "Quixote" (1993), produção de Isser Korik.
Na TV Globo estará na próxima novela das 18h, “Sete Vidas”. Atuou em diversas novelas, entre elas “O Cravo e a Rosa” (2000); "Desejos de Mulher" (2002), "Mulheres Apaixonadas" (2003), "Kubanacan" (2003), "Da Cor do Pecado" (2004), "Cabocla" (2004) e “Em Família” (2014). Também atuou na série "Carandiru, Outras Histórias" (2005), de Roberto Guervitz. Na TV Record atuou em "A História de Ester" (2010) e "Vidas em Jogo" (2011). No cinema participou dos filmes "Carandiru" (2003), de Hector Babenco; "Os Desafinados" (2006), de Walter Lima Jr.; "A Hora e a Vez de Augusto Matraga” (2012), de Vinícius Coimbra; e "As Mães de Chico Xavier" (2011), de Glauber Filho e Halder Gomes.

No teatro, após sua estreia com a peça “Quixote”, de C. A. Soffredini, em 1993, Vanessa Gerbelli atuou nos espetáculos “Turandot” (1998), de Bertold Brecht com direção de José Renato; “Pocket Broadway” (1998), com direção de Rodrigo Pitta; “Cazas de Cazuza” (2000), com direção de Rodrigo Pitta; “Eles Não Usam Black Tie” (2001), de Gianfrancesco Guarnieri com direção de Marcus Faustini; “A Luta Secreta de Maria da Encarnação” (2002), de Gianfrancesco Guarnieri com direção de Marcus Faustini; “Tartufo” (2003), de Molière com direção de Tônio Carvalho; “Orlando” (2004), de Virginia Woolf com direção de Bia Lessa; “Um Marido Ideal” (2006), de Oscar Wilde com direção de Victor Garcia Peralta; “As Meninas” (2009), de Maitê Proença e Luis Carlos Góes, com direção de Amir Haddad; “Emilinha e Marlene, as Rainhas do Rádio” (2011), de Thereza Falcão e Júlio Fischer, com direção de Antônio de Bonis; e “Quase Normal” (2012), de Brian Yorkey e Tom Kitt, com direção de Tadeu Aguiar.

FICHA TÉCNICA – Oficina-montagem “Beatles num céu de diamantes”
Direção Musical: Felipe Pipo Grytz
Expressão Corporal: Vanessa Guillén
Interpretação: Isser Korik e Fezu Duarte
Supervisão Artística: Claudio Botelho
Espetáculo de: Charles Möeller e Claudio Botelho

SERVIÇO
Inscrições: As inscrições para as audições podem ser feitas pelo endereço eletrônico beatlesdiamantes@outlook.com. O candidato deve enviar foto e telefone para contato. Trinta vagas por turma. Informações no site www.oficinamontagem.com.br.  
Horários: Às sextas-feiras e aos domingos, das 13h às 19h, totalizando 12 horas semanais, por 16 semanas, mais nove horas de preparação e execução da performance.
Investimento: Matrícula de R$ 1.200,00. Mensalidades em quatro parcelas de R$ 1.200,00. (custo de R$ 30,00 por hora-aula)
Local da oficina: Teatro dos Arcos. Rua Jandaia, 218 – São Paulo, SP. CEP: 01316-100

SOBRE A CONTEÚDO TEATRAL: O grupo empresarial paulista Conteúdo Teatral atua há mais de treze anos em duas vertentes: gestão de salas de espaços e produção de espetáculos. Como gestora é responsável pela operação do Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, e do Teatro Amil, no Parque D. Pedro Shopping, em Campinas. Essa frente conta com direção artística de Isser Korik e direção comercial de Léo Steinbruch, programando espetáculos para temporada em regime de coprodução. No período de atuação da empresa, ao todo, as casas somam 2 milhões de espectadores.

Como produtora de espetáculos, viabilizou dezenas de peças para os públicos adulto e infantil, como “Gata Borralheira”, “Cinderela”, “Os Saltimbancos”, “A Pequena Sereia”, “Grandes Pequeninos” e “Branca de Neve e os Sete Anões” para as crianças. Para os adultos foram realizadas, entre outras montagens, “A Minha Primeira Vez”, “Os Sete Gatinhos”, “O Estrangeiro”, “O Dia que Raptaram o Papa”, “Dez Encontros” e a trilogia “Enquanto Isso...”, além de projetos de humor – como “Nunca Se Sábado...” –, e o musical “Um Violinista no Telhado”.

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