quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

.: Advogadas criam empresa para evitar discriminação no trabalho

A cidade de Santos mais uma vez sai na frente no reconhecimento dos direitos das minorias. As advogadas Rosangela Novaes e Patricia Gorisch criaram a UP Humanização e Treinamento, pioneira no Brasil. O objetivo principal é preparar a sociedade e as empresas para as mudanças que vêm ocorrendo no País e no mundo, envolvendo a população LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexo).  

A UP nasceu do desejo de construir uma sociedade mais justa, solidária, plural e igualitária, livre de quaisquer formas de preconceito, como preceitua a Constituição Federal.

"Enquanto alguns velhos preconceitos estão diminuindo, outros permanecem. Pessoas LGBTI sofrem com tratamento discriminatório no trabalho, em hospitais, clínicas, escolas, bares, hotéis, restaurantes etc. Hoje, a principal bandeira do movimento social é a luta contra a homofobia, lesbofobia e transfobia, entendida como medo e/ou ódio da homossexualidade ou das pessoas trans, geralmente expressos por xingamentos, bullying, exclusão, preconceito, discriminação e atos de violência que podem chegar até a morte. Qualquer pessoa  LGBT ou presumida como sendo LGBT, pode ser alvo  da homofobia", disse Rosângela Novaes.

A UP busca a harmonia no ambiente de trabalho, por meio do esclarecimento e do suporte técnico, evitando constrangimentos e eventuais demandas judiciais em razão de tratamento discriminatório. É uma empresa pioneira na inclusão da população LGBTI, quer no ambiente de trabalho quer no ambiente social.No Estado de São Paulo vige a Lei Estadual que pune as condutas homofóbicas co​m penas que variam de multas até suspensão da licença de funcionamento, além dos danos morais em processo cível.

Negação
A negação de direito em razão da orientação sexual e da identidade de gênero recebe o nome de homolesbotransfobia, uma violência que transforma características da diversidade sexual em motivo para desigualdades, vulnerabilidades, exclusões e riscos de toda sorte. O direito ao trabalho é um desses direitos humanos que precisam ser garantidos às pessoas LGBT. Não se trata apenas de acesso ao emprego e  a estabilidade do mesmo, mas do direito a um ambiente amigável onde todos possam desenvolver plenamente seu potencial sem barreiras ou entraves à carreira, com tratamento respeitoso, equidade e liberdade para se expressar sem constrangimentos.

"Quando uma pessoa não é respeitada em sua singularidade, condição ou situação, se gasta muita energia e tempo para esconder sua realidade diante de um padrão dominante, opressor e violento. Esse padrão imposto desqualifica a pessoa de muitas maneiras, não permitindo reconhecer qualidades em sua atuação profissional. Ambientes respeitosos, inclusivos e que promovem interações entre pessoas, valorizando a diversidade, são potencialmente mais criativos,qualificados e capacitados para lidar com um mundo também diverso, em rápido e profundo processo de mudança", afirmou Rosângela Novaes.

A UP oferece suporte para criar um ambiente de trabalho respeitoso e produtivo, por meio de palestras de esclarecimento, evitando riscos com discriminação e violência, ensejando a boa imagem e  reputação da empresa.

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