Ter um relacionamento afetivo há muito tempo deixou de ser um privilégio dos jovens e adolescentes, pois os idosos estão cada vez mais superando preconceitos e descobrindo que também podem ser realizados nas relações amorosas.
Conforme informações de Aline Lopes, psicóloga da ASBP – Associação Brasileira de Apoio aos Aposentados, Pensionistas e Servidores Públicos, nessa fase, o casal passa por várias perdas entre amigos e entes queridos por conta da idade avançada. “Por estarem mais reservados, as pessoas dessa faixa etária desejam um relacionamento para ter companhia, alguém com quem conversar passear, viajar, cuidar da saúde e ter relações sexuais”, pontuou.
De acordo com Aline, através do serviço de psicologia oferecido pela associação, é possível notar casos em que a família não aprova o relacionamento. “No começo é comum alguns familiares reprovarem o relacionamento, e para resolver essas questões é preciso bastante paciência e autonomia de que está fazendo a escolha certa. Entretanto, com o passar dos meses, quando os filhos e netos vêem que o idoso está se sentindo feliz, saudável e realizado tendem a aceitar e até apoiar a relação”, afirma.
Outro fator importante, é que nessa fase os filhos já estão adultos, e os momentos estressantes da relação são minimizados, tendo em vista que a maioria está independente e não necessitam de tantos direcionamentos.
Diante das dificuldades vivenciadas nesse período da vida, os relacionamentos que conseguem ultrapassar as barreiras das “fases conjugais”, bem como as dificuldades surgidas no decorrer deste percurso, têm grande chance de viver um casamento tranquilo e equilibrado na terceira idade. “Porém, não podemos deixar de frisar que o amor é o alicerce para qualquer relação, é a “ponte” para se caminhar lado a lado, apesar da aparência, da vitalidade e das diferenças”, concluiu Aline.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
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