Por: Mary Ellen Farias dos Santos*
Em janeiro de 2015
Confesso que desde a infância guardei as minhas bonecas preferidas. Antes de me casar, escutei diversas vezes da minha mãe:
- Você precisa encontrar alguém para dar estas bonecas.
No entanto, a minha resposta era a mesma, além de firme e forte:
- Não! Todas as que eu tinha que dar, já dei.
Na época de namoro, maridão, após me presentear com tantos CDs e DVDs passou a me dar uma Barbie aqui e outra acolá. Assim, as velhinhas ganhavam novas amigas e enfeitavam o meu móvel do computador.
Nunca havia me classificado como colecionadora. Contudo, o falecido Orkut foi a rede social que me inseriu neste meio. Assim, passei a assumir que era colecionadora.
Surpreendentemente, fui muito bem recebida por aqueles que curtiam as pequenas. Contudo, nada é perfeito. Ali, alguns já me viram como a chance de completar a própria coleção, sem nem mesmo questionar o verdadeiro motivo de que eu tivesse mantido tais bonecas, até então.
Não desisti, embora tenha acumulado chateações e até cheguei a me indispor com outros colecionadores, justamente por não cumprir suas vontades. A verdade é que para agradar estes poucos era preciso de que eu me desfizesse das bonecas ou acessórios delas... Obviamente, não o fiz.
Após tantos anos, ainda recebo propostas por bonecas e acessórios, embora nada esteja a venda. Não entendo o que leva o outro a fazer propostas malucas. Ora, se eu desmontar a minha coleção para vender ou trocar algo, deixarei as minhas bonecas incompletas. Qual o sentido de manter algo por mais de 20 anos e, agora, vender?
Conheça o site http://www.photonovelas.com.br/
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
Em janeiro de 2015
Confesso que desde a infância guardei as minhas bonecas preferidas. Antes de me casar, escutei diversas vezes da minha mãe:
- Você precisa encontrar alguém para dar estas bonecas.
No entanto, a minha resposta era a mesma, além de firme e forte:
- Não! Todas as que eu tinha que dar, já dei.
Na época de namoro, maridão, após me presentear com tantos CDs e DVDs passou a me dar uma Barbie aqui e outra acolá. Assim, as velhinhas ganhavam novas amigas e enfeitavam o meu móvel do computador.
Nunca havia me classificado como colecionadora. Contudo, o falecido Orkut foi a rede social que me inseriu neste meio. Assim, passei a assumir que era colecionadora.
Surpreendentemente, fui muito bem recebida por aqueles que curtiam as pequenas. Contudo, nada é perfeito. Ali, alguns já me viram como a chance de completar a própria coleção, sem nem mesmo questionar o verdadeiro motivo de que eu tivesse mantido tais bonecas, até então.
Não desisti, embora tenha acumulado chateações e até cheguei a me indispor com outros colecionadores, justamente por não cumprir suas vontades. A verdade é que para agradar estes poucos era preciso de que eu me desfizesse das bonecas ou acessórios delas... Obviamente, não o fiz.
Após tantos anos, ainda recebo propostas por bonecas e acessórios, embora nada esteja a venda. Não entendo o que leva o outro a fazer propostas malucas. Ora, se eu desmontar a minha coleção para vender ou trocar algo, deixarei as minhas bonecas incompletas. Qual o sentido de manter algo por mais de 20 anos e, agora, vender?
Conheça o site http://www.photonovelas.com.br/
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
0 comments:
Postar um comentário
Deixe-nos uma mensagem.