Por: Mary Ellen Farias dos Santos*
Em janeiro de 2014
"Você é muito barulhenta!", esbravejou mamãe, enquanto ajeitava, com os pés, a cadeirinha de praia, em uma parte bem ventilada, da garagem. Sem dizer qualquer palavra, permaneci em absoluto silêncio.
Lá estava eu, toda serelepe lavando o carro, com planos intensos de usar a massa de polir nele. Ninguém poderia me deter. Eu estava totalmente decidida e cheia de ânimo. Contudo, aquela reclamação não conseguia ser apagada da minha memória. Parecia pulsar, como se tivesse vida. Passava e repassava como um letreiro em neon, bem iluminado, em letras garrafais.
De fato, ainda antes do almoço de Natal, usei o som do carro enquanto tirava o pó grosso dele, com pouca água. Claro! É nosso dever economizar um bem tão precioso que é da humanidade.
Enquanto o meu irmão cuidava da nova moto, rolou Fergie e The Pussycat Dolls, músicas encontradas no Minhateca, estavam ali me alegrando em um momento complicado que é o de deixar um carro em ordem.
A verdade é que após o almoço, era preciso concluir os meus planos: usar a pasta de polir. Com o porta-malas organizado, decidi testar um sonzinho comprado há algum tempo, que sempre deixo no carro. Lá estava ele, todo branquinho com detalhes na cor abóbora. Pluguei o pen drive, coloquei na tomada e... começou a tocar as versões de sucessos de todos os tempos interpretadas pelos atores do seriado Glee.
Carro polido com o auxílio de uma força masculina, não desliguei o aparelho que fazia apenas um som ambiente. Visitas chegaram, visitas se foram e... finalmente escutei a tal reclamação.
A verdade é que ainda não sei dizer se sou muito barulhenta ou não. Só posso afirmar com todas as letras que a música é a trilha sonora da minha vida!
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
Em janeiro de 2014
"Você é muito barulhenta!", esbravejou mamãe, enquanto ajeitava, com os pés, a cadeirinha de praia, em uma parte bem ventilada, da garagem. Sem dizer qualquer palavra, permaneci em absoluto silêncio.
Lá estava eu, toda serelepe lavando o carro, com planos intensos de usar a massa de polir nele. Ninguém poderia me deter. Eu estava totalmente decidida e cheia de ânimo. Contudo, aquela reclamação não conseguia ser apagada da minha memória. Parecia pulsar, como se tivesse vida. Passava e repassava como um letreiro em neon, bem iluminado, em letras garrafais.
De fato, ainda antes do almoço de Natal, usei o som do carro enquanto tirava o pó grosso dele, com pouca água. Claro! É nosso dever economizar um bem tão precioso que é da humanidade.
Enquanto o meu irmão cuidava da nova moto, rolou Fergie e The Pussycat Dolls, músicas encontradas no Minhateca, estavam ali me alegrando em um momento complicado que é o de deixar um carro em ordem.
A verdade é que após o almoço, era preciso concluir os meus planos: usar a pasta de polir. Com o porta-malas organizado, decidi testar um sonzinho comprado há algum tempo, que sempre deixo no carro. Lá estava ele, todo branquinho com detalhes na cor abóbora. Pluguei o pen drive, coloquei na tomada e... começou a tocar as versões de sucessos de todos os tempos interpretadas pelos atores do seriado Glee.
Carro polido com o auxílio de uma força masculina, não desliguei o aparelho que fazia apenas um som ambiente. Visitas chegaram, visitas se foram e... finalmente escutei a tal reclamação.
A verdade é que ainda não sei dizer se sou muito barulhenta ou não. Só posso afirmar com todas as letras que a música é a trilha sonora da minha vida!
* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
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