Fundação Dorina Nowill para Cegos reforça a importância do Braille, aborda a leitura sem intermediários e informa títulos mais solicitados pelos leitores com deficiência visual
No dia 04 de janeiro comemora-se o “Dia Mundial do Braille”, o sistema de leitura e escrita que permite que milhares de pessoas com deficiência visual sejam leitores de diferentes gêneros, autores e materiais. Louis Braille (jovem cego francês) foi o responsável por essa grande conquista há quase 200 anos. Ao desenvolver o Sistema Braille, a escrita e leitura por pontos em relevo, ele facilitou o acesso à informação, à cultura e ao entretenimento às pessoas que não enxergam.
No Brasil, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é reconhecida por ter a maior Imprensa Braille da América Latina em capacidade produtiva, com impressão em larga escala, equipamentos de grande porte, recursos humanos especializados e matéria prima especial. Há quem diga que nos últimos 60 anos “não há no Brasil uma só pessoa cega alfabetizada que não tenha tido em suas mãos pelo menos um livro em Braille produzido pela Fundação Dorina Nowill para Cegos”.
Leitura sem intermediários: A leitura é para a pessoa com deficiência visual tão importante quanto é para quem enxerga. E não é diferente para Regina Fátima Caldeira de Oliveira, cega desde os 7 anos de idade. Sempre muito ativa, já foi telefonista, coordenadora de voluntariado e revisora. Mas é de livros que ela gosta! Hoje, Regina coordena uma equipe de revisores de textos em braille na Fundação Dorina e, como Membro do Conselho Iberoamericano e do Conselho Mundial do Braille, tem enorme paixão por esse sistema natural de leitura. Ela afirma que este foi o meio que permitiu e continua permitindo que ela tenha acesso à cultura e a informações diversas.
"Os textos escritos estão constantemente presentes na vida das pessoas que enxergam por meio de outdoors, manchetes que podem ser lidas nas bancas de jornais e revistas, legendas de filmes e de outros programas de televisão, e em outras situações do cotidiano", diz Regina. "Já as pessoas cegas, leem apenas os textos em braille que lhes chegam às mãos".
E diz ainda: "Mesmo diante de um computador, as pessoas que enxergam continuam a ter um contato direto com a linguagem escrita, enquanto as pessoas cegas apenas ouvem". "Devemos também considerar que, para aqueles que gostam de ler, nada substitui o prazer de ter um livro entre as mãos, sentindo-lhe o cheiro, virando-lhe as páginas em busca de novas revelações ou voltando-as para reviver as sensações agradáveis do que já foi descoberto", afirma ela.
Pelas mãos de Regina e de sua equipe passam cerca de 200 mil páginas em braille a cada ano, que são revisadas com o auxílio de voluntários que enxergam. A profissional faz parte da cadeia produtiva de mais de 580 novos títulos que foram transcritos em 2014 e distribuídos para mais de 2500 instituições em todo o Brasil, além de produtos como cardápios, calendários, catálogos e contas telefônicas. Além disso, a profissional também está coordena o Curso de Capacitação de Revisores de Textos em Braille, que fará com que 10 pessoas cegas tenham mais conhecimento sobre a revisão de livros que transformam a vida de milhares de pessoas pelo país inteiro.
A biblioteca da Fundação Dorina Nowill para Cegos divulga alguns títulos em braille mais solicitados pelos leitores com deficiência visual. São eles:
- Kairós - o Tempo de Deus (Padre Marcelo Rossi)
- Saga Harry Potter (J. K. Rowling); composta por sete títulos (Harry Potter e a Pedra Filosofal; Harry Potter e a Câmara Secreta; Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban; Harry Potter e o Cálice de Fogo; Harry Potter e a Ordem da Fênix; Harry Potter e o Enigma do Príncipe; Harry Potter e as Relíquias da Morte)
- Grafia Braille para língua Portuguesa (Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial)
- Saga Crepúsculo (Stephenie Meyer); composta por três títulos (Crepúsculo, Lua Nova e Eclipse)
- O Milagre (Nicolas Spark)
- A sombra do Vento (Carlos Ruiz Zafón)
- Casamento Blindado (Renato e Cristiane Cardoso)
Sobre o braille: Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809, ficou cego durante a infância e, em 1825, aos 16 anos, apresentou a primeira versão de um sistema de escrita e leitura que mudou a vida das pessoas cegas em todo o mundo. Baseado na combinação de seis pontos dispostos em duas colunas e três linhas, o Sistema Braille permite a formação de 63 caracteres diferentes, que representam as letras do alfabeto, os números, a simbologia científica, musicográfica, fonética e informática. Esse sistema adapta-se perfeitamente à leitura tátil, pois os seis pontos em relevo podem ser percebidos pela parte mais sensível do dedo com apenas um toque. A leitura do Braille é feita da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos. Algumas pessoas ganharam tanta prática em ler Braille que conseguem ler até 200 palavras por minuto. O Sistema Braille chegou ao Brasil em 1850, pelas mãos do jovem cego José Álvares de Azevedo, mas foi a partir da década de 1940, com a criação da Fundação para o Livro do Cego No Brasil – a atual Fundação Dorina Nowill para Cegos – que a produção de livros nesse formato ganhou força.
Cenário brasileiro: Segundo os novos dados do censo 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) neste mês, existem no Brasil 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, possíveis leitores e admiradores de diferentes gêneros da literatura. Destes, 530 mil são cegos e 6 milhões têm baixa visão ou visão subnormal.
Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos: A Fundação Dorina Nowill para Cegos atua há 68 anos para facilitar a inclusão de crianças, jovens e adultos cegos e com baixa visão, por meio de serviços gratuitos e especializados de reabilitação, educação especial, clínica de visão subnormal e programas de empregabilidade. A instituição é referência na produção de livros e revistas acessíveis nos formatos braille, falado e Daisy, distribuídos gratuitamente para pessoas com deficiência visual e para mais de 2500 mil escolas, bibliotecas e organizações em todo o Brasil. www.fundacaodorina.org.br / 11 5087-0991.
No dia 04 de janeiro comemora-se o “Dia Mundial do Braille”, o sistema de leitura e escrita que permite que milhares de pessoas com deficiência visual sejam leitores de diferentes gêneros, autores e materiais. Louis Braille (jovem cego francês) foi o responsável por essa grande conquista há quase 200 anos. Ao desenvolver o Sistema Braille, a escrita e leitura por pontos em relevo, ele facilitou o acesso à informação, à cultura e ao entretenimento às pessoas que não enxergam.
No Brasil, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é reconhecida por ter a maior Imprensa Braille da América Latina em capacidade produtiva, com impressão em larga escala, equipamentos de grande porte, recursos humanos especializados e matéria prima especial. Há quem diga que nos últimos 60 anos “não há no Brasil uma só pessoa cega alfabetizada que não tenha tido em suas mãos pelo menos um livro em Braille produzido pela Fundação Dorina Nowill para Cegos”.
Leitura sem intermediários: A leitura é para a pessoa com deficiência visual tão importante quanto é para quem enxerga. E não é diferente para Regina Fátima Caldeira de Oliveira, cega desde os 7 anos de idade. Sempre muito ativa, já foi telefonista, coordenadora de voluntariado e revisora. Mas é de livros que ela gosta! Hoje, Regina coordena uma equipe de revisores de textos em braille na Fundação Dorina e, como Membro do Conselho Iberoamericano e do Conselho Mundial do Braille, tem enorme paixão por esse sistema natural de leitura. Ela afirma que este foi o meio que permitiu e continua permitindo que ela tenha acesso à cultura e a informações diversas.
"Os textos escritos estão constantemente presentes na vida das pessoas que enxergam por meio de outdoors, manchetes que podem ser lidas nas bancas de jornais e revistas, legendas de filmes e de outros programas de televisão, e em outras situações do cotidiano", diz Regina. "Já as pessoas cegas, leem apenas os textos em braille que lhes chegam às mãos".
E diz ainda: "Mesmo diante de um computador, as pessoas que enxergam continuam a ter um contato direto com a linguagem escrita, enquanto as pessoas cegas apenas ouvem". "Devemos também considerar que, para aqueles que gostam de ler, nada substitui o prazer de ter um livro entre as mãos, sentindo-lhe o cheiro, virando-lhe as páginas em busca de novas revelações ou voltando-as para reviver as sensações agradáveis do que já foi descoberto", afirma ela.
Pelas mãos de Regina e de sua equipe passam cerca de 200 mil páginas em braille a cada ano, que são revisadas com o auxílio de voluntários que enxergam. A profissional faz parte da cadeia produtiva de mais de 580 novos títulos que foram transcritos em 2014 e distribuídos para mais de 2500 instituições em todo o Brasil, além de produtos como cardápios, calendários, catálogos e contas telefônicas. Além disso, a profissional também está coordena o Curso de Capacitação de Revisores de Textos em Braille, que fará com que 10 pessoas cegas tenham mais conhecimento sobre a revisão de livros que transformam a vida de milhares de pessoas pelo país inteiro.
A biblioteca da Fundação Dorina Nowill para Cegos divulga alguns títulos em braille mais solicitados pelos leitores com deficiência visual. São eles:
- Kairós - o Tempo de Deus (Padre Marcelo Rossi)
- Saga Harry Potter (J. K. Rowling); composta por sete títulos (Harry Potter e a Pedra Filosofal; Harry Potter e a Câmara Secreta; Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban; Harry Potter e o Cálice de Fogo; Harry Potter e a Ordem da Fênix; Harry Potter e o Enigma do Príncipe; Harry Potter e as Relíquias da Morte)
- Grafia Braille para língua Portuguesa (Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial)
- Saga Crepúsculo (Stephenie Meyer); composta por três títulos (Crepúsculo, Lua Nova e Eclipse)
- O Milagre (Nicolas Spark)
- A sombra do Vento (Carlos Ruiz Zafón)
- Casamento Blindado (Renato e Cristiane Cardoso)
Sobre o braille: Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809, ficou cego durante a infância e, em 1825, aos 16 anos, apresentou a primeira versão de um sistema de escrita e leitura que mudou a vida das pessoas cegas em todo o mundo. Baseado na combinação de seis pontos dispostos em duas colunas e três linhas, o Sistema Braille permite a formação de 63 caracteres diferentes, que representam as letras do alfabeto, os números, a simbologia científica, musicográfica, fonética e informática. Esse sistema adapta-se perfeitamente à leitura tátil, pois os seis pontos em relevo podem ser percebidos pela parte mais sensível do dedo com apenas um toque. A leitura do Braille é feita da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos. Algumas pessoas ganharam tanta prática em ler Braille que conseguem ler até 200 palavras por minuto. O Sistema Braille chegou ao Brasil em 1850, pelas mãos do jovem cego José Álvares de Azevedo, mas foi a partir da década de 1940, com a criação da Fundação para o Livro do Cego No Brasil – a atual Fundação Dorina Nowill para Cegos – que a produção de livros nesse formato ganhou força.
Cenário brasileiro: Segundo os novos dados do censo 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) neste mês, existem no Brasil 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, possíveis leitores e admiradores de diferentes gêneros da literatura. Destes, 530 mil são cegos e 6 milhões têm baixa visão ou visão subnormal.
Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos: A Fundação Dorina Nowill para Cegos atua há 68 anos para facilitar a inclusão de crianças, jovens e adultos cegos e com baixa visão, por meio de serviços gratuitos e especializados de reabilitação, educação especial, clínica de visão subnormal e programas de empregabilidade. A instituição é referência na produção de livros e revistas acessíveis nos formatos braille, falado e Daisy, distribuídos gratuitamente para pessoas com deficiência visual e para mais de 2500 mil escolas, bibliotecas e organizações em todo o Brasil. www.fundacaodorina.org.br / 11 5087-0991.
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