Em janeiro de 2015
As histórias do cangaço e dos cangaceiros povoam a memória do brasileiro há muito tempo. A minha não é diferente. Cansei de ouvir minha avó contar causos sobre Lampião e seu bando. Isso quando ainda era criança. Eu cresci ou pelo menos o tempo passou e, as lendas, canções populares e cordéis, passaram a fazer parte da cultura popular de todos.
Com a divulgação pelos veículos de comunicação, segundo historiadores, a popularidade de Lampião, Maria Bonita, Corisco e tantos outros cresceu ainda mais.
Mas eu não tinha informação do cangaço pela mídia. As minhas fontes eram mesmo as pessoas da família. Por isso, até 1988 eu tinha somente as imagens registradas de tanto ouvir Vovó Zezé contar. A televisão, para mim, ainda estava no começo. Eu assistia na casa de amigos... Cinema? Pra ser sincero acredito que nunca nem tinha ouvido falar. O melhor meio de comunicação de massa ainda era o rádio. E por incrível que pareça ainda continua importante em minha vida.
Mas, numa noite qualquer do verão de 1988, feito mágica, o cinema que era quase inexistente ou algo inatingível, veio ao meu encontro. O milagre aconteceu, em praça pública, na Cidade de Senador Rui Palmeira.
Lembro em detalhe os personagens de Nelson Xavier (Lampião) e Tânia Alves (Maria Bonita). Em minha cabeça era as histórias da Dona Zezé ganhando vida no cinema de rua.
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