Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em janeiro de 2015
Não se importava mais. A falta de colaboração com a limpeza já não a preocupava. Para todo lado da casa que se olhasse tinha muita coisa fora do lugar. Os novos objetos nem mesmo tinham ganhado um lugar para estar, portanto se adaptavam a toda e qualquer pilha de bagunça.
Antes, sempre fazia questão de manter a casa perfeita. Os poucos que a visitaram, chegaram a chamar o espaço de "casa de boneca". De fato, era um capricho e dedicação com tudo.
A verdade é que o tempo foi passando e ela cansou de repetir as mesmas ações rigorosamente ignoradas pelo marido. Sentia-se um nada no meio daquilo tudo. Responsabilidades no trabalho e em casa, só ganhava mais aborrecimento.
No início, dispensou o ferro da passar roupas. Adotou a moda das roupas que não precisam de esforço. Na sequência, deixou de lavar o pior da roupa na mão e começou a jogar as peças diretamente na máquina.
Para não receber mais críticas a respeito da arte culinária, abandonou definitivamente o fogão. Só comprava comida pronta que ia diretamente no microondas. Quando o estoque no congelador acabava, não se preocupava em reabastecer. As bolachas eram uma escapatória.
- Você virou uma bagunceira! esbravejou ele, certa vez.
Contudo, nada mais mudaria a forma de Ana agir em casa. Não acreditava nas baboseiras que lhe ensinaram a respeito do casamento à moda antiga. Era uma mulher livre e se ele não quisesse mais tê-la ao lado, seria uma nova chance de vida.
Em janeiro de 2015
Não se importava mais. A falta de colaboração com a limpeza já não a preocupava. Para todo lado da casa que se olhasse tinha muita coisa fora do lugar. Os novos objetos nem mesmo tinham ganhado um lugar para estar, portanto se adaptavam a toda e qualquer pilha de bagunça.
Antes, sempre fazia questão de manter a casa perfeita. Os poucos que a visitaram, chegaram a chamar o espaço de "casa de boneca". De fato, era um capricho e dedicação com tudo.
A verdade é que o tempo foi passando e ela cansou de repetir as mesmas ações rigorosamente ignoradas pelo marido. Sentia-se um nada no meio daquilo tudo. Responsabilidades no trabalho e em casa, só ganhava mais aborrecimento.
No início, dispensou o ferro da passar roupas. Adotou a moda das roupas que não precisam de esforço. Na sequência, deixou de lavar o pior da roupa na mão e começou a jogar as peças diretamente na máquina.
Para não receber mais críticas a respeito da arte culinária, abandonou definitivamente o fogão. Só comprava comida pronta que ia diretamente no microondas. Quando o estoque no congelador acabava, não se preocupava em reabastecer. As bolachas eram uma escapatória.
- Você virou uma bagunceira! esbravejou ele, certa vez.
Contudo, nada mais mudaria a forma de Ana agir em casa. Não acreditava nas baboseiras que lhe ensinaram a respeito do casamento à moda antiga. Era uma mulher livre e se ele não quisesse mais tê-la ao lado, seria uma nova chance de vida.
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