Por: Luiz Gonzaga Bertelli*
Em janeiro de 2015
Nos últimos anos, legislações específicas permitiram que mais pessoas com deficiência alcançassem o mercado de trabalho. Ainda existe resistência no mundo corporativo, como mostra pesquisa da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), segundo a qual 81% das empresas contratam deficientes só para cumprir a lei e apenas 4% acreditam no potencial desse público. Mas esse quadro vem mudando aos poucos. Algumas das corporações que contrataram deficientes por exigência legal já notam resultados animadores como forte grau de comprometimento, companheirismo e vontade de aprender e crescer na empresa. Essa situação pode ser um dos reflexos do levantamento da Apae, que mostra o recorde na contratação de pessoas com deficiência intelectual em São Paulo, em 2014. Cerca de 20 companhias admitiram 300 pessoas no período, 25% a mais do total registrado em 2013. Em 80% dos casos, foram as empresas que procuraram candidatos.
Claro que a lei de cotas – que estabelece às empresas com cem ou mais funcionários a obrigatoriedade da contratação de 2% a 5% de postos de trabalho para deficientes – ajudou e muito no processo. Antes eram as entidades filantrópicas que tinham de oferecer pessoas com deficiência às empresas e, na maioria das vezes, as respostas eram negativas. Para 46% das empresas entrevistas pela ABRH, ainda falta qualificação para esse público. Com a intenção de amenizar o problema, o CIEE criou o Programa de Pessoas com Deficiência que visa capacitar jovens e adultos por meio de cursos de informática presencial, de educação à distância, de estágio e de aprendizagem. O programa facilita a entrada no mundo do trabalho. Esse é o caso de empresas conveniadas do CIEE como a Embraer, em São José dos Campos, e a Bauducco, em Guarulhos, que mantêm deficientes pelo Programa Aprendiz Legal – parceria do CIEE com a Fundação Roberto Marinho, que, por meio da prática na empresa e aulas teóricas de capacitação, forma jovens e adultos para o mercado de trabalho.
* Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.
Em janeiro de 2015
Nos últimos anos, legislações específicas permitiram que mais pessoas com deficiência alcançassem o mercado de trabalho. Ainda existe resistência no mundo corporativo, como mostra pesquisa da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), segundo a qual 81% das empresas contratam deficientes só para cumprir a lei e apenas 4% acreditam no potencial desse público. Mas esse quadro vem mudando aos poucos. Algumas das corporações que contrataram deficientes por exigência legal já notam resultados animadores como forte grau de comprometimento, companheirismo e vontade de aprender e crescer na empresa. Essa situação pode ser um dos reflexos do levantamento da Apae, que mostra o recorde na contratação de pessoas com deficiência intelectual em São Paulo, em 2014. Cerca de 20 companhias admitiram 300 pessoas no período, 25% a mais do total registrado em 2013. Em 80% dos casos, foram as empresas que procuraram candidatos.
Claro que a lei de cotas – que estabelece às empresas com cem ou mais funcionários a obrigatoriedade da contratação de 2% a 5% de postos de trabalho para deficientes – ajudou e muito no processo. Antes eram as entidades filantrópicas que tinham de oferecer pessoas com deficiência às empresas e, na maioria das vezes, as respostas eram negativas. Para 46% das empresas entrevistas pela ABRH, ainda falta qualificação para esse público. Com a intenção de amenizar o problema, o CIEE criou o Programa de Pessoas com Deficiência que visa capacitar jovens e adultos por meio de cursos de informática presencial, de educação à distância, de estágio e de aprendizagem. O programa facilita a entrada no mundo do trabalho. Esse é o caso de empresas conveniadas do CIEE como a Embraer, em São José dos Campos, e a Bauducco, em Guarulhos, que mantêm deficientes pelo Programa Aprendiz Legal – parceria do CIEE com a Fundação Roberto Marinho, que, por meio da prática na empresa e aulas teóricas de capacitação, forma jovens e adultos para o mercado de trabalho.
* Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.
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