Em janeiro de 2015
O ano de 1985 foi muito especial para a música. Além promover encontros musicais com um numeroso time de astros, nos projetos Band-Aid e USA For Africa, colocou o Brasil definitivamente na rota dos grandes shows ao vivo, com a primeira edição do festival Rock In Rio.
No contexto da década, os anos 80 já promoviam uma revolução sadia no pop rock. O movimento punk ia perdendo força e caindo cada vez mais no mainstream, enquanto que bandas como Duran Duran davam o tom do chamado arena rock, com um toque de sofisticação na produção musical. Também crescia o espaço para o chamado Heavy Metal, um segmento do hard rock capitaneado por bandas como Iron Maiden e Judas Priest, entre outras.
Mas para o Brasil, tudo isso ficou mais próximo com o festival Rock In Rio, que aconteceu no início do ano. Além de reunir bandas nacionais emergentes e alguns veteranos da MPB, como Erasmo Carlos e Ivan Lins, trouxe de uma tacada só uma penca de grupos e artistas mundialmente conhecidos. Queen (que já havia tocado no país em 1981), Whitesnake, Yes, James Taylor, Iron Maiden, Ozzu Osbourne, AC/DC, Scorpions e Rod Stewart fizeram um espetáculo memorável, com alguns deslizes, é verdade (colocaram Erasmo Carlos para tocar no mesmo dia do AC/DC...), mas assim mesmo, o saldo foi positivo. Desde então, o Brasil tem sido rota obrigatória para os artistas do pop e rock.
Já o projeto Band-Aid reuniu, no ano anterior, 1984, um grande time de artistas do Reino Unido, mais precisamente da Inglaterra e da Irlanda. Eles gravaram um disco cuja renda foi revertida para as famílias carentes da Etiópia, que passava por uma grave crise na África. Desse projeto participaram nomes como Bono Vox (U2), David Bowie, Boy George (Culture Club), Sting, Bob Geldof, Simon Le Bon (Duran Duran), entre outros. A canção permaneceu tocando nas rádios durante o ano de 1985.
O USA For Africa foi uma resposta dos Estados Unidos ao projeto social do Reino Unido. Também registrou um time de astros conhecidos da música norte-americana, alguns até icônicos, como Ray Charles, Stevie Wonder e Bob Dylan. Sob regência do maestro e produtor Quncy Jones, o coral de estrelas entoou a canção We Are The World, composta por Lionel Richie e Michael Jackson, por vários meses nas rádios. A renda revertida com a gravação também foi revertida para famílias carentes do continente africano.
Esses projetos musicais meio que coroaram o auge de uma década, que estava ainda na metade do caminho. Outras estrelas ainda surgiriam nos anos seguintes, bem como projetos como o Live Aid, um festival ao vivo com várias bandas e artistas solo, realizado simultaneamente na Europa e na América do Norte. A música pop alçava voos cada vez mais altos em direção aos anos 90.
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