A partir deste fim de semana, cerca de 30 presépios provenientes do Museu de Arte Sacra de São Paulo, Memorial da América Latina, Pavilhão das Culturas Brasileiras do Museu da Cidade de São Paulo e da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil estarão expostos no Palácio dos Bandeirantes. O evento é promovido pela Curadoria do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo, órgão vinculado à Casa Civil, e acontece até 11 de janeiro de 2015.
A mostra deste ano apresenta dois costumes tradicionais das festividades natalinas: a montagem do presépio e a ceia de natal. Os presépios serão exibidos no Salão dos Pratos do Palácio dos Bandeirantes, ao lado de louçaria histórica e artística pertencente ao Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo.
O Salão dos Pratos é assim denominado por ter abrigado o salão de banquetes, onde eram realizados almoços e jantares para líderes de Estado em suas visitas oficiais. Atualmente, sedia reuniões e eventos governamentais, integrando-se também ao circuito de visitação do palácio. Neste Salão encontra-se parte da coleção de porcelana dos Palácios do Governo.
A intenção em compartilhar esse espaço é provocar reflexões entre a tradicional montagem de presépios com outro costume importante, a ceia natalina, simbolizada por uma seleção de pratos históricos cujas estampas ilustram hábitos alimentares e aspectos da natureza, como frutas e peixes. Os presépios selecionados também remetem a formas e materiais da natureza, como o barro, a juta, a madeira, folhas e frutos secos.
A mostra destaca que o hábito de comer está associado à origem das religiões, ou seja, os hábitos alimentares se misturam com a história da fé. O sentido simbólico da comida desenvolveu-se em estreita relação com as crenças religiosas. Caçar, plantar ou colher alimentos possuíam significados místicos, eram frutos de uma dádiva divina. E saber o que comer ou quando comer fazia parte dos princípios litúrgicos que identificavam muitas crenças e seus fiéis. Por exemplo, ser hinduísta é ser vegetariano; para o judeu ou muçulmano, em determinada época, não se pode comer carne de porco, por ser considerado um animal impuro.
Embora para os cristãos a cerimônia mais sagrada seja a ingestão do pão e do vinho – simbolicamente associados ao corpo e ao sangue de Jesus –, no período natalino, não existem restrições alimentares tão claras como as determinadas na Semana Santa, de não comer carne vermelha.
No Brasil, dependendo da região, diversas tradições culinárias fazem parte hoje da ceia natalina, influenciadas pelas culturas europeia, americana, indígena e africana. É possível comer desde acarajé, frutas secas e peixes, até assados, como peru, leitão e lombo.
O costume de montar presépios antes do Natal foi iniciado por São Francisco de Assis, que, em 1233, na cidade italiana de Greccio, resolveu fazer uma montagem teatral do Nascimento de Jesus Cristo. Séculos mais tarde, em 1700, esse costume se propagou pelo mundo inteiro, especialmente a partir de Nápoles, onde se tornou motivo de grandes competições e exibições de verdadeiras obras de arte.
Serviço
Palácio dos Bandeirantes - Avenida Morumbi, 4.500 - Portão 2 - São Paulo/SP
Aberto ao público das 10 às 17 horas, de terça a domingo
Grátis
A mostra deste ano apresenta dois costumes tradicionais das festividades natalinas: a montagem do presépio e a ceia de natal. Os presépios serão exibidos no Salão dos Pratos do Palácio dos Bandeirantes, ao lado de louçaria histórica e artística pertencente ao Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo.
O Salão dos Pratos é assim denominado por ter abrigado o salão de banquetes, onde eram realizados almoços e jantares para líderes de Estado em suas visitas oficiais. Atualmente, sedia reuniões e eventos governamentais, integrando-se também ao circuito de visitação do palácio. Neste Salão encontra-se parte da coleção de porcelana dos Palácios do Governo.
A intenção em compartilhar esse espaço é provocar reflexões entre a tradicional montagem de presépios com outro costume importante, a ceia natalina, simbolizada por uma seleção de pratos históricos cujas estampas ilustram hábitos alimentares e aspectos da natureza, como frutas e peixes. Os presépios selecionados também remetem a formas e materiais da natureza, como o barro, a juta, a madeira, folhas e frutos secos.
A mostra destaca que o hábito de comer está associado à origem das religiões, ou seja, os hábitos alimentares se misturam com a história da fé. O sentido simbólico da comida desenvolveu-se em estreita relação com as crenças religiosas. Caçar, plantar ou colher alimentos possuíam significados místicos, eram frutos de uma dádiva divina. E saber o que comer ou quando comer fazia parte dos princípios litúrgicos que identificavam muitas crenças e seus fiéis. Por exemplo, ser hinduísta é ser vegetariano; para o judeu ou muçulmano, em determinada época, não se pode comer carne de porco, por ser considerado um animal impuro.
Embora para os cristãos a cerimônia mais sagrada seja a ingestão do pão e do vinho – simbolicamente associados ao corpo e ao sangue de Jesus –, no período natalino, não existem restrições alimentares tão claras como as determinadas na Semana Santa, de não comer carne vermelha.
No Brasil, dependendo da região, diversas tradições culinárias fazem parte hoje da ceia natalina, influenciadas pelas culturas europeia, americana, indígena e africana. É possível comer desde acarajé, frutas secas e peixes, até assados, como peru, leitão e lombo.
O costume de montar presépios antes do Natal foi iniciado por São Francisco de Assis, que, em 1233, na cidade italiana de Greccio, resolveu fazer uma montagem teatral do Nascimento de Jesus Cristo. Séculos mais tarde, em 1700, esse costume se propagou pelo mundo inteiro, especialmente a partir de Nápoles, onde se tornou motivo de grandes competições e exibições de verdadeiras obras de arte.
Serviço
Palácio dos Bandeirantes - Avenida Morumbi, 4.500 - Portão 2 - São Paulo/SP
Aberto ao público das 10 às 17 horas, de terça a domingo
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